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Em movimento de realização, Ibovespa fecha em queda; dólar sobe

O índice recuou 0,62%, aos 117.522 pontos, depois de oscilar entre 116.561 e 119.211 pontos; o volume financeiro do dia foi de R$ 25,50 bilhões

Investidor analisa gráfico do mercado financeiro

Em ata, o Copom afirmou que conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas | Foto: Getty Images

Fechamento: Em movimento de realização, o Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, mesmo após ata do Comitê de Política Monetária (Copom). O índice recuou 0,62%, aos 117.522 pontos, depois de oscilar entre 116.561 e 119.211 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 25,50 bilhões.

Com o resultado desta sessão, o Ibovespa acumula alta de 8,48% em junho e de 7,10% neste ano.

Já o dólar fechou no campo positivo. A moeda americana subiu 0,67%, vendida a R$ 4,79, depois de oscilar entre R$ 4,75 e R$ 4,80.

“Ibovespa caiu hoje em dia de realização de lucros após nove semanas de altas, mesmo com o IPCA-15 mostrando desaceleração e ata do Copom sinalizando que parte do comitê acredita no início de “um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”. O comitê não confirmou que pode de fato haver uma queda de juros, mas deixou a porta aberta pela primeira vez desde que a Selic chegou a 13,75%”, disse, Fabio Louzada, da Eu me banco.

Na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada, o Banco Central afirmou que a maior parte dos oito membros que participaram da reunião avaliam que a continuidade o processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança para iniciar os cortes de juros de forma parcimoniosa no próximo encontro, em agosto.

“Observou-se divergência no Comitê em torno do grau de sinalização em relação aos próximos passos. A avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”, disse a ata.

Para Matheus Rosignoli, economista do Banco Safra, a ata trouxe elementos que não constavam no comunicado logo após a reunião do Copom. Segundo ele, essa indicação de que a maioria do comitê avalia que o ciclo de baixa se aproxima, indica que a decisão de corte nos juros pode ocorrer na reunião de agosto.

“Quando o comitê coloca que pode iniciar o processo de inflexão parcimonioso dá um sinal de que se for cortar, vai diminuir a taxa de maneira devagar. Se o cenário evoluir melhor, pode ser que decidam por um corte de até 50 pontos-base”, disse Rosignoli. Segundo ele, há ainda muitos indicadores para serem divulgados antes da reunião de agosto que podem direcionar a estratégia do Banco Central.

Segundo Louzada, após a ata do Copom divulgada hoje, a curva de juros recuou com a possibilidade maior em aberto do possível início da queda de juros em agosto. “Mas, voltou a subir prejudicando papéis do setor de construção e varejo”, ressaltou Louzada.

Entre as maiores baixas do dia, o destaque foi a Petrobras, que caiu revertendo a alta das sessões anteriores. Os papéis da companhia recuaram 0,68% (PETR4) e 0,87% (PETR3).

Além da Petrobras, ações de empresas ligadas à economia doméstica, mais sensíveis aos juros, tiveram um mau desempenho nesta sessão.  Pão de Açúcar caiu 4,96%, Vibra, 5,07%, Assaí, 5,61%, Alpargatas, 6,55% e Petz perdeu 6,02%.

Já no campo positivo, o destaque ficou com os papéis de empresas exportadoras e do setor financeiro. Minerva subiu 4,37%, JBS, 2,52%, Gol, 3,09% e Embraer, 2,29%.

Entre as altas do dia, a Vale também se destacou com ganhos de 1,50%. A ação da mineradora acompanhou a recuperação do preço minério de ferro.

O contrato futuro do minério de ferro mais negociado, para entrega em setembro, na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrou o pregão diurno com alta de 4,11%, a 824 yuans (US$ 114,24) por tonelada, a maior alta desde 16 de março.

15h31 Ibovespa segue em queda e perde, neste momento, 1.11%, aos 117.110 pontos. Dólar sobe 0,66%, vendido a R$ 4,79.

15h30 As condições de crédito dos Estados Unidos vão continuar apertadas no futuro próximo, diz a S&P Global. A agência de classificação de risco afirma que as pressões persistentes sobre o crédito e as taxas de juros elevadas vão limitar o acesso a financiamento no país, mas sem acarretar em uma “crise de crédito”.

Em relatório, a S&P pontua que os EUA não necessariamente entrarão em recessão em 2023, mas que os custos altos de insumos para o produtor, associados à queda nas despesas discricionárias e ao fim das reservas econômicas de empresas e famílias dificultarão um pouso suave da economia.

O texto pontua que empresas que têm classificação mais baixa poderão ter que lidar com o dobro de despesas com taxa de juros para conseguir financiamentos. (AE)

14h31 Ibovespa segue no campo negativo, mas diminuiu o ritmo de queda. Bolsa perde 0,96%, aos 117.152 pontos. O dólar se mantém em alta e sobe 0,58%, vendido a R$ 4,79.

14h30 A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, criticou o que entende como sinalizações distintas do Banco Central emitidas pelo comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) e a ata da reunião. “A impressão que eu tenho é que o comunicado é feito por um órgão e a ata é feito por outro”, disse a ministra.

Mais cedo, o Banco Central divulgou a ata da mais recente reunião de política monetária. O documento deixou a porta aberta para um corte de juros em agosto, apenas seis dias depois de o comunicado da reunião não ter sinalizado, na visão de analistas, um afrouxamento monetário no curto prazo. (AE)

12h33 Após a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) revelar nesta terça-feira, 27, que a maioria dos diretores do Banco Central queria sinalizar o início de um corte moderado de juros na próxima reunião, em agosto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou que o documento deixa claro que o governo está no caminho certo com as medidas fiscais que vem sendo adotadas.

“Há uma sinalização clara de boa parte da diretoria de que os efeitos de uma taxa de juros elevada produziram os resultados e de que o risco fiscal está afastado. Isso é o mais importante. O Brasil está em uma trajetória fiscal sustentável e, portanto, a harmonização da política fiscal com a monetária deve acontecer brevemente”, afirmou o ministro.

Haddad destacou que o item 19 da ata é o “mais importante” para a equipe econômica. Nesse parágrafo da ata, o Copom destacou que a avaliação predominante do colegiado foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião.

“Penso que há um consenso em relação à trajetória próxima das taxas de juros. Ficou claro que estamos no caminho certo e eu penso que é preciso, em virtude da desaceleração de crédito acentuada no Brasil, considerar o esforço do governo”, acrescentou Haddad. (AE)

12h27 Bolsa aprofunda queda e recua firme. Ibovespa perde 1.34%, aos 116.702 pontos. Já o dólar acelera alta e sobe 0,59%, vendido a 4,79.

12h26 As vendas de moradias novas nos Estados Unidos avançaram 12,2% em maio ante abril, ao ritmo anual sazonalmente ajustado de 763 mil unidades, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira, 27, pelo Departamento de Comércio do país. O resultado ficou acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam vendas de 670 mil unidades.

O ritmo anualizado de vendas de agosto foi revisado para baixo, de 683 mil para 680 mil unidades. (AE)

11h As encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos subiram 1,7% em maio ante abril, a US$ 288,2 bilhões, segundo dados publicados nesta terça-feira, 27, pelo Departamento do Comércio do país. O resultado surpreendeu analistas consultados pela FactSet, que previam queda de 1% nas encomendas do período.

Excluindo-se o setor de transportes, as encomendas de bens duráveis aumentaram 0,6% na comparação mensal de maio. Já sem a categoria de defesa, houve avanço de 3%.

O dado das encomendas de bens duráveis de abril ante março foi ligeiramente revisado para cima, de alta de 1,1% para ganho de 1,2%. (AE)

10h50 Depois de abrir em alta a sessão, o Ibovespa muda o rumo e passa a cair. Bolsa perde 0,54%, aos 117.696 pontos. O dólar também inverteu a rota e agora sobe 0,26%, vendido s R$ 4,78.

10h17 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em alta nesta quarta-feira, após ata do Copom que indicou possível corte dos juros na reunião de agosto. A Bolsa avança 0,52%, aos 118.866 pontos. No dia anterior, o referencial brasileiro recuou 0,62%, aos 118.242 pontos, depois de oscilar entre 117.490 e 119.147 pontos. O volume de negócios do dia foi de R$ 20,20 bilhões.

Com o resultado, o referencial brasileiro acumula ganhos de 9,15% em junho e de 7,75% no ano.

Já o dólar cai 0,15%, vendido a R$ 4,76.

9h10 O dólar opera em leve alta nesta terça-feira, após ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Além disso, os investidores repercutem a divulgação da prévia da inflação, o IPCA-15.

A moeda americana sobe 0,26%, vendido a R$ 4,77. Na véspera, o dólar teve leve baixa de 0,24%, aos R$ 4,76. Com o resultado, a divisa acumula queda de 6,05% em junho e de 9,70% no ano.

A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira, 27, indicou que a projeção para o IPCA de 2024, ano em que o BC trabalha para alcançar a convergência da inflação para a meta, está em 3,4% no cenário de referência. Para 2023, a projeção para o IPCA está em 5,0%.

Apesar da queda forte, a projeção do BC para o IPCA de 2023 ainda está acima do limite de tolerância da meta, de 4,75%, indicando três anos consecutivos de descumprimento do BC de seu mandato principal, após 2021 e 2022. Para 2024, a projeção do BC se aproximou do centro da meta, de 3,0%.

O Banco Central alertou, ainda, que o afrouxamento do grau de aperto monetário exige “confiança na trajetória do processo de desinflação”, a custo de, se feito de forma prematura, provocar retomada da aceleração inflacionária e reversão do próprio processo de relaxamento monetário. Essa avaliação foi unânime dentro do comitê.

A avaliação do BC ocorre após certa frustração do governo e de parte do mercado com o comunicado da decisão do Copom na quarta-feira passada, que não trouxe nenhuma indicação explícita sobre o início dos cortes de juros à frente.

“O Comitê unanimemente avalia que flexibilizações do grau de aperto monetário exigem confiança na trajetória do processo de desinflação, uma vez que flexibilizações prematuras podem ensejar reacelerações do processo inflacionário e, consequentemente, levar a uma reversão do próprio processo de relaxamento monetário.”

Além disso, o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) considerado a prévia da inflação.

Segundo os dados, o índice subiu 0,04% em junho, uma desaceleração em relação ao indicador de maio, que chegou a alta de 0,51%. Em junho de 2022, o IPCA-15 foi de 0,69%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 3,40%.

Apesar da desaceleração, o índice veio um pouco acima das expectativas do mercado, de alta de 0,01%.

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