Bolsa sobe mais de 2% com ajuda da Vale; dólar recua para R$ 5,33

Fechamento: Um dia após o tombo causado pelo temor de descontrole fiscal após um discurso do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva, o Ibovespa recuperou parte das perdas nesta sexta-feira. A Bolsa fechou em alta de 2,26%, aos 112.253 pontos, depois de oscilar entre 109.408 e 113.009 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 49,5 bilhões. O dólar fechou em baixa de 1,10%, cotado a R$ 5,33, e acumulou alta de 5,36% na semana, com a polêmica em torno da condução das contas públicas no novo governo a partir de janeiro.

Com o resultado da sessão desta sexta-feira, o Ibovespa apresentou baixa de 5% na semana. Em novembro, a queda foi amenizada e o índice recua 3,26% e no ano, os ganhos são de 7,09%.

“Hoje tivemos um movimento de repique normal da Bolsa para cima e dólar para baixo após um dia muito volátil. Ontem tivemos um certo exagero na queda do Ibovespa por falatórias de Lula e mercado todo indo para o mesmo lado por conta do receio com o não cumprimento da política fiscal”, disse, Marcelo Oliveira, da Quantzed.

Entre as maiores altas, as siderúrgicas e a Vale se destacaram. A mineradora, que tem grande peso no índice, disparou 10,48%, a CSN subiu 16,5% e a Usiminas, 10,3%.

Segundo Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra, a alta dessas ações veio na esteira da recuperação do preço do minério de fero. O contrato futuro da principal matéria-prima siderúrgica subiu 7,62% na semana, sendo negociada a US$ 92,60, a tonelada.

O bom desempenho do minério de ferro ocorre em meio às tentativas do governo chinês de colocar a economia para rodar em alta velocidade. Nesta sexta-feira, a China anunciou uma flexibilização da política sanitária “covid zero”. Isso fez aumentar o sentimento de otimismo no mercado e as apostas para a recuperação mais rápida do gigante asiático.   

Além das empresas de commodities metálicas, JBS e Braskem, com ganhos de 12,12% e 10,38%, respectivamente, completam o ranking das maiores altas do Ibovespa nesta sexta-feira.

No lado negativo, a Magazine Luíza foi a que mais perdeu nesta sessão, com queda de 14,07%. Locaweb recuou 9,82%, Cogna, 6,44% e Via Varejo, 5,43%.

Lá fora, os índices americanos fecharam em alta, depois de uma sessão de instabilidade. Dow Jones ganhou 0,10%, aos 33.748 pontos, S&P 500, 0,93%, aos 3.992 pontos e Nasdaq, 1,88%, aos 11.323 pontos. Na semana, Dow Jones subiu 4,14%, S&P 500, 5,91% e Nasdaq, 8,10%.

17h05 Apesar de uma valorização do real frente ao dólar nesta sessão, a moeda americana fechou a semana em alta de 5,36%, vendida a R$ 5,33. Nesta sexta-feira, a queda foi de 1,17% e a cotação variou entre R$ 5,24 e R$ 5,40.

14h30 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira, 11, que a autarquia continua com postura “cautelosa” frente à desaceleração da inflação no País. A declaração foi feita em evento organizado pela CFA Society Brazil, em São Paulo.

“A gente está bastante cauteloso com essa melhora da inflação, a gente tem olhado para os diversos elementos, achamos que a luta contra a inflação é uma luta longa e árdua e a gente precisa ainda perseverar”, afirmou o presidente do BC. (AE)

14h20 Ibovespa acelera alta e avança 2,07%, aos 112.047 pontos. Empresas de commodities seguem em disparada. CSN evolui 12,41%, Gerdau, 8,65% e Vale ganha 7,71%. Petrobras também opera no campo positivo, e sobe 1,84% (PETR4). O dólar recua 0,17% e é vendido a R$ 5,33.

12h15 Ibovespa segue no azul, mas evolução perde o fôlego. Bolsa sobe 0,94%, aos 110.804 pontos. Vale e CSN aceleram ganhos e disparam 6,59% e 9,92%, respectivamente. Dólar segue em desvalorização frente ao real. Moeda americana recua 1,03%, vendida a R$ 5,29. Nos Estados Unidos, índices operam sem direção definida. Dow Jones recua 0,25%. Já S&P 500 opera em alta de 0,56% e Nasdaq, 1,11%.

11h40 Em Nova York, índices abrem sem direção definida nesta sexta-feira. Dow Jones opera estável, S&P 500 recua 0,03% e Nasdaq, 0,34%.

10h40 Bolsa se mantém no terreno positivo em alta de 1,29%, aos 111.194 pontos. Empresas ligadas às commodities metálicas puxam o bom desempenho do índice. Vale sobe 5,10%, CSN, 6,28%, Usiminas, 4,40%, Gerdau, 3,68%. Já o dólar aprofunda perdas e cai 0,98%, vendido a R$ 5,29.

10h10 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, opera em alta moderada após sessão em que perdeu perto de 5 mil pontos em um dia. A Bolsa avança 0,21%, 110.010 pontos.

No dia anterior, o referencial brasileiro despencou 3,35%, aos 109.775 pontos, depois de oscilar entre 108.516 pontos e 113.578 pontos. O volume financeiro do dia chegou a R$ 55,2 bilhões. Com o tombo desta sessão, o índice acumula queda de 7,09% na semana. Em novembro, o Ibovespa perde 5,40%, já no ano, os ganhos acumulados são de 4,73%.

O dólar recua levemente a 0,20%, vendido a R$ 5,33.

9h10 O dólar opera em queda um dia após ter a maior valorização desde março de 2020, com os investidores temerosos após falas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva sugerirem um descontrole fiscal a partir de agora.

A moeda americana recua 0,85%, vendida a R$ 5,35. No dia anterior, a divisa disparou e fechou em alta de 4,14%, vendida a R$ 5,39, depois de oscilar entre R$ 5,24 e R$ 5,41.

Esta foi a maior alta diária desde16 de março de 2020, quando subiu 5,16%, durante o início da crise provocada pela Covid-19.

Com o resultado, a moeda acumula alta de 6,63% na semana, e de 4,43% no mês. No entanto, no ano, o dólar ainda apresenta queda de 3,24% frente ao real.

“O mercado inteiro caiu por causa do aumento de risco”, disse Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra. “Instabilidade fiscal é muito ruim para a economia como um todo.”

Para cumprir promessas de campanha, como o Bolsa Família de R$ 600 e reajuste do salário mínimo de acordo com a inflação, a equipe de transição de governo prepara uma PEC para garantir cerca de R$ 200 bilhões. Este valor estaria acima do teto de gastos.

Nesta PEC ainda deve conter um dispositivo que tira os recursos para o Bolsa Família do limite dos gastos. Essas medidas, assustaram o mercado que teve um movimento de aversão ao risco no dia de ontem.