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Máscaras de luxo que estão bombando nas redes sociais

Modelos de grandes grifes consagram peça como tendência até o controle da pandemia, mas especialistas dizem que, sozinhas, elas protegem pouco

Máscara feita com mais de 300 pérolas naturais costuradas pela designer japonesa Reiko Kawashi | Foto: Divulgação

As máscaras de luxo começaram a se espalhar nas redes sociais com a reabertura das atividades de países europeus e dos Estados Unidos.

Grifes, artistas plásticos e designers concorrem para vestir os rostos dos consumidores fashionistas. Especialistas elogiam a iniciativa como divulgação da importância do acessório até o controle da covid-19. Mas alertam que, muitas vezes, elas mais enfeitam do que protegem.

É o caso da criação artesanal da desenhista de joias Reiko Kawashi. A designer japonesa criou uma peça feita da costura de 310 pérolas de Akoya, as menores produzidas por ostras de alga salgada no mundo.

A série é limitada, cada peça custa 1 milhão de ienes (cerca de R$ 48 mil) e não oferece nenhuma proteção se usada sozinha. Por isso, deve ser usada em combinação com uma máscara de boa qualidade por baixo para reduzir as chances de contágio ou transmissão do vírus.

Máscaras de luxo se tornam seguras se combinadas com outras proteções

A Marni começou a vender no Brasil as suas peças feitas de tecido nas estampas da nova coleção da grife italiana. De algodão e costura reforçada, custam cerca de R$ 1000 cada. Segundo pesquisa feita pela Universidade de São Paulo, máscaras de algodão, quando bem ajustadas à face, são seguras em ambientes de exposição relativa, como locais abertos e sem aglomeração.

Em situações de aglomeração, porém, elas precisam ser usadas de preferência em combinação com modelo cirúrgico de boa procedência. Feitas de TNT, as descartáveis precisam ter o clips nasal bem ajustado ao nariz e boa vedação. Essa proteção deve ser substituída a cada duas horas de uso.

“É possível aumentar a segurança usando duas de tecido sobrepostas”, ensina o professor da Escola Politécnica Vanderley John, um dos criadores do projeto respira! de produção e testagem de máscaras da USP. “Duas máscaras de algodão filtram 40% dos aerossóis (mais de 100% das gotas maiores), oferecendo 75% de proteção, o que é excelente”.

A inglesa Burberry também levou a sua padronagem tradicional para uma linha de máscaras, que a grife informa ser confeccionada de tecido antimicrobiano. Especialistas lembram que mais importante que tratamentos químicos, é a vedação alta e o conforto das máscaras de pano.

O acessório da Burberry é vendido por 90 libras (cerca de R$ 646).

Face shield é o novo óculos de Sol

A Louis Vuitton colocou nas vitrines um modelo de face shield que usa a mesma tecnologia das lentes fotossensíveis de óculos de Sol, regulando a entrada de raios ultravioleta. As face shields são indicadas para banhos de mar e piscina, já que as máscaras reutilizáveis e descartáveis têm a proteção comprometida se molhadas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta, porém, que o visor não oferece proteção em situações de aglomeração. Para essa escolha, também é recomendado o uso de uma de máscaras de tecido ou cirúrgicas por baixo. A proteção da grife francesa custa US$1 mil (cerca de te a 5,2 mil reais) e pode ser usada também como chapéu ou viseira.

Louis Vuitton lança protetor facial de luxo contra a Covid-19 - Olhar  Digital
Face shield da Louis Vuitton oferece conforto visual mas não protege sozinha | Foto: Divulgação

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