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Vendas do varejo crescem 1,2% em julho e atingem nível recorde

No ano, vendas acumulam crescimento de 6,6% e, nos últimos 12 meses, alta de 5,9%, recorde da série histórica iniciada em 2000

Mulher de máscara olhando produtos em gôndola, alusivo às vendas do varejo no Brasil

Entre as oito atividades pesquisadas pelo IBGE, cinco tiveram taxas positivas, com alta mais intensa em artigos de uso pessoal e doméstico | Foto: Getty Images

O volume de vendas do varejo no Brasil cresceu 1,2% em julho, na comparação com o mês anterior, registrando a quarta taxa positiva consecutiva.

Com isso, o patamar do setor atingiu recorde na série histórica iniciada no ano 2000. No ano, o varejo acumula crescimento de 6,6%. Já nos últimos 12 meses, a alta é de 5,9%.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta sexta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre as oito atividades pesquisadas, cinco tiveram taxas positivas em julho. A alta mais intensa foi a de outros artigos de uso pessoal e doméstico (19,1%).

“Vemos uma trajetória de recuperação dessa atividade, que acaba por fazer grandes promoções e aumentar a sua receita bruta de revenda, num novo momento de abertura e maior flexibilização do isolamento social, o que gera maior aumento da demanda”, diz em nota o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

Tecidos, vestuário e calçados (2,8%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,6%) também avançaram no período.

Já hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,1%) ficaram estáveis.

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Por outro lado, as atividades que reduziram o volume de vendas foram livros, jornais, revistas e papelaria (-5,2%), móveis e eletrodomésticos (-1,4%) e combustíveis e lubrificantes (-0,3%).

No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, veículos e materiais de construção, o volume de vendas cresceu 1,1% em julho, frente a junho.

Esse aumento foi puxado pelo setor de veículos, motos, partes e peças (0,2%), enquanto material de construção variou negativamente (-2,3%).

Mesmo com os bons resultados, Santos alerta que a recuperação do comércio não homogênea e há segmentos que ainda sofrem com efeitos da pandemia de covid-19.

“Algumas atividades ainda não conseguiram recuperar as perdas, como é o caso de equipamentos e material para escritório, que ainda está 26,7% abaixo do patamar pré-pandemia, ou combustíveis e lubrificantes, que está 23,5% abaixo”.

Vendas do varejo crescem 5,7% ante julho de 2020

Na comparação com julho de 2020, o comércio varejista cresceu 5,7%, quinta taxa positiva seguida.

Esse resultado veio de tecidos, vestuário e calçados (42,0%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (36,8%), combustíveis e lubrificantes (6,4%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,8%).

Também quatro setores tiveram recuo no indicador interanual: livros, jornais, revistas e papelaria (-23,2%), móveis e eletrodomésticos (-12,0%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,6%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,8%).

“Por conta das quedas pronunciadas no período que marca o início da pandemia (de março a julho de 2020), o varejo apresentou ganho, sobretudo, nas atividades mais afetadas, como de tecidos, vestuário e calçados e outros artigos de uso pessoal e doméstico, que voltam a registrar taxas de dois dígitos no campo positivo”, comenta Santos.

Crescimento em 19 Estados

Na comparação com junho, o comércio varejista teve variações positivas em 19 das 27 unidades da federação em julho, com destaque para os estados de Rondônia (17,5%), Santa Catarina (12,5%) e Paraná (11,1%).

No campo negativo, as maiores quedas ficaram com os estados de Minas Gerais (-2,1%), Rio Grande do Norte (-1,5%) e Amazonas (-1,5%).

Já no comércio varejista ampliado, a variação positiva em julho foi seguida por 15 unidades da federação, sendo as principais Santa Catarina (6,7%), Paraná (6,2%) e Mato Grosso do Sul (5,3%).

Entre as quedas, pressionando negativamente, destacam-se Maranhão (-2,6%), Rio Grande do Norte (-2,2%) e Sergipe (-2,2%). (Com Agência IBGE)

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