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China dará incentivo às famílias para estimular natalidade

Depois de autorizar até três filhos por casal em maio, governo anuncia novas medidas para reduzir custos da educação e estimular natalidade

Crianças chinesas sorridentes

Queda da natalidade dificulta a transição da economia para um modelo menos dependente de infraestrutura e investimento | Foto: Getty Images

A China anunciou incentivos às famílias para tentar aumentar a taxa de natalidade do país. O governo informou que reduzirá os custos de criar e educar crianças, além de fortalecer a proteção trabalhista para as mulheres nos próximos cinco anos.

O documento publicado pela agência estatal de notícias Xinhua informa que o governo oferece orientações gerais, mas deixa detalhes sobre a implementação para as autoridades locais.

No documento, o governo reconhece explicitamente que os encargos financeiros, as responsabilidades de guarda das crianças e as preocupações das mulheres com a evolução da carreira são fatores importantes que sustentam a baixa taxa de fecundidade da China – atualmente de 1,3 filho por mulher.

Entre as soluções encontradas, o governo pretende isentar os custos de criar uma criança com menos de três anos do imposto de renda pessoal e incentivar os governos locais a oferecer às famílias com filhos políticas preferenciais ao comprar e alugar casas.

Queda da natalidade preocupa o governo

As autoridades também deixarão de cobrar multas a pessoas que violaram políticas anteriores de planejamento familiar e removerão as penalidades impostas às pessoas por terem muitos filhos, incluindo barreiras para garantir empregos e matricular crianças na escola.

A decisão reforça o amplo empenho do Partido para reduzir a queda da taxa de natalidade do país, já que os impactos negativos dos controles se tornaram cada vez mais claros ao longo das décadas, prejudicando a produtividade, pesando sobre o sistema de aposentadorias.

País liberou até três filhos por casal

A China tem cerca de 300 milhões de pessoas com 60 anos ou mais até 2025 e a queda da natalidade dificulta a transição da economia para um modelo menos dependente de infraestrutura e investimento.

Em maio, o governo permitiu que casais tenham até três filhos sem serem multados por isso, ao contrário do que acontecia no passado.

Entre 1980 e 2015, entendendo que o crescimento populacional poderia ser um obstáculo para o crescimento econômico, a China adotou a política “de um filho só” e, em 2016, flexibilizou a medida permitindo que casais pudessem ter até dois bebês. (AE)

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