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Volatilidade da Bolsa cai ao nível da S&P e abre oportunidades

Volatilidade baixa dos emergentes equivale à da bolsa americana e abre oportunidades de compra de ações com potencial de valorização

Volatilidade

Bancos tradicionais e ações ligadas ao minério e celulose são os destaques de baixa volatilidade atualmente | Foto: Getty Images

Um dos indicadores mais importantes na construção de um portifólio equilibrado e rentável no longo prazo é a volatilidade. Ao entender seus principais conceitos, o investidor torna-se capaz de aproveitar as oportunidades, seja para uma operação de proteção ou alavancagem. Infelizmente, muitos acabam por ignorá-la, ora pela sua dificuldade de mensuração, ora pela sua difícil compreensão.

Muitos acreditam que quando falamos de volatilidade, estamos nos referindo a definição matemática de desvio padrão, ou seja, distância de cada ponto à média. Sendo bastante técnico, essa acepção não está incorreta, mas não é a utilizada pelo mercado. A melhor explicação seria “a incerteza dos agentes com relação ao preço futuro de certo ativo”. Ou seja, quanto mais incertos estiverem os investidores com relação ao futuro, maior a volatilidade. Fica fácil de deduzir que quando a previsibilidade é alta, a volatilidade é baixa.

Essa explicação nos ajuda a entender por que a volatilidade, dias após a descoberta do covid pelo ocidente, explodiu tão rapidamente, mesmo antes de uma movimentação efetiva dos ativos.

Pois bem, dado essa breve explicação do conceito, gostaríamos de compartilhar alguns insights que nos ajudam a entender os recentes acontecimentos e aproveitar as oportunidades.

Há alguns dias as bolsas dos países emergentes (EM) operam dentro de um pequeno intervalo e quase inalteradas, o que está fazendo a volatilidade cair e entrar em uma zona interessante. O derretimento do indicador no pregão do dia 07/02 fez com que a volatilidade dos emergentes começassem a ser negociadas nos mesmos níveis do S&P (bolsa americana).

Motivos da baixa volatilidade:

  • Na China, temos um tom mais soft com relação as regulamentações no setor tech e políticas fiscais mais brandas;
  • Uma visão de que os riscos das tensões entre Rússia e Ucrânia já estão precificados;
  • Uma expectativa de que as curvas de juros dos emergentes já contemplam um cenário bastante desfavorável para a economia.

Esses movimentos nos mercados emergentes acabam por contaminar nossa bolsa de forma positiva e hoje trabalhamos com uma volatilidade relativamente baixa.

Para os investidores que desejam “comprar upside”, o momento é ideal para comprar calls. Para os mais receosos, que começaram a duvidar da força da nossa bolsa após sair de 100 mil pontos e pular para 112 mil pontos, o cenário é propício para comprar proteção através da compra de travas de baixa ou até mesmo de puts secas.

Pensando em single names, os bancos tradicionais e ações ligadas ao minério e celulose são os destaques de baixa volatilidade atualmente. Na outra ponta, a liderança fica com o setor de varejo e as empresas conhecidas como nonprofit techs.

Um abraço a todos e ótimos negócios.

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