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Projeção da inflação de 2022 sobe para 6,8%, o dobro da meta do Banco Central

Patamar previsto pelo Safra é quase duas vezes maior do que o centro da meta do IPCA planejada pelo Banco Central

Alta de 1,62% no IPCA registrada em março foi a maior para o mês desde o começo do Plano Real, em 1994 | Foto: Getty Images

A última variação mensal da inflação neste ano de 2022 medida Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) veio excepcionalmente alta. O aumento de 1,62% foi o maior para o mês de março desde o começo do Plano Real, em 1994.

O resultado superou bastante a projeção do Safra, que já estava acima da mediana de mercado. Com isso, em relatório semanal (íntegra aqui), o banco divulgou a revisão para cima da projeção para a inflação em 2022, de 5,8% para 6,8%.

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Conforme o documento, a principal surpresa veio de itens como gasolina, etanol e óleo diesel. Mas, além dos combustíveis, alimentos como leite e óleo de soja também tiveram aumentos expressivos no mês.

Mesmo a inflação de serviços, que vinha apresentando um comportamento mais contido, trouxe surpresas de alta.

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Segundo o Safra, as próximas leituras do IPCA, em abril e maio, devem se mostrar menos pressionadas na margem, graças ao fim das cobranças adicionais sobre as contas de luz, à dissipação dos reajustes de combustíveis, e também à reversão esperada para os preços de alimentos.

No entanto, os números do primeiro trimestre indicam uma inflação bem acima do teto da meta ao fim do ano. E além da inércia inflacionária, devem pesar os impactos do lockdown na China sobre os preços de bens industriais.

Nesse contexto, a nova projeção do Safra para a inflação em 2022 também leva em conta a premissa de uma leve alta do dólar, para perto de R$ 5 até o final do ano, e preços futuros negociados nas bolsas de commodities, que se elevando.

O patamar de 6,8% é quase duas vezes maior do que o centro da meta almejada pelo Banco Central, que já começou a direcionar seus esforços para a inflação de 2023.

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Investimentos com exposição a commodities

O forte avanço observado nos preços das commodities tem acentuado a cautela com a inflação no Brasil e ao redor do mundo.

Se, por um lado, isso representa um risco econômico, por outro, gerou um ambiente de grande procura por investimentos em empresas que produzem essas mercadorias.

Trata-se de um movimento que vem beneficiando a Bolsa brasileira neste ano, em virtude da presença de grandes companhias que atuam em setores como petróleo, mineração e agropecuária.

Nesse contexto, o Safra traz oportunidades que combinam proteção contra a inflação em 2022 e potencial de ganhos com o cenário favorável para as commodities.

São dois COEs da família Inflation (detalhes aqui). Um tem o desempenho atrelado às ações da SLC Agrícola, uma das principais exportadoras de algodão, soja e milho do país, e outro está associado às ações da Vale (VALE3), uma das maiores mineradoras do mundo.

Em ambos os casos, o Safra garante, como rentabilidade mínima no vencimento do produto, a variação acumulada pelo IPCA no período, uma proteção especialmente importante em tempos de inflação elevada.

São alternativas capazes de diversificar e elevar o potencial de retorno dos portfólios, sem exigir que o investidor tenha um perfil muito mais arrojado.

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