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Diamantes da última rainha da França vão a leilão

Christie's anuncia para este ano a oferta das joias que pertenceram à Maria Antonieta, monarca decapitada pela Revolução Francesa

Cena do Filme Maria Antonieta

Kirsten Dunst, no papel de Maria Antonieta, exibe réplica da joia em filme de Sofia Coppola, que ganhou os principais prêmios de melhor figurino no ano de estreia, incluindo o Oscar | Foto: Reprodução

Ela foi a última rainha da França e ostentou mais joias que todas as suas antepassadas juntas. Dois braceletes de diamantes que pertenceram à Maria Antonieta, e que ela salvou antes de tentar escapar da Revolução Francesa, irão a leilão no dia 9 de novembro pela Christie’s de Genebra.

A casa de leilões prevê arrecadar de US$ 2 milhões a US$ 4 milhões com a venda das pulseiras siamesas, retratadas poucas vezes nos braços da rainha por pintores da corte de Luiz XVI.

Seu acervo de peças era famoso em toda a Europa, e a governante cuidava de espaçar as aparições com cada uma delas. As pérolas eram as suas favoritas.

Em 2018, um pendente de pérolas naturais e diamantes da rainha foi estimado pela casa de leilões Sotheby’s em até US$ 2 milhões e arrematado por US$ 36 milhões.

Juntos, os braceletes anunciados nesta quinta-feira, 8, pela Christie’s têm 112 diamantes verdadeiros, de origens desconhecidas. A empresa calcula que podem chegar, juntos, a 448 quilates.

A conta é imprecisa porque as técnicas de extração e lapidação do século18 não seguiam as mesmas regras da joalheria contemporânea.

Os braceletes foram encomendados pela rainha ao joalheiro Charles August Boehmer de Paris, em 1776, dois anos depois de sua ascensão ao trono.

Ela pagou o equivalente a 250.000 libras, “uma grande soma na época”, disse a Christie’s.

Rainha salvou as joias antes de fugir da França

Antes de tentar fugir da França com o rei Luís XVI e seus filhos, Maria Antonieta primeiro certificou-se de que suas joias seriam enviadas para fora do país.

Elas foram enviados a Bruxelas, governada por sua irmã arquiduquesa Marie-Christine, antes de serem enviados para a Áustria, país natal da rainha francesa.

Em 1792, a família real francesa, por fim foi presa, em Paris. O rei e a rainha foram executados no ano seguinte, e seu filho de 10 anos, Luís XVII, morreu no cativeiro

Sua filha, Maria Teresa da França, de 15 anos, foi a única sobrevivente. Ela foi enviada três anos depois para a Áustria, onde recebeu as joias da mãe.

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