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Com alto volume de lançamentos, Cury tem receita recorde no trimestre

A receita líquida da empresa atingiu R$ 753 milhões, recorde histórico para o trimestral; VGV totalizou R$ 781 milhões no período

Construção civil

Para o Safra, a Cury continua sendo uma das principais apostas para o setor de construção civil, pois tem um longo histórico de empreendimentos rentáveis | Foto: Getty Images

O desempenho da construtora Cury no primeiro trimestre foi marcado por um aumento contínuo no volume de lançamentos e vendas líquidas, o que resultou em uma sólida expansão do faturamento.

Segundo o Banco Safra, apesar da alta da inflação da construção, a Cury continua apresentando padrões de margem bruta excelentes, que ainda estão sendo impulsionados por preços de venda mais altos.

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Ao todo, a Cury lançou cinco projetos no período, totalizando R$ 781 milhões em valor geral de venda (VGV) líquido, alta de 32,3% no comparativo anual e uma queda de 0,9% ante o trimestre imediatamente anterior.

O preço médio das unidades lançadas subiu 20,7% ano contra ano, para R$ 241 mil, em linha com a estratégia da empresa de repassar maiores custos de inflação para os preços, explorando os níveis mais altos do programa “Casa Verde e Amarela” e unidades de média renda que são financiados pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

A receita líquida da empresa atingiu um recorde histórico de R$ 753 milhões, evolução de 27,6% no comparativo anual e 23,2% ante o quarto trimestre, superando os já impressionantes números alcançados nos trimestres anteriores.

Dessa forma, o índice de velocidade de vendas (SoS) dos últimos 12 meses da Cury atingiu 71,9%, 300bps ano contra ano, demonstrando, segundo o Safra, sua eficiência de vendas, pois continua apresentando um dos maiores índices SoS do setor, apesar dos preços de venda significativamente mais altos.

Após os excelentes resultados operacionais, a receita líquida da Cury cresceu 32% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 447 milhões. Ocorreu, também, um aumento de 99% ano contra ano e de 19% no comparativo com o 4º trimestre em suas receitas diferidas, o que tende a se traduzir em uma expansão ainda mais forte da receita líquida nos trimestres seguintes.

A margem backlog da empresa (margem REF) ficou em 39,7%, 60bps superior que no trimestre anterior, o que resultou em uma ligeira melhora, impulsionada por sua excelente política de preços.

A capacidade de Cury de repassar a inflação aos preços finais, bem como a maior penetração de novos empreendimentos fora do programa Casa Verde e Amarela, resultaram em uma margem bruta ajustada resiliente de 37,2%.

Por outro lado, de acordo com o banco, a empresa registrou um aumento de 46% ano contra ano nas despesas com vendas e de 21% nas despesas gerais e administrativas no período. Isso levou a um índice de despesas administrativas, de vendas e gerais (SG&A) sobre receita líquida de 19,4%, alta de 280bps ano contra ano.

Segundo o Safra, essas despesas ainda tendem a ser diluídas nos próximos trimestres, principalmente pelo efeito retardado do método de reconhecimento de receita PoC (percentual de obra concluída).

Por outro lado, de acordo com o banco, outras receitas/despesas atingiram, R$19,3 milhões, alta de 197% ano contra ano, refletindo o aumento das despesas e provisões para processos judiciais e devedores duvidosos, uma vez que continua expandindo sua carteira de vendas diretas.

Assim, o Ebitda ajustado de Cury atingiu R$ 181 milhões no trimestre, alta de 25% no comparativo anual, com sua margem EBITDA ajustada atingindo 18%, contraindo 1p.p. ano contra ano e 9,8p.p. ante o trimestre imediatamente anterior.

O lucro líquido da Cury cresceu 24% em relação ao primeiro trimestre de 2021, para R$62 milhões, enquanto sua margem líquida foi de 13,9%, queda de 80bps ano contra ano e de 720bps ante o 4º trimestre.

O ROE dos últimos 12 meses da Cury atingiu 52,5%, recuo de 130bps no comparativo anual e de 300bps trimestre contra trimestre, refletindo seu resultado de alto nível quando comparado aos seus principais pares.

Para o Safra, a Cury continua sendo uma das principais apostas para atuar no setor de construção civil. Seu longo histórico de empreendimentos rentáveis e sua capacidade de operar uma ampla gama de produtos no programa Casa Verde e Amarela e no sistema SBPE com excelente padrão operacional, reafirma a posição de Compra, com um preço-alvo de R$ 16,50/ação.

Vale a pena investir em CURY3?

  • Posição de liderança e marca fortemente reconhecida para promover as vendas futuras da empresa;
  • Vasta gama de produtos para operar no programa “Casa Verde e Amarela”, bem como no SBPE;
  • Histórico de bons resultados com um ROE médio de ~ 63% nos últimos três anos, proporcionando um jogo de rendimento de dividendos atraente; (iv) Valuation descontado; (v) Empresa familiar tradicional com gestão experiente;
  • Estratégia conservadora de alocação de capital, com alavancagem reduzida.

Quais os riscos ao investir em CURY3?

  • Aumento nas taxas de juros, reduzindo a acessibilidade da indústria;
  • Aumento ou manutenção de taxas de desemprego elevadas;
  • Esgotamento do FGTS, única fonte de recursos do programa MCMV;
  • Maior competição e seus impactos sobre os volumes de vendas, preços de estoque e inflação de construção.

Sobre a Cury (CURY3) 

A Cury é uma das maiores construtoras de baixa renda do país. Sua principal atividade é o desenvolvimento de empreendimentos residenciais voltados para famílias de baixa e média renda nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro. 

Embora a empresa tenha uma presença tradicional no programa “Casa Verde e Amarela”, a Cury também conta com taxas de juros baixas recorde para acelerar sua expansão para o SBPE, que será sustentada por seu robusto banco de terrenos de R$ 8,8 bilhões em potencial VGV.

Listada na B3, a Cury tem suas ações negociadas sob o ticker CURY3. 

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