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Com aquisição da SulAmerica, Rede D’Or melhora posição no mercado

Rede está bem posicionada para continuar se consolidando no setor de saúde e entregar uma geração robusta de fluxo de caixa livre no longo prazo

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A Rede D’Or é a maior prestadora de serviços de saúde do Brasil, com 54 hospitais, 49 clínicas de oncologia, 11 laboratórios de diagnóstico e 56 unidades de diálise | Foto: Getty Images

Maior operadora de hospitais privados no país, a Rede D’Or (RDOR3) tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 44 por ação até o final de 2023.

Segundo a análise do Banco Safra, embora o curto prazo continue desafiador devido ao aumento das taxas de juros e de uma potencial desaceleração econômica, a Rede D’Or está bem posicionada para continuar se consolidando no setor de saúde brasileiro e entregar uma geração robusta de fluxo de caixa livre no longo prazo.

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A aquisição da SulAmérica reforça ainda mais o posicionamento competitivo da empresa, fornecendo expertise em todo o setor de saúde para poder entregar o produto certo para cada cliente.

As taxas de ocupação apresentadas pela Rede D’Or em suas duas últimas divulgações de resultados já chegaram bastante em linha com as médias históricas, indicando que essa métrica já está se normalizando.

Essa percepção é corroborada por dados recentes da ANS, que mostram taxas de ocupação em leitos regulares (não Covid) melhorando gradativamente e já voltando ao normal. A tendência tende a se manter nos próximos trimestres, na avaliação do Safra.

A variável que pode entrar ligeiramente abaixo do potencial é a taxa de utilização do total de leitos, já que a empresa continua somando novos leitos através da conclusão de alguns projetos de expansão.

Apesar disso, esse fato não significa que o total de pacientes cairá, tendo em vista o esperado aumento de leitos operatórios.

Apesar de incorporação de hospitais recém-adquiridos estar pressionando a empresa a pagar a taxa média, esperamos uma melhoria sequencial daqui para frente, pois a empresa vem pressionando o aumento dos preços aos operadores de saúde para fazer face aos custos crescentes.

O Safra espera uma aceleração no aumento de preços a partir do 2T22 em relação aos trimestres anteriores. Além disso, a mistura de pacientes também deve melhorar, pois no 1T22 houve um aumento de pacientes Covid, mas, diferentemente de outras ondas, com caráter de menor complexidade (negativo para o ticket médio), esta deve contribuir tanto para o crescimento da receita como para a expansão da margem, consequentemente beneficiando o ROIC da empresa (o ROIC marginal atingiu um mínimo no 1T22.

Do lado dos custos, o Safra espera uma melhoria contínua para os próximos trimestres devido à maior eficiência dos hospitais recém-adquiridos, menor pressão de custos provenientes de materiais e medicamentos (que surgiram no início da pandemia, mas parecem estar normalizando) e custos mais baixos relacionados à pandemia de Covid.

Ainda que o salário mínimo nacional para enfermeiros seja aprovado, o Safra estima um impacto marginal na Rede D’Or.

Além disso, existe a possibilidade de uma proposta de financiamento para este projeto de lei que contempla não só o sistema público, mas também os atores privados (que inclui entidades filantrópicas que provavelmente sofreriam muito em uma situação sem compensação).

Alguns dos principais riscos para a tese de investimento são i) aumentos contínuos em taxas de juros futuras; ii) dificuldade de ocupação da capacidade adicionada prevista para os próximos anos; e iii) possíveis problemas de acessibilidade impactando negativamente a base de membros da SULA.

Vale a pena investir em RDOR3?

  • Maior operadora de hospitais privados do Brasil;
  • Bastante espaço para crescimento acelerado nos próximos anos;
  • Plano de negócios detalhado e forte histórico de execução ajudam a mitigar riscos;
  • Parceiro fundamental para seguradoras, um forte poder de barganha;
  • Modelos de pagamento alternativos não parecem ser ameaça;
  • Opcionalidades potenciais de negócios auxiliares;
  • Muitos concorrentes não são eficientes e podem se tornar alvos fáceis; e
  • Expansão da margem em aquisições anteriores é boa indicação de eficiência.

Quais são os principais riscos de RDOR3?

  • Saturação do mercado endereçável no longo prazo;
  • Execução no seu crescimento orgânico ou M&A; e
  • Concentração excessiva em poucos pagadores.

Sobre a Rede D’Or (RDOR3)

A Rede D’Or (RDOR3) é a maior prestadora de serviços de saúde do Brasil, operando 54 hospitais, 49 clínicas de oncologia, 11 laboratórios de diagnóstico e 56 unidades de diálise. Atua em 8 estados e no Distrito Federal e está se expandindo rapidamente para novas regiões, além de consolidar sua atuação nas regiões em que já está presente.

A empresa foi fundada em 1977 pelo Dr. Jorge Moll, cardiologista carioca, inicialmente como uma empresa de diagnósticos. Em 1998, o Dr. Moll percebeu uma oportunidade maior no negócio de hospitais, ao adquirir um prédio que foi transformado no Barra D’Or, o primeiro hospital da empresa.

A empresa concluiu seu IPO em dezembro de 2020, captando R$ 8,4 bilhões na oferta primária e totalizando R$ 11,4 bilhões incluindo a oferta secundária. Em maio de 2021, a empresa concluiu uma oferta complementar, na qual 25 milhões novas ações foram emitidas e 43,82 milhões de ações foram vendidas de seus acionistas controladores.

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