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Vale e siderúrgicas foram os destaques da semana; varejistas levaram a pior

Em uma semana conturbada, Ibovespa recua 5%; empresas de commodities metálicas subiram em média 15%; varejistas foram os "micos" do período

Telão de negociações do mercado financeiro

Com a alta do minério de ferro, as empresas de commodities metálicas suavizaram a baixa do Ibovespa nesta semana | Foto: Getty Images

Em uma semana conturbada, com o mercado reagindo mal ao discurso do presidente eleito Lula na quinta-feira, o Ibovespa fechou a semana em queda de 5%. Nem mesmo a recuperação da Bolsa na sexta-feira, fez o índice retomar os ganhos da semana anterior.

As empresas de commodities metálicas suavizaram a baixa do referencial brasileiro nesta semana. Empresas como Vale, CSN, Gerdau e CSN Mineração, foram as que mais viram os seus papéis se valorizarem.

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Segundo Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra, a alta dessas ações veio na esteira da recuperação do preço do minério de fero. O contrato futuro da principal matéria-prima siderúrgica subiu 7,62% na semana, sendo negociada a US$ 92,60, a tonelada.

O bom desempenho do minério de ferro ocorre em meio às tentativas do governo chinês de colocar a economia para rodar em alta velocidade. Nesta sexta-feira, a China anunciou uma flexibilização da política sanitária “covid zero”.

Isso fez aumentar o sentimento de otimismo no mercado e as apostas para a recuperação mais rápida do gigante asiático.   

Com isso, a Vale, que tem grande peso no Ibovespa, avançou 13,91% nesta semana. Mas, a campeã do ranking de maiores altas foi a Gerdau, que além do fator minério, na quarta-feira anunciou dividendos recordes para o terceiro trimestre, de R$ 5,8 bilhões. A siderúrgica subiu 15,43%.

Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), CSN Mineração e Bradespar, que tem grande participação na Vale, avançaram 13,54%, 14,53% e 16,69%, respectivamente.

“A China também deu um alívio nas políticas de lockdown, o que impulsionou a Vale, com 15% do índice, que vem subindo praticamente 10%, o que já daria uma alta de 1.5% ao índice, ajudando bastante na recuperação”, disse, Marcelo Oliveira, da Quantzed.

No lado negativo as varejistas deram o tom do desempenho da semana. Com os balanços do terceiro trimestre divulgados, o mercado percebeu que, mesmo com a melhora da performance no final do ano, em razão das datas comemorativas, o ano ainda será ruim para o setor.

Americanas e Via Varejo foram as que mais perderam nesta semana. Em relatório, o Banco Safra ressaltou que estas empresas foram os destaques negativos com um trimestre de consumo de caixa: aumento da dívida líquida de R$2,1 bilhões no trimestre para Americanas e R$1,3 bilhão para Via Varejo e uma queda considerável no EBITDA, 22% e 29%, respectivamente.

“Por isso, reiteramos nossa preferência pela Magazine Luiza, nossa Top Pick no universo de e-commerce, que continua apresentando melhorias de margens e geração de caixa”, informou o Safra.

Americanas perdeu 26,75%, Via Varejo 23,27% e Magazine Luíza se desvalorizou 28,36%.

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