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China testará imposto imobiliário para reduzir especulação e desigualdade

Projeto-piloto buscará conter preços das moradias e deve acontecer em dez cidades. Proposta, porém, deve ser finalizada só em 2025

Cinco torres residenciais de Hong Kong, na China, na cor bege e marrom claros, enfileiras em escada, da mais alta, à esquerda, para a mais baixa, à direita, alusivo ao novo imposto imobiliário da China

Conselho de Estado da China deve divulgar detalhes do novo imposto imobiliário nos próximos meses, como as regiões em que a iniciativa ocorrerá e sua aplicação | Foto: Getty Images

A China afirmou que conduzirá um projeto-piloto de imposto imobiliário por cinco anos em algumas regiões do país.

Pequim busca formas de limitar a especulação imobiliária e distribuir riqueza de modo menos desigual.

O principal órgão legislativo do país aprovou o programa no sábado, 23, de acordo com a agência de notícias oficial Xinhua.

O Conselho de Estado deve divulgar detalhes nos próximos meses, como as regiões em que a iniciativa ocorrerá e como a taxa de imposto será decidida, de acordo com fontes a par da situação.

Recentemente, os mercados chinês e global sofreram com os temores da quebra da incorporadora Evergrande, a mais endividada do mundo (entenda o caso).

Além dela, outras companhias do ramo no país não têm honrado compromissos com investidores de todo o mundo, como um efeito cascata.

Imposto imobiliário é pauta antiga na China

A criação de um imposto imobiliário em toda a China é uma vontade antiga do líder chinês Xi Jinping.

Nesse sentido, a ideia de Xi é de reduzir os preços das moradias e diminuir o peso econômico de famílias já afetadas pela alta de custos de educação, saúde e outros setores.

Xi vê o imposto, que seria aplicado anualmente sobre o valor de uma propriedade, como parte chave de sua agenda, que busca distribuir riqueza de maneira mais equilibrada entre o 1,4 bilhão de pessoas do país.

No entanto, sua proposta enfrentou forte resistência no Partido Comunista, tanto da elite quanto de membros comuns.

Uma proposta inicial de fazer o teste em 30 cidades foi reduzida para cerca de dez cidades, segundo pessoas com conhecimento das discussões.

Uma nova lei para instituir o imposto em todo o país não deve ser finalizada até cerca de 2025, o último ano do atual plano de desenvolvimento, de acordo com essas pessoas. (Com AE)

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