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Bolsa sobe forte com expectativa de PEC ‘desidratada’; dólar cai a R$ 5,20

O Ibovespa avançou 2,03%, aos 106.864 pontos, depois de oscilar entre 104.606 e 107.792 pontos; o volume financeiro da sessão girou em R$ 28,85 bilhões

Investidor avalia cotação em uma tela de computador

O mercado seguiu atento às questões políticas no Brasil que podem colocar em risco as contas do governo no próximo ano | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa avançou 2,03%, aos 106.864 pontos, depois de oscilar entre 104.606 e 107.792 pontos. O volume financeiro da sessão girou em R$ 28,85 bilhões.

Com o resultado desta terça-feira, a Bolsa retorna para o azul no ano, com ganhos de 1,95%. Já em dezembro, o Ibovespa acumula queda de 5%.

Após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou, que o prazo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição deve cair para um ano.

O PT buscava formas de evitar a desidratação da proposta, mas deputados já dão como certa a aprovação de uma emenda supressiva para reduzir de dois para um ano a ampliação do teto de gastos em R$ 145 bilhões.

Originalmente, o novo governo pretendia excluir o Bolsa Família da regra do teto de gastos por quatro anos ou mesmo indefinidamente, mas as negociações para a aprovação do texto no Senado já haviam reduzido a validade da proposta para dois anos.

Com o acordo para a votação já encaminhado, a PEC entrou na pauta da Câmara e até o fechamento da sessão ainda não tinha sido aprovada. Isso deu força para as ações ligadas à economia doméstica, influenciadas pela questão macroeconômica.

As varejistas foram as que mais ganharam nesta terça-feira. Via Varejo subiu 9,91% e Magazine Luiza avançou 8m43%. A Americanas, que chegou a figurar na lista dos melhores desempenhos, fechou com ganhos de 5,31%.

A Gol e a Azul, mesmo com as manifestações de pilotos e comissários, sustentaram alta de 11,50% e 7,58%, respectivamente. Natura, com 8,40%, completou o ranking de maiores altas desta sessão.  

No lado negativo, papéis de empresas exportadoras foram os que mais perderam, muito em função da queda do dólar nesta terça-feira, que chegou a R$ 5,20, em baixa de 1,93%.

Marfrig e Suzano caíram 13,10% e 0,35%, respectivamente. Já Qualicorp perdeu 3.24%, Fleury, 4,75% e Ambev recuou 0,08%.

Lá fora, os índices americanos, que iniciaram a sessão em queda, fecharam no campo positivo. Dow Jones subiu 0,28%, S&P 500, 0,11% e Nasdaq, 0,01%.

17h03 Dólar fechou no campo negativo e retornou ao patamar de R$ 5,20, depois de oscilar entre R$ 5,17 e R$ 5,32. A moeda americana caiu 1,93%, com os investidores apostando mais na economia brasileira após o acordo fechado para a aprovação da PEC da transição na Câmara dos Deputados. Com o resultado desta sessão, o dólar acumula alta de 0,12% no mês. No ano, tem queda de 6,71%.

16h35 Ibovespa segue em alta rondando os 107 mil pontos. Bolsa sobe 2,11%, aos 106.946 pontos. No final da sessão, dólar aprofunda perdas e recua 1,67%, vendido a R$ 5,20.

15h45 A Fitch reafirmou nesta terça-feira, 20, o rating do Brasil em BB-, com perspectiva estável. Segundo a agência, a avaliação do País é apoiada por sua economia “grande e diversa”, com alta renda per capita, mercados domésticos arraigados e com capacidade para financiamento de uma grande parcela da dívida soberana em moeda local, além da capacidade de absorver choques, diante do câmbio flexível e de “pequenos” desequilíbrios externos, além de reservas internacionais “robustas”.

Por outro lado, o governo tem alto endividamento, a estrutura fiscal é “rígida”, o Brasil tem “potencial econômico fraco” e um histórico de “desafios de governabilidade” que atrapalha os esforços para enfrentar questões fiscais e econômicas, além de lançar dúvidas sobre a previsibilidade econômica.

Para a Fitch, a perspectiva estável reflete a expectativa de que o crescimento brasileiro será “lento” no próximo ano e que a melhora fiscal recente será “erodida sob o novo governo”, mas dentro de uma margem consistente com o rating atual e com um ponto de partida melhor que o esperado.

A incerteza é elevada sobre os planos para o próximo governo e a extensão de que isso pode reduzir ou agravar desafios fiscais e econômicos. (AE)

14h45 Após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta terça-feira, 20, que o prazo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição deve cair para um ano.

Ao chegar ao Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), onde funciona o gabinete de transição, Haddad não respondeu às perguntas dos jornalistas, mas confirmou que o prazo da PEC cairá pela metade. “Um ano”, afirmou Haddad, ao entrar no prédio.

O PT buscava formas de evitar a desidratação da proposta, mas deputados já dão como certa a aprovação de uma emenda supressiva para reduzir de dois para um ano a ampliação do teto de gastos em R$ 145 bilhões.

Originalmente, o novo governo pretendia excluir o Bolsa Família da regra do teto de gastos por quatro anos ou mesmo indefinidamente, mas as negociações para a aprovação do texto no Senado já haviam reduzido a validade da proposta para dois anos. (AE)

14h40 Bolsa segue operando em alta forte de 2,17%, aos 107.010 pontos. Papéis da Petrobras aceleram e sobem 2.73% (PETR4) e 2,07% (PETR3). Dólar é vendido a R$ 5,21, em baixa de 1,37%.

12h20 Ibovespa se mantém em alta forte e avança 2,56%, aos 107.419 pontos. As commodities também operam em recuperação. Vale sobe 1,70%, CSN acelera 5,72%, Usiminas 3,91%. Já a Petrobras sobe, mas com menos intensidade. Petroleira evolui 1,03% (PETR4) e 0,47% (PETR3).

12h A Bolsa sobe 2,55%, aos 107.415 pontos. Já o dólar recua forte a 1,69%, vendido a R$ 5,20.

10h50 Ibovespa acelera alta e supera os 106 mil pontos. Bolsa sobe 2,01%, aos 106.850 pontos. Vale avança forte a 1,48% e sustenta a Bolsa no campo positivo. Dólar é vendido a R$ 5,27, baixa de 0,37%.

10h25 Bolsa vira para alta e toca os 105 mil pontos. Ibovespa sobe 1,05%, aos 105.841 pontos. Dólar também inverte a direção e opera no campo negativo. Moeda americana recua 0,22%, vendida a R$ 5,28.

10h10 Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em leve queda nesta terça-feira. O índice recua 0,10%, aos 104.636 pontos. No dia anterior, a Bolsa avançou 1,83%, aos 104.739 pontos, depois de oscilar entre 102.769 e 105.107 pontos. O volume financeiro da sessão foi de R$ 25,30 bilhões. Com o resultado desta sessão, o referencial brasileiro acumula queda de 6,89% em dezembro e no ano recua 0,08%.

9h15 O dólar opera em alta nesta terça-feira, 20, com os investidores monitorando os desdobramentos políticos no Brasil em torno da PEC da transição.

A moeda americana avança 0,24%, vendida a R$ 5,30. No dia anterior, a divisa subiu 0,28%, cotada a R$ 5,30. Com o resultado, a moeda acumula alta de 2,05% no mês. No ano, tem queda de 4,78%.

Espera-se que nesta terça-feira o texto entre em votação na Câmara dos Deputados, mesmo com a recomendação do Superior Tribunal Federal (STF) ter avaliado que o Bolsa Família pode ficar fora do teto de gastos.

Para ser aprovada, a PEC precisa de pelo menos 308 votos, em dois turnos. A expectativa é de que o texto seja modificado na Casa, diminuindo o valor extrateto e o tempo de vigência.

A proposta aumenta o teto de gastos em R$ 145 bilhões, para que R$ 70 bilhões sejam usados para pagar o Bolsa Família de R$ 600 a partir de janeiro e um adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos. O atual governo tinha R$ 105 bilhões reservados para um benefício de R$ 405 no próximo ano.

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