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Bolsa fecha em queda após novos ruídos políticos; dólar sobe

Ibovespa caiu 0,91%, aos 107.848 pontos, depois de oscilar entre 107.557 e 109.564 pontos; o volume financeiro do dia foi de R$ 23,9 bilhões

Investidor avalia gráfico em uma tela de computador

Mercado repercutiu posicionamento do presidente do BC em relação ao sistema de metas de inflação neste ano e no próximo | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa, depois de uma manhã operando entre perdas e ganhos, se firmou no campo negativo e fechou em queda firme nesta sessão.

A Bolsa caiu 0,91%, aos 107.848 pontos, depois de oscilar entre 107.557 e 109.564 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 23,9 bilhões.

Com o resultado desta sessão, a Bolsa acumulou perda de 1,72% ao ano e 4,92% em fevereiro.

Segundo Rodrigo Cohen, da Escola de Investimentos o Ibovespa nesta terça-feira acompanha o desempenho das bolsas americanas que, em sua maioria, fecharam em queda. Dow Jones recuou 0,46%, S&P 500 perdeu 0,03%. Já Nasdaq subiu 0,57%.

“Bolsas americanas ficaram muito voláteis após CPI. Membros do Fed (Federal Reserve) falaram hoje e ressaltaram que no cenário atual não dá para brincar e vão fazer de tudo para inflação voltar para a meta até fim do ano. E, para isso, juros vão continuar subindo. Isso assustou mercado”, disse Cohen.

Outro motivo para a queda do índice, de acordo com ele, foi a fala do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que a meta de inflação suba 1 ponto percentual, de 3,25% para 4,25%. “E, com isso, os juros vão ter espaço para cair e fechar ano a 12%. Essa interferência do presidente na autonomia do Banco Central faz com que Bolsa operasse em instabilidade e fechasse em queda.”

Nesta terça-feira, pouco setores se destacaram no Ibovespa. Além do Banco do Brasil, que subiu 2,51% após os bons resultados do quarto trimestre, Carrefour ganhou 2,42%, Tim, 1,91%, Sabesp, 1,83% e Embraer evoluiu 1,44%.

No lado negativo, empresas ligadas à economia local foram as que mais perderam nesta sessão. Meliuz caiu 8,51%, CVC, 6,99%, Raízen se desvalorizou 6,83%, BRF recuou 6,37% e Yduqs, 5,83%.

17h10 Dólar fecha em alta de 0,42%, vendido a R$ 5,19, depois de oscilar entre R$ 5,12 e R$ 5,22. Com o resultado desta sessão, a moeda americana acumula alta de 2,45% no mês. No ano, entretanto, ainda tem queda de 1,51%.

A Bolsa aprofunda perda e recua mais de 1%. Ibovespa perde 1,10%, aos 107.636 pontos.

14h56 Ibovespa se firma no campo negativo e perde os 108 mil pontos. Bolsa cai 0,77, aos 107.995 pontos. Já o dólar segue renovando as máximas e sobe 1,12%, vendido a R$ 5,21.

14h33 Os mercados acionários europeus fecharam mistos nesta terça-feira, 14, com o FTSE 100 renovando máxima histórica. Investidores monitoraram a publicação da segunda estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro, que veio em linha com expectativas. Por outro lado, as bolsas foram pressionadas pelo índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA, mas ainda assim terminaram no azul.

O índice DAX, em Frankfurt, fechou em baixa de 0,11%, a 15.380,56 pontos. O CAC 40, em Paris, avançou 0,07%, a 7.213,81 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 0,22%, a 27.498,26 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,81%, a 9.285,30 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 cedeu 0,12%, a 5.885,78 pontos. As cotações são preliminares. (AE)

14h04 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reiterou nesta terça-feira, 14, que quer trabalhar junto com o governo federal e está à disposição para oferecer uma opinião técnica ao Executivo. Ele participou de evento do BTG Pactual na manhã desta terça.

Campos Neto voltou a defender que é possível coordenar política fiscal responsável com política social. Ele repetiu que o ideal é que os programas sejam temporários, direcionados e sob medida, mas ponderou que o governo está “na direção certa” sobre o tema fiscal.

“Tem de ter uma escolha, tem de ter uma priorização de gastos. Eu conversei outro dia com a ministra Simone Tebet, do Planejamento e ela falou muito disso, como prioriza, melhora a qualidade de gastos, achei muito boa a conversa”, disse Campos Neto. (AE)

14h Bolsa opera entre perdas e ganhos e neste momento recua 0,62%, aos 108.165 pontos. Dólar volta para a rota positiva, vendido a R% 5,17, em alta de 0,37%.

12h03 Ibovespa volta para a rota positiva e sobe 0,30%, aos 109.140 pontos. Dólar recua 0,22%, vendido a R$ 5,14.

11h37 Índices americanos abrem em queda após CPI de janeiro dos EUA. Dow Jones recua 0,44%, S&P 500 perde 0,52% e Nasdaq cai 0,78%.

11h35 A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) elevou levemente sua previsão de alta na demanda global por petróleo em 2023, em 100 mil barris por dia (bpd), para 2,3 milhões de bpd, segundo relatório mensal publicado nesta terça-feira, 14. Para 2022, o cartel manteve sua estimativa de aumento na demanda global em 2,5 milhões de bpd.

Apenas a demanda em países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) deverá crescer cerca de 400 mil bpd este ano, projeta a Opep. Fora da OCDE, a previsão é de avanço em torno de 2 milhões de bpd no consumo em 2023.

A Opep cortou levemente sua previsão para o aumento da oferta de petróleo entre países fora do grupo em 2023, em 100 mil bpd, para 1,4 milhão de bpd, segundo relatório mensal publicado nesta terça-feira.

Os países que devem mais contribuir para o incremento da oferta em 2023 são EUA, Noruega, Brasil, Canadá, Casaquistão e Guiana, diz a Opep. Por outro lado, são esperadas quedas na oferta de Rússia e México. (AE)

11h28 Dólar volta a subir e é vendido a R$ 5,17, em alta de 0,22%. Ibovespa também perde força com virada da Petrobras. Ações da estatal pressionam e índice recua 0,26%, aos 108.541 pontos. Petrobras perde 0,30% (PETR4).

10h46 Ibovespa desacelera mas se mantém no azul. Bolsa sobe 0,12%, aos 108.962 pontos. Já o dólar retorna para a trajetória de queda e recua 0,25%, vendido a R$ 5,14.

10h37 O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,5% em janeiro, dentro das expectativas do mercado. Em dezembro, o CPI subiu 0,1%. Na comparação anual, a alta do índice foi de 6,4%, acima do consenso de 6,2%.

O núcleo do CPI em janeiro foi de 0,4%, dentro das expectativas do mercado e no mesmo patamar apurado em dezembro. Na comparação anual, o núcleo ficou em 5,6%, acima do consenso de 5.5%, mas abaixo de dezembro, de 5,7%.

10h10 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em alta nesta sessão. A Bolsa sobe 0,44%, aos 109.310 pontos. No dia anterior, o índice subiu 0,70%, aos 108.836 pontos, depois de oscilar entre 107.419 e 109.192 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 18,8 bilhões. Com o resultado deste pregão, a Bolsa acumula perda de 0,82% ao ano e 4,05% em fevereiro. O dólar muda a rota e sobe moderadamente a 0,09%, vendido a R$ 5,16.

9h20 O dólar abre em queda nesta terça-feira, 14, após entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no programa Roda Viva, da TV Cultura.

A moeda americana é vendida a R$ 5,15, em baixa de 0,38 %. No dia anterior, o dólar fechou em baixa de 0,88%, vendido a R$ 5,17. Com o resultado, a moeda passou a acumular alta de 2,03% no mês. No ano, entretanto, ainda tem queda de 1,93%.

Em entrevista ao Roda Viva, a primeira desde que está sob fogo cruzado do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de ministros e do PT, Campos Neto defendeu “aperfeiçoamento” no sistema de metas, mas disse que em nenhum momento isso significa revisar o patamar deste e do próximo ano para o controle da inflação.

“Em nenhum momento a gente defende simplesmente aumentar a meta, no sentido de ganhar flexibilidade, mesmo porque não é nossa crença. A gente acredita que, se faz uma mudança de meta no sentido de ganhar mais flexibilidade, o efeito prático vai ser perder flexibilidade”, afirmou.

Neste ano, a meta é de 3,25%, enquanto que em 2024 é de 3%. O patamar é definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que, além de Campos Neto, é formado pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento). A mudança nas metas permitiria uma inflação maior e abriria, em tese, caminho para uma queda mais rápida dos juros.

Lá fora, as atenções se voltam para os dados econômicos dos Estados Unidos que serão divulgados. Além disso, dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central americano) devem se pronunciar dando pistas da condução da política monetária no país.

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