Decisões sobre juros no Brasil e nos EUA saem na quarta-feira, 16

Na agenda econômica da terceira semana de junho, que se inicia nesta segunda-feira, 14, as atenções se voltam totalmente para as decisões sobre os juros, tanto no Brasil quantos nos Estados Unidos.

Ambos os anúncios dos bancos centrais dos dois países acontecerá na quarta-feira, 16.

Pela tarde, será anunciada a decisão do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central estadunidense).

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À noite, o mesmo acontece no Brasil, com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

O calendário corporativo, por sua vez, tem números trimestrais de Adobe e Oracle, grandes companhias de tecnologia com ações negociadas em Nova York.

Em Brasília, a expectativa é que a Medida Provisória (MP) que trata da privatização da Eletrobras avance no Senado.

Agenda econômica: 14 a 18 de junho

Segunda-feira: “prévia do PIB“

O Banco Central irá divulgar o IBC-Br de abril. O índice é considerado uma aproximação do PIB do país em base mensal.

Acima do consenso de mercado, o Banco Safra espera alta de 1,9% em relação a março, e de 18,7% em relação a abril de 2020.

Terça-feira: atividade nos EUA

Serão conhecidos nos Estados Unidos números de produção industrial e de vendas no varejo em maio.

O mercado prevê alta de 0,6% e queda de 0,6%, respectivamente, na comparação com abril.

Internamente, o relator da MP que trata no Senado da privatização da Eletrobras, senador Marcos Rogério (DEM-RO), o texto deve ser votado até terça-feira.

A medida já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, que pode, contudo, precisar analisar novamente o texto, em caso de alteração pelos senadores. O prazo para aprovação final acaba no dia 22 de junho.

Quarta-feira: juros no Brasil e EUA

Os comitês de política monetária dos BCs de Brasil e Estados Unidos irão anunciar as suas decisões na quarta-feira.

No Brasil, o Safra espera que o Copom mantenha o ritmo de alta, como sinalizado na última decisão, elevando a Selic em 0,75 ponto porcentual, para 4,25% ao ano.

Há grande expectativa no mercado em relação ao posicionamento do Copom. Parte dos analistas acredita que o comitê deixará de fazer menção a um ajuste apenas parcial da taxa básica de juros, em razão dos fortes dados de inflação de maio.

Nos Estados Unidos, o foco também recai sobre o tom do comunicado. Como a quarta-feira não deve trazer mudanças na política monetária, os investidores irão procurar acenos sobre uma redução de estímulos à frente no país.

Quinta-feira: inflação na Europa

Na quinta-feira, o principal evento será a divulgação dos números semanais de seguro-desemprego nos EUA. A mediana das projeções prevê 360 mil novos pedidos.