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Bolsa fecha em queda firme pelo segundo dia consecutivo; dólar sobe a R$ 5,45

Ibovespa fechou em baixa de 2,08%, aos 104.165 pontos, depois de oscilar entre 103.852 e 106.683 pontos; o volume financeiro foi de R$ 25,6 bilhões

Gráfico do mercado financeiro

O temor fiscal foi elevado no Brasil após a edição de medidas econômicas pelo novo governo | Foto: Getty Images

Fechamento: No segundo pregão seguido do ano, o Ibovespa fechou em queda forte com os investidores ainda receosos quanto à questão fiscal do novo governo.

A Bolsa fechou a sessão em baixa firme de 2,08%, aos 104.165 pontos, depois de oscilar entre 103.852 e 106.683 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 25,6 bilhões. Nesta semana o índice já perdeu mais de 5%.

“Pesou para o derretimento do Ibovespa nos primeiros pregões de 2023 a desconfiança dos investidores sobre as primeiras medidas do governo Lula, que pretende “cancelar” privatizações, aumentar o número de ministérios, fazer a revogação do Teto dos Gastos e adotar uma nova âncora fiscal”, disse Idean Alves, da Ação Brasil Investimentos.

Entre os piores desempenhos do dia, se Meliuz, que caiu 10,66%, Locaweb, 6,54%, PetroRio, 6,39%, Yduqs, 6,03% e Alpargatas que perdeu 6%.

Estatais, como Petrobras e Banco do Brasil, além do setor financeiro também contribuíram para a queda do Ibovespa nesta sessão. A petroleira despencou 2,36% (PETR4) e 0,96% (PETR3), o BB derreteu 2,10%, Itaú, 2,49% e Bradesco, 4,71%.

No lado positivo, se destacaram Qualicorp, com alta de 7,79%, Embraer, 1,75%, Suzano 1,41% e Klabin, 0,15%.

Além do cenário local, o Ibovespa também foi influenciado pelo mau desempenho do exterior. Dow Jones caiu 0,04%, aos 33.134 pontos, S&P 500 fechou em baixa de 0,41%, aos 3.823 pontos e Nasdaq recuou 0,76%, aos 10.386 pontos.

17h25 Na reta final da sessão, Ibovespa intensifica a queda e perde os 104 mil pontos. Bolsa recua 2,26%, aos 103.983 pontos. Petrobras e bancos puxam o desempenho negativo do índice. Estatal perde 2,88% (PETR4) e 1,60% (PETR3), Itaú cai 2,37% e Bradesco despenca 4,64%.

17h No segundo pregão do ano, o dólar se manteve em alta tendo como pano de fundo a questão fiscal no Brasil. A moeda americana subiu 1,72%, vendido a R$ 5,45 após oscilar entre R$ 5,34 e R$ 5,46. Os investidores ainda estão receosos quanto às políticas econômicas do novo governo. “O dólar acompanha o sentimento negativo e segue se valorizando sobre o real em mais 3% em 2023”, disse, Idean Alves, da Ação Brasil Investimentos.

16h25 Ibovespa acelera queda e perde os 105 mil pontos. Bolsa cai 1,41%, aos 104.880 pontos. Dólar sobe firme a 1.65%, vendido a R$ 5.45.

14h55 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 3, que o sistema de cobrança da Dívida Ativa da União teria sido “desmantelado” pelo governo passado e prometeu medidas nessa área ainda no primeiro trimestre deste ano.

“Tivemos várias medidas absurdas que prejudicaram muito a capacidade do Estado em fazer valer o seu poder de cobrança. Estamos muito preocupados e já levamos ao presidente Lula que agenda estará no nosso plano de voo”, afirmou, em live promovida pelo site Brasil 247.

Haddad repetiu que o primeiro trimestre do ano será vital para mudar o curso da economia atual, que está desacelerando. “Se a gente recolocar isso no trilho, as coisas vão melhorar. E uma das ações para isso é uma gestão reformulada da Dívida Ativa”, completou.

Ele também prometeu um pente fino nos créditos tributários nos primeiros três meses do ano. “Perdemos parte dos créditos tributários por falta de técnica mesmo. Selecionei os melhores técnicos para recompor a base fiscal que perdemos”, completou. (AE)

14h50 Dólar avança forte e é vendido a R$ 5,43. Bolsa segue na trajetória negativa e recua 1,26%, aos 105.027 pontos. Petrobras aprofunda perdas e cai a 1,96% (PETR4) e 0,84% (PETR3).

14h Bolsa aprofunda queda e recua 0,97%, aos 105.344 pontos. Dólar sobe forte e é vendido a R$ 5,42 em alta de 1,11%

11h55 Ibovespa reduz ritmo de queda e recua 0,29%, aos 106.065 pontos. Petrobras desacelera perdas e opera sem sinal definido. PETR4 cai 0,70% e PETR3 sobe 0,31%. Dólar avança 0,16% e é vendido a R$ 5,37.

10h50 Estatais operam, pelo segundo dia, em queda forte. Petrobras despenca 2,88% (PETR4) e 2,10% (PETR3) e o Banco do Brasil recua 1,68%. Com isso, Ibovespa se mantém no campo negativo e perde 0,85%, aos 105.470 pontos.

10h15 Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em queda de 0,60%, aos 105.751 pontos. No dia anterior, a Bolsa terminou o primeiro pregão do ano com queda de 3,06%, aos 106.376 pontos. O volume financeiro foi de R$ 15,5 bilhões. No ano passado, o referencial brasileiro fechou com a marca de 109.734 pontos, em alta de 4,69%. No mês de dezembro, o Ibovespa perdeu 2,45%. Dólar vira para alta e é vendido a R$ 5,37, com ganhos de 0,14%.

9h50 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu para o primeiro trimestre deste ano o anúncio de medidas “para colocar o País no rumo certo”, embora a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição dê o prazo até agosto para apresentação do novo arcabouço fiscal. Assim, a partir de abril, com as comissões no Congresso instaladas, poderão ser endereçadas as mudanças estruturais no Congresso. “A partir do fim de abril, vou começar a discutir tributária e arcabouço com o Congresso.”

Haddad afirmou que tem sido transparente com a situação que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está assumindo o País, em uma crítica às medidas adotadas por Jair Bolsonaro (PL) às vésperas da eleição, que, segundo ele, tiveram impacto fiscal de R$ 300 bilhões. “Não vamos reclamar, fomos eleitos para corrigir. Estamos no segundo dia do governo, mas vamos resolver. Sabemos que o tempo é curto.” (AE)

9h30 Dólar inverte a rota e passa a operar em baixa. Moeda americana é vendida a R$ 5,35, em queda de 0,21%.

9h10 Após fechar o primeiro dia útil do ano em alta firme, o dólar abre esta sessão operando com ganhos de 0,82%, vendido a R$ 5,40. Na véspera, a moeda norte-americana encerrou o dia em alta 1,52%, a R$ 5,35. No ano passado, a divisa teve queda acumulada de 5,32%, e fechou 2022 vendida a R$ 5,27.

Os investidores ainda repercutem a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o seu discurso em que voltou a dizer que o seu governo será voltado para a redução da desigualdade social e colocar “o pobre no orçamento”.

Ontem, o dia foi marcado pela troca de comando nos ministérios e os primeiros atos efetivos do novo governo, como a publicação de Medidas Provisórias (MP), que levaram desgosto aos investidores do mercado financeiro, impondo alta relevante no segmento de câmbio, reprecificação na curva de juros e queda da Bolsa.

O governo reeditou a MP que mantém até o fim do ano o PIS/Pasep e a Cofins zerados sobre diesel, biodiesel e gás liquefeito de cozinha, enquanto os tributos para a gasolina e para o álcool ficarão zerados até 28 de fevereiro. No caso de operações envolvendo gasolina, exceto para aviação, também foi ampliada até 28 de fevereiro a zeragem da Cide.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que pediu ao ex-ministro da Economia Paulo Guedes para não prorrogar a desoneração dos combustíveis, disse que o novo governo decidiu pela prorrogação porque Lula quer discutir a questão com a nova diretora da Petrobras.

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