Planos de saúde ficam 15,5% mais caros após maior reajuste em duas décadas
O reajuste contempla cerca de 8 milhões de beneficiários, que representam 16% do total de usuários de convênios médicos hospitalares
27/05/2022A Agência Nacional de Saúde anunciou um reajuste máximo de 15,5% para os planos de saúde individuais e familiares. O reajuste já era amplamente esperado, dada a retomada do uso dos planos de saúde pelos beneficiários e o aumento de custos dos serviços e insumos médico-hospitalares. É o maior percentual de reajuste já aprovado pela agência desde o início da dérie, no ano 2000. O maior reajuste anteriormente foi em 2017, de 13,57%.
O reajuste publicado no Diário Oficial da União nesta sexta-feira, 27, contempla cerca de 8 milhões de beneficiários, que representam 16% do total de usuários de convênios médicos hospitalares. Em 2020 o reajuste aprovado pela ANS foi de -8,19%, dada a redução do número de procedimentos médicos hospitalares eletivos durante a pandemia. Anualizando os dois últimos aumentos, tem-se um incremento de cerca de 3% a.a desde 2020.
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Associações do setor, como a Abramge, defendiam um reajuste considerando os dois últimos anos, dada a brusca queda nos uso de serviços médicos em 2020 seguida pela volta acentuada em 2021. Além disso a entidade destaca uma defasagem em relação ao IPCA acumulado nesse período.
Reajuste de planos de saúde beneficia companhias expostas a carteiras individuais
O aumento beneficia companhias expostas a carteiras individuais como a Hapvida, que tem cerca de 30% dos seus usuários nesse segmento. No entanto o reajuste pode impactar o número de beneficiários e o crescimento das carteiras de clientes.
Apesar do índice divulgado pela ANS impactar apenas planos individuais, ele é utilizado como guia para o reajuste de planos empresariais e por adesão, que não necessitam de autorização da ANS e são realizados conforme o aniversário dos contratos dos usuários.