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Venda de aço no país registra queda de 14,6% no primeiro semestre

Foram vendidas 10,25 milhões de toneladas no primeiro semestre, e associação atribui retração à base de comparação alta no ano passado

siderurgia

O consumo aparente recuou 15,6% no primeiro semestre, para 11,78 milhões de toneladas de aço | Fonte: Getty Images

As siderúrgicas brasileiras venderam 10,25 milhões de toneladas de aço no mercado interno no primeiro semestre, uma queda de 14,6% em relação aos seis primeiros meses de 2021.

Em junho, foram comercializadas 1,78 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos, uma desaceleração de 14,4% no comparativo com a mesma base de 2021. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 21, pelo Instituto Aço Brasil.

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Já a produção chegou a 17,42 milhões de toneladas de aço bruto de janeiro a junho deste ano, volume que representa queda de 2,8% em relação ao mesmo período de 2021. No mês passado, foram produzidas 2,9 milhões de toneladas, recuo de 5,4%.

Segundo os dados do Aço Brasil, o consumo aparente, que soma as vendas das siderúrgicas e as importações, recuou 15,6% no primeiro semestre. Foram consumidas 11,78 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos. No mês passado, o indicador chegou a 1,97 milhão de tonelada, queda de 20,2% no comparativo anual.

As importações de junho de 2022 foram de 197 mil toneladas e de US$ 312 milhões, uma queda de 65% em volume e de 37,7% em valor na comparação com junho de 2021.

Já no primeiro semestre, as compras externas alcançaram 1,5 milhão toneladas, uma redução de 39,4% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 2,3 bilhões e recuaram 0,8% no mesmo período de comparação.

De acordo com os dados, as exportações de janeiro a junho de 2022 atingiram 6,6 milhões de toneladas, o que renderam um faturamento de US$ 6 bilhões. Isto representa, respectivamente, aumento de 27,6% e de 54,5% na comparação com o mesmo período de 2021.

Em junho, as vendas externas somaram 1,1 milhão de toneladas, e geraram uma receita de US$ 1,3 bilhão, o que resultou em aumento de 12,6% e de 49,8%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2021.

Apesar da atividade siderúrgica no primeiro semestre ter sido bem inferior à operação vista em 2021, o presidente do Aço Brasil, Marco Polo de Mello Alves, acredita que este ano figurará entre os melhores do setor nesta década.

“A base de comparação é alta, então, mesmo que façamos uma revisão das estimativas para este ano, e serão feitas, teremos um bom desempenho em 2022”, disse Mello Alves.

Segundo ele, os grandes consumidores de aço estão com boas estimativas para o ano e isto vai melhorar a demanda por produtos siderúrgicos. “No mercado interno a perspectiva é de bom desempenho no segundo semestre”, ressaltou. “O sentimento da siderurgia brasileira é de que vai ser um bom ano.”

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