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Em dia conturbado, Bolsa vira no final e fecha no azul; dólar sobe

A Bolsa subiu 0,20%, aos 103.745 pontos, depois de oscilar entre 101.631 e 104.515 pontos; o volume financeiro foi de R$ 37,10 bilhões

Investidor analisa cotações de ações no computador

O mercado esteve atento à composição do novo governo no Brasil e na política monetária nos EUA | Foto: Getty Images

Fechamento: Após uma sessão operando no vermelho, o Ibovespa ganhou tração no final e encerrou o dia em alta. A Bolsa subiu 0,20%, aos 103.745 pontos, depois de oscilar entre 101.631 e 104.515 pontos. O volume financeiro foi de R$ 37,10 bilhões.

Com o resultado desta sessão, o Ibovespa acumula queda de 7,77% em dezembro e no ano, as perdas somam 1,03%.

Nesta sessão, papéis da Vale e grandes bancos se recuperaram e sustentaram a virada do Ibovespa. A mineradora subiu 1,22%, Itaú, 0,26% e Bradesco avançou 2,41%.

Além do bom desempenho da Vale e bancos, que têm grande participação no Ibovespa, o tom mais conciliador do novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a política fiscal, animou o mercado.

Haddad disse que espera poder combinar a política fiscal e monetária para fazer com que o país cresça.

Ele afirmou, também, que o ideal seria conseguir levar a taxa Selic ao nível de um dígito para que o país possa “deslanchar”, mas notou que isso depende tanto da sua pasta quanto da autoridade monetária.

Já a Petrobras e Banco do Brasil derreteram nesta sessão, com a mudança na Lei das Estatais. O BB recuou 2,54%.

A petroleira chegou a perder 10% durante o dia, mas reduziu a queda e fechou em baixa de 8,36% (PETR4) e 10,03% (PETR3). A companhia liderou o ranking de piores desempenhos do pregão.

Além dos papéis da Petrobras, São Martinho, com 4,69%, Gol, 6,49% e Magazine Luiza, que perdeu 6,43%, completam o ranking das maiores baixas do dia.

No lado positivo, ações ligadas à economia local se destacaram. Meliuz subiu 7,02%, Cielo, 6,26%, SLC Agrícola, 6,35%, Alpargatas, 5,53% e Rede D’Or, 5,56%.

Nem mesmo a decisão do Fed, de elevar a taxa de juros americana em 0.5 p.p, sustentou a alta dos ativos em Wall Street. Dow Jones fechou em queda de 0,42%, S&P 500, 0,61% e Nasdaq perdeu 0,76%.

17h09 Dólar fecha em queda de 0,27%, vendido a R$ 5,30, depois de oscilar entre R$ 5,29 e R$ 5,37. Com o desempenho desta quarta-feira, a moeda americana acumula alta de 1,80% no mês. No ano, tem queda de 4,94%.

17h07 Referencial brasileiro acelera alta e recupera os 104 mil pontos. Bolsa sobe 0.60%, aos 104.152 pontos.

17h Ibovespa vira para alta na reta final do pregão. Bolsa sobe levemente a 0,04%, aos 103.579 pontos. Petrobras se mantém na liderança das maiores perdas do dia, com queda de 9,22% (PETR4) e 10,43% (PETR3).

16h Bolsa recua 0,41%, aos 103.111 pontos. Petrobras segue derretendo e perde 10,06% (PETR3) e 9,26% (PETR4). Moeda americana sobe a R$ 5,31, em alta de 0,44%, após a decisão do Fed em elevar os juros nos EUA em 0,5 ponto percentual, o que faz a taxa ficar com invervalo de 4,25% e 4,50% ao ano.

15h20 Ibovespa tenta se firmar no patamar de 103 mil pontos. Bolsa oscila entre leve queda e leve alta e no momento recua 0,05%, aos 103.500 pontos. Dólar sobe 0,22%, vendido a R$ 5,30.

14h55 O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse há pouco em entrevista à Globo News que a recriação dos ministérios do Planejamento e de Desenvolvimento pode levar a divergências entre os ministros das três pastas, mas que “não vê isso no horizonte”.

“É muito normal em um governo aparecerem pontos de vista diferentes; quando ministros têm ponto de vista diferentes, presidente arbitra. Como Bolsonaro não era dado a governar, Paulo Guedes ministro da Economia do governo Bolsonaro tocava o governo como imaginava”, disse Haddad.

Haddad também disse que a governança de empresas estatais “ganhou robustez após o que ocorreu com diretores de carreira da Petrobras”. “Os diretores de carreira da Petrobras punidos se enquadrariam em Lei das Estatais. É preciso (nas estatais) controladoria forte, compliance forte”, afirmou. Na avaliação do ex-prefeito de São Paulo, hoje há “robustez na transparência” das empresas do Estado que não havia no passado.

O petista considerou que a Controladoria Geral da União (CGU) perdeu importância no atual governo, o que levou a corrupção a se “instalar” em ministérios como Educação e Saúde. “Se você tiver órgão de controle com autonomia, vai atuar para coibir desvio ético nas estatais ou ministérios.

“Não acredito em combate eficaz à corrupção sem fortalecimento da CGU, que passou por desmantelamento”, disse. De acordo com o futuro ministro, o nome cogitado para assumir a CGU é “alguém que sei que vai fazer muito bem para governo”.

“O presidente Lula conhece minhas opiniões econômicas há muito tempo, sabe como penso. Quando eu era ministro da Educação, era chamado para opinar sobre a economia”, continuou.

As ações da Petrobras derretem neste momento, 9,18% (PETR4) e 10,66% (PETR3) e lideram o ranking de maiores baixas do Ibovespa. Bolsa segue em queda firme e recua 1,44%, aos 102.076 pontos. (AE)

14h Petrobras derrete e cai quase 10%. Estatal despenca 9,52% (PETR4) e 10,77% (PETR3), já o Banco do Brasil cai 4,30%. Bolsa volta para os 102 mil pontos. Ibovespa recua 1,34%, aos 102.146 pontos. Moeda americana reduz ritmo de alta e sobe 0,22%, vendida a R$ 5,30.

12h20 Ibovespa se mantém no patamar de 101 mil pontos. Bolsa perde 1,64%, aos 101.948 pontos. Dólar sobe a R$ 5,34, em evolução de 0,94%.

12h Bolsa aprofunda queda e perde os 102 mil pontos. Ibovespa recua 1,51%, aos 101.973 pontos. Petrobras despenca 5.40% (PETR4) e 6,87% (PETR3) e pressiona o índice. Já o Banco do Brasil perde 2.70%. Dólar sobe a R$ 5,34, em alta de 0,90%.

11h41 Com a mudança na Lei das Estatais pela Câmara dos Deputados, que flexibiliza restrições que, hoje, dificultam a nomeação de políticos para presidência e diretorias de empresas públicas, os papéis de estatais que compõe o Ibovespa operam em queda firme nesta sessão. Petrobras despenca 4,03% (PETR4) e 3,82% (PETR3), Banco do Brasil, 2,17%, CPFL, 2,45% e Sabesp, 0,59%.

11h40 Índices americanos abrem em alta com o mercado à espera da divulgação dos novos juros nos Estados Unidos, pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano). Dow Jones sobe 0,17%, S&P 500, 0,25% e Nasdaq, 0,25%.

11h05 Bolsa reduz perdas mas permanece no vermelho. Ibovespa recua 0,81%, aos 102.698 pontos. Dólar se mantém no campo positivo e sobe 1,01%, vendido a R$ 5,35.

10h12 O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu em queda firme nesta quarta-feira. A Bolsa recua 1,05%, aos 102.449 pontos. No dia anterior, o refenrencial brasileiro fechou em 103.539 pontos, depois de oscilar entre 103.409 e 106.689 pontos. A queda desta sessão foi de 1,71%. O volume financeiro da sessão foi de R$ 30,70 bilhões. No mês, o Ibovespa acumula queda de 7,95% e no ano, as perdas somam 1,22%.

9h20 O dólar opera hoje em alta com os investidores na expectativa da divulgação dos juros nos Estados Unidos. O cenário político e fiscal no Brasil também está no radar do mercado após o anúncio de nomes para compor a equipe econômica do novo governo.

A moeda americana sobe de forma firme a 1,15%, vendida a R$ 5,35. No dia anterior, o dólar encerrou o pregão com leve alta de 0,07%, vendido a R$ 5,31. Com o resultado, a moeda acumula alta de 2,17% no mês. No ano, tem queda de 4,67%.

Ontem, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva indicou Aloizio Mercadante para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o que não agradou o mercado, por ser um nome forte do PT.

O novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também anunciou o nome de Gabriel Galípolo, como secretário-executivo do ministério, o número 2 da pasta.

Galípolo é ex-presidente do banco Fator e integra a equipe do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), que é coordenado pelo ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ex-diretor do Banco Central.

Galípolo, durante a campanha presidencial, foi o responsável pela aproximação do presidente eleito com a “Faria Lima”.

No mercado externo, os investidores estão de olho na divulgação da taxa de juros americana. Hoje, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) realiza a última reunião do ano e a expectativa é de os juros sejam elevados em 0,5 ponto percentual. Atualmente, a taxa está em um intervalo de 3.5% a 4% ao ano.

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