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Vale e Petrobras pressionam e Bolsa fecha no vermelho; dólar cai

A Bolsa recuou 0,48%, aos 110.213 pontos, depois de oscilar entre 110.256 e 111.643 pontos; o volume dos negócios foi de R$ 20,90 bilhões

gráfico do mercado financeiro

Mercado monitorou a situação da dívida americana que, caso não tenha um acordo, pode desencadear uma recessão global | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa fechou em queda moderada nesta segunda-feira. O índice foi pressionado por papéis de empresas ligadas às commodities, como a Vale e a Petrobras.

A Bolsa recuou 0,48%, aos 110.213 pontos, depois de oscilar entre 110.256 e 111.643 pontos. O volume dos negócios foi de R$ 20,90 bilhões.

Com o resultado desta sessão, o Ibovespa acumula alta de 5,54% em maio e de 0,44% no ano.

Já o dólar fechou em queda de 0,50%, vendido a R$ 4,97, depois de oscilar entre R$ 4,95 e R$ 5.

“O ambiente está melhor e este tipo de otimismo do mercado diminui a volatilidade menor, a incerteza reduz”, disse Marcel Todeschini, do Banco Safra, durante o programa Radar Safra de hoje.

A Vale, que tem grande participação no índice, recuou 1,39%. O papel da mineradora acompanhou a queda dos preços do minério de ferro na China.

No mercado à vista, a commodity se desvalorizou 3,3%, nesta segunda-feira. Com isso, a tonelada do minério de ferro foi cotada a US$ 104,85.

Já a Petrobras recuou 1.23% (PETR4) e 1,71% (PETR3).

Entre as maiores altas do dia, o destaque foi para a ação da Alpargatas que disparou 16,96%. A Azul ganhou 9,23%, Cogna, 7,23%, CVC, 4,92% e Magazine Luiza, 4,67%.

No lado negativo, o papel da Cielo foi o que mais perdeu, 3,711%. Pão de Açúcar recuou 2,36%, Braskem, 3,52%, CSN Mineração, 2,45% e MRV, 3,36%.

15h43 O contrato futuro mais líquido do ouro fechou em queda na sessão desta segunda-feira, 22, pressionado pela alta dos juros dos Treasuries e diante da valorização do dólar ante grande parte das moedas fortes e emergentes.

Ainda, a reunião marcada entre o presidente norte-americano, Joe Biden, e o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, ainda para esta segunda, às 18h30 (de Brasília), ficou no radar de investidores, junto com falas mais rígidas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em queda de 0,33%, a US$ 1.977,20 por onça-troy. (AE)

15h40 Bolsa segue em queda moderada de 0,11%, aos 110.627 pontos. Dólar recua 0,89%, vendido a R$ 4,95.

14h42 A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de São Francisco, Mary Daly, afirmou nesta segunda-feira, 22, que o mercado de trabalho nos Estados Unidos está mais forte do ela esperava que estaria neste momento.

Em evento da Associação Nacional de Economia Empresarial (Nabe, na sigla em inglês), a dirigente apontou que não se pode usar relação de mercado de trabalho e inflação como única medida de referência, lembrando a Curva de Philips, mas avaliou ainda que seria uma anomalia histórica uma inflação de 2%, a meta do Fed, com desemprego abaixo de 4%.

“Inflação é o tema que preocupa todas as pessoas com quem converso todos os dias”, afirmou Mary Daly, citando desde a população em geral aos empresários.

No entanto, ela fez ponderações sobre os próximos passos do Fed. “Há muitos fatores afetando a economia, por isso devemos depender dos dados”, comentou, apontando ainda que quer observar se o aperto monetário está impactando a atividade.

Sobre a recente crise, “tomamos medidas rapidamente para garantir que sistema bancário estaria seguro”, afirmou a dirigente, reforçando a resiliência do setor nos Estados Unidos. (AE)

14h11 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, elogiou novamente nesta segunda-feira, 22, o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na confecção do novo arcabouço fiscal, vencendo críticas até de alas do governo. “Haddad trabalhou de forma muito dura. Eliminou completamente o risco de que a dívida saia do controle.”

Campos Neto voltou a dizer, entretanto, que não há relação mecânica entre o arcabouço e a política monetária, que tem como conector o efeito nas expectativas. “A relação é através canal de expectativas. A pergunta é o que eu posso fazer para maximizar melhora de expectativas para abrir cenário em que o BC tenha condições para cair os juros.” (AE)

14h10 Ibovespa segue no campo negativo e recua 0,14%, aos 110.585 pontos. Já o dólar perde 0,73%, vendido a R$ 4,96.

12h20 Bolsa opera em quase estabilidade neste momento, aos 110.664 pontos. O Ibovespa recua 0,07%. Já o dólar aprofundou a queda e perde 0,73%, vendido a R$ 4,96.

11h25 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a destacar, em seminário do jornal Folha de S.Paulo, a precificação da curva de juros futuros para a queda da taxa Selic no Brasil e em outros países da América Latina.

“Nos países que começaram a elevar juros antes, como México, Chile, Colômbia, e Brasil, os mercados precificam queda de juros. Mercados entendem que o processo em parte está funcionando”, disse, nesta segunda-feira, 22, completando que alguns países, onde os juros subiram menos, ainda precificam aperto monetário.

Segundo Campos Neto, em relação à inflação, o grande embate hoje é nos núcleos de inflação. No índice cheio, o presidente do BC mencionou que, na América Latina caiu bastante, com destaque para o Brasil.

“Os núcleos, em países avançados, não só não caíram, como estão no máximo e voltaram a subir. Na América Latina, caiu muito pouco.”

Ele lembrou o choque causado pela demanda de bens e, consequentemente, energia, após o impulso fiscal da pandemia, e avaliou que a tem voltado à tendência, mas ainda distante. “Não existe interpretação hoje de que a inflação é de oferta, é mais dominada por fatores de demanda.”

11h10 Ibovespa opera entre perdas e ganhos e, neste momento, a Bolsa recua 0,30%, aos 110.410 pontos. Já o dólar segue no campo negativo e perde 0,51%, vendido a R$ 4,97.

11h09 O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de St. Louis, James Bullard, afirmou nesta segunda-feira, 22, que a instituição deve ter de subir os juros mais duas vezes neste ano, a fim de conter a inflação.

Bullard considerou que as projeções de queda rápida da inflação “até agora não se concretizaram”, enquanto o núcleo dos preços “não tem mudado muito nos últimos meses” e o mercado leva para cima expectativas de inflação, o que justifica o maior aperto monetário.

Sem direito a voto nas decisões de política monetária deste ano, o dirigente respondeu a questões nesta segunda, no Fórum Financeiro da American Gas Association.

Ele afirmou que seu cenário base é de “crescimento relativamente fraco” nos EUA, neste ano e no próximo, e acrescentou achar “exageradas” as projeções de recessão. Bullard avaliou que o mercado de trabalho segue “forte”, embora dê sinais de desaceleração. “Estamos em ótima forma, na economia em geral”, disse.

Bullard vê como risco que a inflação elevada perdure por muito tempo, o que forçará um aperto ainda mais duro adiante na política monetária. (AE)

10h15 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que deve se reunir com o relator do arcabouço fiscal, o deputado Claudio Cajado (PP-BA), ainda nesta segunda-feira, 22.

“A gente deve se reunir, sim. Ele está resolvendo algumas sugestões e quer trocar uma ideia com a equipe da Fazenda”, explicou Haddad, no período da manhã, ao chegar ao ministério.

Ele voltou a elogiar Cajado, que apontou ser uma pessoa do diálogo, que tem escutado muitas opiniões e que quer acertar. Segundo Haddad, o encontro deve ser no final do dia, porque Cajado está em deslocamento para Brasília. “Coloquei a nossa equipe à disposição dele”, disse. (AE)

10h10 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em alta nesta segunda-feira. A Bolsa sobe 0,40%, aos 111.182 pontos. Na sexta-feira, o índice ganhou 0,58%, aos 110.744 pontos, depois de oscilar entre 109.786 e 111.211 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 31,80 bilhões.

Com o resultado, o Ibovespa acumulou alta de 2,10% na semana. No mês, a Bolsa ganha 6,04% e no ano, 0,92%.

Já o dólar mudou o rumo e, neste momento, recua 0,46%, vendido a R$ 4,97.

9h10 O dólar abre a segunda-feira em leve alta mantendo a tendência das duas últimas sessões. A moeda americana ganha 0,10%, vendido a R$ 5. Na sexta-feira, dólar fechou em alta de 0,56%, cotado a R$ 4,99.

Com o resultado da última sexta-feira, a divisa encerrou a semana em alta de 1,46% e acumula ganhos de 0,16% em maio. No ano, o dólar recua 5,36%.

Os investidores estão de olho nas negociações para o aumento do teto da dívida americana.

Na manhã de ontem, o presidente americano, Joe Biden, acusou os republicanos de insistirem em “posições extremas”. Durante a viagem de volta do Japão, onde participou da cúpula de líderes do G7, o democrata conversou por telefone com o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, sobre o tema. Os dois ficaram de se encontrar pessoalmente nesta segunda, 22.

O calote da dívida dos EUA ameaçaria os ganhos dos últimos anos na fase de recuperação pós pandemia, segundo Janet Yellen, e isso desencadearia uma recessão global que afetaria ainda mais a economia americana.

O encontro – o terceiro entre os políticos em menos de duas semanas – será uma tentativa de conter a deterioração nas discussões desde que Biden viajou à Ásia. Na sexta-feira, o deputado Garret Graves, que lidera o lado republicano no debate, disse que as negociações seriam “pausadas” porque o governo não estaria sendo “razoável”.

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