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Bolsa interrompe sequência negativa e sobe mais de 1%; dólar fecha estável

A Bolsa subiu 1,12%, aos 105.334 pontos, depois de oscilar entre 103.915 e 105.627 pontos; o volume financeiro foi de R$ 25,6 bilhões

Investidor analisa gráficos financeiros em telas de computador

Mercado ainda ficou receoso quanto às medidas econômicas do governo Lula que devem reduzir o risco fiscal | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa fechou a terceira sessão do ano em alta firme. A Bolsa subiu 1,12%, aos 105.334 pontos, depois de oscilar entre 103.915 e 105.627 pontos. O volume financeiro foi de R$ 25,6 bilhões. Com o resultado desta sessão, o referencial brasileiro acumula queda de 4,01% no ano.

O bom desempenho das ações da Petrobras que sustentaram o Ibovespa no campo positivo. Os papéis da estatal avançaram 2,82% (PETR4) e 1,94% (PETR3).

“Petrobras subiu bem hoje e só não subiu mais porque o petróleo caiu mais de 5% lá fora. O discurso de Jean Paul Prates foi forte e de acordo com o que o mercado gosta de ouvir. Disse que não vai ter intervenção nos preços da gasolina, o que os investidores viram de forma muito positiva”, disse Rodrigo Cohen, da Escola de Investimentos.

Mas, segundo Cohen, o mercado segue atento a Brasília nas posses dos ministros e dos secretários e reagindo às falas do presidente e equipe. “Nesse cenário de falas que ameaçam o teto de gastos, diversos papeis tem a tendência de sofrer, como é o caso do setor de varejo e construtoras, que são setores mais sensíveis em relação a maior expectativa de inflação e de manutenção de juros altos e o investidor precisa ficar atento.”

Os piores desempenhos do dia ficaram com os papéis de empresas ligadas à exportação. Raízen caiu 0,60%, Gerdau. 0,81% e PetroRio, 0,70%. SLC Agrícola e Energiza com quedas de 1,99% e 0,62%, respectivamente, completam a lista.

Na ponta positiva, a Natura teve os maiores ganhos com 8,99%, seguida por CVC, com 6,03%, Ezetec, 4,61%, Pão de Açúcar, 4,83% e Grupo Soma, 4,13%.

Lá fora, os mercados também fecharam em alta. Dow Jones subiu 0,40%, S&P 500, 0,75% e Nasdaq, 0,69%.

17h50 Os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) avaliaram na reunião de política monetária de 13 e 14 de dezembro que o risco de alta da inflação continua sendo fator chave para política monetária.

“Um par de participantes observou que os riscos para as perspectivas de inflação estavam se tornando mais equilibrados”, destaca a ata do encontro, acrescentando que é apropriado manter uma política restritiva por “um período sustentado” para que a inflação volte à meta de 2% ao ano.

O documento ainda destaca que um número de dirigentes enfatizou que seria importante comunicar claramente que “a redução no ritmo de aumento de juros não é um indicador de qualquer enfraquecimento da determinação do Comitê em conquistar a meta de estabilidade de preços ou um julgamento de que a inflação já está em um caminho de baixa persistente”. (AE)

17h Dólar fecha estável no terceiro sessão do ano. Moeda americana foi vendida a R$ 5,45 (-0,01%), após oscilar entre R$ 5,42 e R$ 5,47.

16h55 O fluxo cambial de 2022 ficou positivo em US$ 9,574 bilhões, informou nesta quarta-feira, 4, o Banco Central, após fechar 2021 com entrada líquida de US$ 6,134 bilhões.

A saída líquida pelo canal financeiro foi de US$ 24,714 bilhões no ano passado, bem maior do que em 2021, quando o saldo foi negativo em US$ 3,669 bilhões.

O resultado é fruto de aportes no valor de US$ 591,889 bilhões e de retiradas no total de US$ 616,603 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

No comércio exterior, o saldo anual acumulado ficou positivo em US$ 34,288 bilhões, com importações de US$ 238,127 bilhões e exportações de US$ 272,415 bilhões.

Nas exportações estão incluídos US$ 34,131 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 59,581 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 178,702 bilhões em outras entradas. Em 2021, o fluxo comercial foi positivo em US$ 9,803 bilhões. (AE)

15h50 Indicado pelo governo Lula para ser o próximo presidente da Petrobras, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) afirmou que, em sua avaliação, todo preço de combustíveis terá referência internacional. Ele disse novamente que não haverá intervenção no preço do produto e que o papel da estatal é de cumprir o que o mercado e o governo criam de contexto.

“A Petrobras reage a contextos”, disse Prates a jornalistas após participar da posse do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), como ministro do Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Serviços.

“Nós vamos criar a nossa política de preços para os nossos clientes, para as pessoas que compram da Petrobras. A gente não pode influenciar. Se eu dissesse que a Petrobras controla o preço a ponto de afetar totalmente o mercado nacional, eu estaria reconhecendo uma coisa que eu sou contra dizerem, que a Petrobras é monopólio de refino, que domina o mercado. Não é verdade. Mercado é aberto, importação está aberta, a Petrobras tem como concorrente todas as refinarias do mundo”, afirmou Prates, que ainda precisa ter o nome aprovado para presidir a Petrobras, e destacou não estar falando como comandante da estatal.

Com isso, os papéis da estatal aceleram e operam em alta de 3,72% (PETR4) e 2,44% (PETR3). Este desempenho puxa o Ibovespa para o lado positivo. Bolsa sobe 1,27%, aos 105.483 pontos.

14h18 Indicado à presidência da Petrobras pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador Jean Paul Prates (PT-RN) disse que ainda não tem o desenho da diretoria que deve empossar quando assumir a estatal. “Estou compondo ainda (as diretorias)”, disse ele, ao sair da cerimônia de transmissão de cargo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) ao vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), que comandará a pasta.

Prates disse que, de acordo com as regras previstas pelo estatuto da Petrobras, ele deve assumir a companhia dentro de oito a dez dias. (AE)

14h12 Com ajuda da Petrobras, Bolsa sobe forte neste momento 1,14%, aos 105.353 pontos. Estatal acelera 3,40% (PETR4) e 2,02% (PETR3). Ação da companhia avança depois entrevista do indicado para a presidência, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), durante a posse do novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB). Moeda americana permanece no campo negativo e recua 0,57%, vendida a R$ 5,44.

12h45 O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Brasil recuou de 49,8 em novembro para 49,1 em dezembro, informou nesta quarta-feira, 4, a S&P Global.

O resultado mantém o indicador abaixo do nível neutro, de 50 pontos, o que sinaliza contração. O PMI específico de serviços recuou de 51,6 em novembro para 51,0 em dezembro, atingindo a mínima de dezenove meses.

Para a diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyana De Lima, o desempenho de serviços no fim de 2022 foi decepcionante, especialmente considerando a força com a qual o setor começou o ano. (AE)

12h40 Bolsa inverte rumo novamente e agora opera com ganhos de 0,49%, aos 104.676 pontos. Já o dólar se mantém no terreno negativo, vendido a R$ 5,45, em baixa de 0,39%.

11h16 Ibovespa muda o rumo e passa a cair levemente. Bolsa recua 0,08%, aos 104.084 pontos. Dólar se mantém no campo negativo e perde 0,44%, vendido a R$ 5,45.

11h Bolsa se mantém nos 104 mil pontos, em alta leve de 0.13%. Agora, o Ibovespa soma 104.314 pontos. Dólar recua 0,66%, vendido a R$ 5,44.

10h10 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em alta de 0,43%, aos 104.628 pontos. No dia anterior, o referencial brasileiro fechou a sessão em baixa firme de 2,08%, aos 104.165 pontos, depois de oscilar entre 103.852 e 106.683 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 25,6 bilhões. Nesta semana o índice já perdeu mais de 5%.

9h20 Depois de dois dias de altas fortes, o dólar opera nesta quarta-feira, 4, em baixa, mas ainda acima dos R$ 5,40.

Nesta sessão, a moeda americana recua 0,29%, vendida a R$ 5,43. No dia anterior, a divisa fechou em alta de 1,75%, vendida a R$ 5,45 – maior cotação desde 22 de julho de 2022 (R$ 5,49). Com o resultado, a moeda acumula alta de 3,3% no ano.

Os investidores ainda estão atentos às medidas econômicas que devem ser anunciadas pelo novo governo e que podem causar um estresse na questão fiscal.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse no início desta semana que a pasta enviará, no primeiro semestre, proposta de uma nova âncora fiscal para as contas públicas, substituindo o teto de gastos.

Além disso, o secretário-executivo, Gabriel Galípolo, disse que Haddad deve encaminhar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o plano econômico para reduzir o déficit fiscal, que neste ano está previsto para mais de R$ 200 bilhões.

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