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Bolsa cai forte à espera da nova regra fiscal no Brasil; dólar fecha estável

A Bolsa perdeu 1,38%, aos 105.071 pontos, depois de oscilar entre 105.053 e 106.723 pontos; o volume financeiro foi de R$ 32,1 bilhões

Investidor analisa gráfico em celular

Os investidores ficaram em busca de pistas sobre a intensidade da alta dos juros nos EUA e sobre o novo arcabouço fiscal no Brasil | Foto: Getty Images

Fechamento: Após passar boa parte do dia operando ao redor dos 106 mil pontos, o Ibovespa aprofundou as perdas no final da sessão e fechou em no patamar de 105 mil pontos. 

A Bolsa perdeu 1,38%, aos 105.071 pontos, depois de oscilar entre 105.053 e 106.723 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 32,1 bilhões.

Com o resultado, o referencial brasileiro passou a acumular alta de 0,13% em março. No ano, a baixa é de 4,25%. Na semana, o índice sobe 1,16%.

“A proposta do novo arcabouço fiscal tem gerado preocupações no mercado devido às especulações sobre possíveis lacunas no texto, o que pode ampliar o sentimento de incerteza”, disse Lucas Almeida, da AVG Capital. “Uma regra fiscal crível é amplamente valorizada pelo mercado, e os investidores estão aguardando por medidas que apontem uma preocupação com a sustentabilidade das contas públicas e que estejam alinhadas com as expectativas globais. Isso inclui, especialmente, a trajetória dos juros americanos e a retomada da economia chinesa.”

Hoje, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que o novo arcabouço fiscal, que substituirá o atual teto de gastos, vai agradar a todos, inclusive ao mercado financeiro. Tebet participou nesta quinta de uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no qual foi apresentado o novo mecanismo fiscal.

Tebet garantiu, no entanto, que o mecanismo vai agradar a todos, porque atende tanto o lado da preocupação em zerar o déficit fiscal e estabilizar a relação dívida/PIB, quanto garantir os investimentos necessários para o País voltar a crescer.

“É um arcabouço fiscal responsável, preocupado com a responsabilidade fiscal, com o déficit primário, com a estabilização da dívida/PIB, mas atendendo a um pedido justo do presidente da República, porque assim quer a democracia brasileira, de que temos que ter recursos para os investimentos necessários para fazer o Brasil voltar a crescer”, disse a ministra após a reunião.

Apesar do novo arcabouço fiscal ter ficado nas mesas de operações nesta quinta-feira, as ações que mais ganharam foram aquelas ligadas à economia brasileira. A Azul disparou 12,02%, CVC, 14,17%, Gol, 10,69%, Dexco, 13,71% e Locaweb, 22,36%.

Já no campo negativo, os papéis que mais perderam foram Hapvida, que se desvalorizou 29,30%, CSN, com queda de 4,99%, 3R Petroleum, 3,29% e CSN Mineração, 2.22%.

Lá fora, o mercado em Wall Street operou na espera do relatório de empregos que o governo norte-americano solta nesta sexta (10). O payroll é um dos indicadores que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) vai se balizar para decidir sobre o intensidade da subida dos juros em março. Com isso, Dow Jones perdeu 1,65%, S&P500, 1,84% e Nasdaq, 2,05%.

17h47 Dólar fechou estável está sessão, vendido a R$ 5,14, em leve alta de 0,02%. A moeda americana oscilou entre R$ 5,10 e R$ 5,15. Com o resultado do dia, a divisa acumula perdas de 1,62% no mês e de 2,61% no ano.

O Ibovespa aprofundou as perdas no final do pregão e recua 1,26%, aos 105.186 pontos.

15h18 A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta quinta-feira, 9, que o novo arcabouço fiscal, que substituirá o atual teto de gastos, vai agradar a todos, inclusive ao mercado financeiro. Tebet participou nesta quinta de uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no qual foi apresentado o novo mecanismo fiscal.

Ela afirmou que a moldura, as regras e os números sobre o novo arcabouço serão anunciados por Haddad, após ser apresentado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Tebet garantiu, no entanto, que o mecanismo vai agradar a todos, porque atende tanto o lado da preocupação em zerar o déficit fiscal e estabilizar a relação dívida/PIB, quanto garantir os investimentos necessários para o País voltar a crescer.

“É um arcabouço fiscal responsável, preocupado com a responsabilidade fiscal, com o déficit primário, com a estabilização da dívida/PIB, mas atendendo a um pedido justo do presidente da República, porque assim quer a democracia brasileira, de que temos que ter recursos para os investimentos necessários para fazer o Brasil voltar a crescer”, disse a ministra após a reunião. (AE)

15h10 Ibovespa perde 0,49%, neste momento. Bolsa opera aos 106.019 pontos. Já o dólar é vendido a R$ 5,13, em queda de 0,11%.

14h28 O Brasil criou 83.297 vagas com carteira assinada em janeiro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira, 9, pelo Ministério do Trabalho. O resultado decorreu de 1.874.226 de admissões e de 1.790.929 de demissões. No mesmo mês de 2022 foram criadas 167.269 vagas, na série com ajustes.

O resultado de janeiro de 2023 ficou maior do que a mediana positiva de 70 mil de postos de trabalho, conforme as estimativas dos economistas do mercado financeiro na pesquisa do Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de abertura líquida de 21,583 mil a 132 mil vagas. (AE)

14h27 Os mercados acionários da Europa fecharam em viés de baixa nesta quinta-feira, 9, com o setor de energia pressionado por incertezas quanto à economia chinesa após a desaceleração da inflação. A cautela é agravada por expectativas de a política monetária siga restritiva por um período prolongado nos EUA, reforçadas por declarações recentes do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell.

Em Londres, o FTSE 100, caiu 0,63% a 7.879,98 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em alta marginal de 0,01%, a 15.633,21 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 0,12%, a 7.315,88 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em queda de 0,72%, a 27.710,53 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 recuou 0,35%, a 9.432,50 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,01%, a 6.056,63 pontos. As cotações são preliminares. (AE)

14h16 Ibovespa se firma no vermelho e perde 0,41%, aos 106.087 pontos. Dólar inverte a rota e vira para o campo positivo. Moeda americana se valoriza 0,17%, vendida a R$ 5,15.

14h15 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a dizer nesta quinta-feira, 9, que já foi liberada a contratação do sistema operacional do Desenrola. Ele destacou a complexidade do sistema e evitou estimar prazos para inauguração do programa.

“É um sistema complexo, porque é uma dívida privada, não é uma dívida que envolve o poder público, é uma financeira, um banco, é uma concessionária de serviço público e uma pessoa que está com nome negativado no Serasa”, disse aos jornalistas ao chegar na sede do Ministério. “Não tem precedente o Desenrola, nunca foi feito nada semelhante. Então vamos precisar desenvolver um sistema operacional”, continuou. (AE)

11h49 Bolsa opera entre perdas e ganhos e, neste momento, sobe 0,17%, aos 106.794 pontos. Dólar perde 0,47%, vendido a R$ 5,12.

11h25 Ibovespa reduz ritmo de queda e opera em quase estabilidade. Bolsa perde 0,085, aos 106.435 pontos. Dólar é vendido a R$ 5,12, em desvalorização de 0,35%.

11h19 Os novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos tiveram alta de 21 mil, a 211 mil, na semana encerrada no dia 4 de março, informou nesta quinta-feira, 9, o Departamento do Trabalho. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam crescimento menor, a 195 mil.

Já o número de pedidos continuados teve alta de 69 mil na semana anterior, a 1,718 milhão. Esse indicador é divulgado com uma semana de atraso. (AE)

10h48 O Banco Central afirmou na ata do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), realizada na semana passada, que os preços dos ativos e o crescimento do crédito não representam preocupação no médio prazo, mas ponderou que há incertezas a serem acompanhadas.

Segundo o comitê, desde a última reunião, em novembro, o crescimento do crédito desacelerou nas diversas modalidades e, na margem, as operações nas linhas de maior risco vêm sendo originadas com melhor qualidade de crédito. Mas, por outro lado, o BC reconheceu que o endividamento e o comprometimento de renda das famílias seguem elevados, e que a capacidade de pagamento de dívidas das empresas diminuiu.

Em relação às concessões, o BC afirmou que o apetite ao risco das IFs na concessão de crédito às famílias e às empresas de menor porte apresentou redução, porém permanece elevado, especialmente em linhas de maior risco, como cartão de crédito e crédito não-consignado.

Com relação às empresas de menor porte, o comitê considerou que houve desaceleração no ritmo de crescimento do crédito, mas não se percebe alteração relevante nos critérios de concessão. (AE)

10h45 Bolsa aprofunda perdas e tenta defender os 106 mil pontos. Ibovespa recua 0,47%, aos 106.072 pontos. Dólar também opera no campo negativo e cai 0,32%, vendido a R$ 5,12.

10h17 Membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), François Villeroy de Galhau afirmou que o pico da inflação ocorrerá no primeiro semestre deste ano. Em entrevista ao canal France Info veiculada nesta quinta-feira, 9, o também presidente do BC da França reconheceu que a inflação “ainda está muito elevada”, no país e na zona do euro.

Afirmou, no entanto, que há um “compromisso” de que ela estará na meta de 2% entre o fim de 2024 e o fim de 2025. Villeroy de Galhau ressaltou que não fazia uma previsão, mas sim reafirmava o compromisso com a meta. (AE)

10h10 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em queda nesta quinta-feira mas se mantém no patamar dos 106 mil pontos. A Bolsa recua 0,22%, aos 106.305 pontos. Na véspera, o referencial brasileiro subiu 2,22%, aos 106.540 pontos, depois de oscilar entre 104.227 e 106.721 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 25,6 bilhões. Com isso, o referencial brasileiro passou a acumular alta de 1,53% em março. No ano, a baixa é de 2,91%. Na semana, o índice sobe 2,57%.

9h20 O dólar abriu em queda nesta quinta-feira seguindo a trajetória da véspera. A moeda americana recua 0,18%, vendida a R$ 5,13.

No dia anterior, o dólar fechou em queda de 1,04%, cotada a R$ 5,13. Com o resultado, a moeda passou a acumular perdas de 1,64% no mês e de 2,63% no ano.

Os investidores ainda monitoram os juros nos Estados Unidos após indicação de que o aperto monetário no país deve durar por mais tempo. A expectativa do mercado é de que a taxa americana feche o ano em 6%.

Por aqui, as atenções se voltam para o novo arcabouço fiscal que deve sair até o final do mês.

Segundo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, a pasta já recebeu o texto do arcabouço fiscal do Ministério da Fazenda e nesta quinta-feira terá uma reunião com o colega Fernando Haddad sobre o tema.

“Chegou, mas não posso falar sobre o assunto. Amanhã vai ter uma reunião com o arcabouço mais fechado para que, a partir daí, possamos ver os números. Tem os números das receitas e os números das despesas”, disse.

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