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Pfizer e Moderna projetam US$ 51 bilhões em vendas de vacinas da covid-19

Do total, US$ 32 bi se referem à Pfizer e US$ 19 bi, à Moderna. Valores são de contratos já fechados com governos

Frascos de vacinas contra a covid-19 enfileirados em máquina metálica, alusivo à Pfizer e à Moderna

Para manter as receitas, Pfizer e Moderna focarão na prevenção sazonal e no tratamento da covid-19 | Foto: Getty Images

As farmacêuticas estadunidenses Pfizer e Moderna preveem faturar, juntas, US$ 51 bilhões neste ano com a venda de vacinas contra a covid-19 em todo o mundo.

Deste total, a Pfizer espera faturar US$ 32 bilhões com os imunizantes, enquanto a Moderna projeta pelo menos US$ 19 bilhões em vendas.

Conforme o portal CNBC, os valores derivam de contratos que já foram assinados com governos de todo o mundo, antecipando suas necessidades para o ano.

Porém, os valores podem ser muito maiores, dependendo do rumo que a pandemia de covid-19 tomar.

No último ano, Pfizer e Moderna registraram enormes receitas. A Pfizer vendeu US$ 36,7 bilhões de sua vacina contra a covid-19 em todo o mundo em 2021, representando 45% de sua receita total anual de US$ 81,2 bilhões.

A vacina da Moderna é seu único produto comercialmente disponível, e os US$ 17,7 bilhões em vendas em 2021, segundo a CNBC, representam efetivamente toda a sua receita anual de US$ 18,5 bilhões.

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A Moderna, inclusive, viu seu lucro disparar após o lançamento da vacina, reportando US$ 12,2 bilhões em lucro líquido em 2021, após uma perda líquida de US$ 747 milhões em 2020, enquanto os imunizantes estavam em desenvolvimento.

Já a margem de lucro da Pfizer em 2021 com a vacina estava na faixa de 20% e deve aumentar ligeiramente em 2022. A informação foi dada pelo próprio diretor financeiro da empresa Frank D'Amelio.

Vale lembrar que a Pfizer divide os lucros da vacina igualmente com seu parceiro BioNTech.

Planos de Pfizer e Moderna para manter as receitas

Segundo a reportagem, as próprias empresas acreditam que a pandemia cairá para o status de endemia e se tornará muito menos letal à sociedade em 2022.

No entanto, ambas têm estratégias para sustentar a trajetória ascendente do faturamento nos próximos anos com prevenção e tratamento da covid-19.

No caso da Moderna, o foco está nos reforços anuais que devem ser necessários a partir deste ano e de 2023, uma vez que que a empresa projeta que a covid-19 se tornará uma doença com picos mais sazonais, como acontece com outras causadas por vírus.

“Alguns países, como o Reino Unido e outros, queriam garantir o fornecimento porque acreditam profundamente que o mercado endêmico exigirá reforços anuais”, disse Stephane Bancel, CEO da companhia a analistas durante teleconferência no último mês sobre os resultados do quarto trimestre.

O objetivo final da Moderna é desenvolver um reforço anual que cubra três principais doenças causadas por vírus: gripe, vírus sincicial respiratório e a covid.

Na outra ponta, os planos da Pfizer se concentram principalmente no tratamento da covid-19.

Analistas acreditam que a principal fonte de receita virá da pílula desenvolvida pela empresa, a Paxlovid. Somente com ela, a Pfizer prevê um faturamento de US$ 22 bilhões

O tratamento antiviral oral mostrou 89% de eficácia na prevenção de hospitalização entre pessoas com risco de desenvolver quadro gravde de covid-19 em ensaios clínicos, quando administrado com um medicamento anti-HIV amplamente utilizado.

A Paxlovid recebeu autorização de uso emergencial da Food and Drug Administration (agência reguladora dos EUA) em dezembro.

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