Eric Clapton não fará show onde só entram vacinados

Um dos maiores guitarristas de todos os tempos, Eric Clapton, mais uma vez provoca polêmica ao falar sobre vacinas, o que vem lhe custando a perda de muitas amizades no mundo da música.

O músico de 76 anos anunciou que não vai fazer shows em locais que exijam vacinação do público.

Ele já se manifestou contra o isolamento social, em novembro, quando lançou a canção Stand and Deliver, ao lado de Van Morrison.

Os dois temiam os efeitos das medidas de restrição no mercado musical.

As reações do músico contra medidas de combate à covid o isolaram no mundo da música, segundo ele mesmo reconheceu em entrevista a um canal do YouTube, recentemente.

“Tentei entrar em contato com colegas músicos, que não me respondem mais. Meu telefone já não toca mais com frequência. Não recebo mais mensagens e e-mails”, afirmou.

“Após o anúncio do primeiro ministro Boris Johnson, sinto-me na obrigação de fazer um anúncio pessoal: quero dizer que não me apresentarei em nenhum palco onde haja um público discriminado. A menos que haja providências para que todas as pessoas compareçam, eu me reservo o direito de cancelar o show”, escreveu Clapton.

O governo de Boris Johnson determinou que as casas noturnas inglesas e outros estabelecimentos que atraiam grande público terão de exigir de seus clientes a prova da vacinação completa contra covid-19 a partir do fim de setembro.

Clapton reclama de reação da vacina AstraZeneca

Clapton recebeu a primeira dose da vacina AstraZeneca em maio e reclamou de reações adversas.

“Tomei a primeira injeção da AZ e imediatamente tive reações graves durante dez dias”, escreveu ele a um amigo.

“Cerca de seis semanas depois, tomei a segunda dose da AZ, mas com um pouco mais de conhecimento das reações. Mesmo assim, as reações foram desastrosas, minhas mãos e pés estavam congelados, dormentes ou queimando e praticamente inúteis por duas semanas. Temi nunca mais tocar.”

Músico se diz arrependido de declaração racista

Em 1976 Eric Clapton causou polêmica ao protestar contra a imigração crescente durante um show em Birmingham, na Inglaterra. Ele pediu votos para o candidato Enoch Powell com o argumento de que era preciso para impedir que a Grã-Bretanha virasse uma “colônia negra”.

Anos depois, para se desculpar, disse que estava sob influência de drogas e bebida quando fez a declaração.

Acrescentou que não faria sentido que fosse racista, afinal, todos os seus grandes ídolos eram negros.

Em 20 de março de 1991, Conor, filho de quatro anos de Clapton com a modelo italiana Lori Del Santo, morreu depois de cair da janela aberta de um apartamento no 53º andar do edifício “Galleria Condominiums”, na 117 East 57th Street, em Nova York.

Em 3 de novembro de 2004, Clapton foi condecorado com o título de Comandante da Ordem do Império Britânico. (Com AE)