Na capital do carvão, Xi Jinping defende energia limpa

O presidente da China Xi Jinping pediu mais esforços para desenvolver tecnologias de energia limpa durante uma visita a Shanxi, a maior província produtora de carvão da China, de acordo com a mídia estatal.

“Nosso país é rico em carvão, mas com pouco petróleo e gás. Devemos reforçar a produção doméstica de energia e acelerar avanços tecnológicos verdes e de baixo carbono”, disse Xi durante visita a uma empresa de tecnologia de carvão verde na província central.

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“Alcançar o pico de carbono e a neutralidade é o que devemos fazer – não é algo que outros nos pediram”, disse o líder chinês. “Mas não é tarefa fácil. Precisamos entender o ritmo e fazer progressos constantes.”

A China prometeu atingir o pico de emissões de carbono antes de 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060. No entanto, Pequim estava entre as notáveis ausências de um acordo internacional – assinado durante a cúpula da ONU sobre mudanças climáticas em novembro – para eliminar gradualmente o uso de carvão e parar de construir usinas de energia incendiadas pelo combustível fóssil.

China tem papel importante na busca de energia limpa contra aquecimento global

Como o maior produtor e consumidor de carvão do mundo – e sua maior fonte de emissões de gases de efeito estufa – a ação da China terá um papel importante para saber se o mundo realiza seu objetivo de limitar o aquecimento global.

O carvão é responsável por 57% do consumo de energia do país e gera mais de 70% de sua eletricidade. A China também tem mais da metade da geração de carvão em operação no mundo e é responsável por 55% da capacidade global no gasoduto.

Na sua turnê em Shanxi, na semana passada, Xi instou os principais operadores da província, especialmente os estatais, a assumirem a liderança na manutenção de um fornecimento de energia estável e preços durante o inverno.

China enfrentou racionamento no ano passado

O fornecimento de energia é uma preocupação fundamental para Pequim após a escassez no ano passado, que viu mais de 20 províncias atingidas por cortes de energia no auge da crise em setembro. Em algumas áreas, o racionamento foi imposto tanto aos usuários industriais quanto aos domicílios.

Houve um debate generalizado na China sobre a causa da crise energética, com algumas medidas agressivas das autoridades locais para cumprir as metas de redução de carbono de Pequim e uma escassez de carvão que foi piorada pela proibição das importações da Austrália.