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Alta no preço do diesel vai puxar aumento de 5% no valor do frete

Associação das empresas de transportes recomenda que as companhias renegociem contratos antigos incluam gatilho para futuros aumentos em novos acordos

Dois caminhões parados dentro de posto abastecendo, alusivo à alta no preço do diesel

Segundo a NTC&Logística, nos últimos 12 meses, entre junho de 2021 e julho de 2022, a variação média da alta no preço do diesel é de 52,69% | Foto: Getty Images

A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), que representa 15 mil empresas de transportes, informou que o novo aumento no preço do diesel anunciado pela Petrobras vai acarretar um reajuste adicional de no mínimo 5% no valor do frete, fator esse que deve ser aplicado emergencialmente.

A entidade destacou a importância das empresas transportadoras negociarem a inclusão nos contratos antigos e sugere colocar, nos novos contratos, um gatilho para os aumentos do diesel.

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De acordo com a entidade, no acumulado do ano a alta do diesel variou em média 28,93% nas bombas de abastecimento. Nos últimos 12 meses, entre junho de 2021 e julho de 2022, a variação média é de 52,69%.

A associação tem como objetivo subsidiar as empresas do setor de transporte quanto à variação do preço do combustível, especificamente do diesel, e o impacto desse para o custo das companhias.

“Desde que a Petrobras passou a realizar ajustes nos preços dos seus produtos a qualquer momento, inclusive diariamente, vem desafiando muito a rotina e manutenção das empresas transportadoras, quanto ao repasse desse custo para os embarcadores (clientes)”, afirmou a NTC&Logística em nota.

Na última sexta-feira a Petrobras anunciou reajuste de 14,26% no preço do diesel, após 39 dias congelado, que passou a valer no sábado, 18. Também elevou o preço da gasolina em 5,2%, após quase 100 dias inalterado.

A entidade destacou que, nos últimos doze meses, os insumos do transporte rodoviário de cargas vêm sofrendo grande pressão, com os fornecedores das empresas de transporte ajustando os seus custos de produção e, consequentemente, repassando essas pressões para os transportadores. Os custos, segundo a associação, subiram mais de 30% para alguns equipamentos nos últimos doze meses.

“É imprescindível para manter a contento a saúde financeira das empresas transportadoras que sejam repassados de forma imediata o acumulado dos aumentos de combustível, até porque este é um custo relevante e que não há formas de reduzi-lo pelo lado do consumo (as que existem já foram adotadas)”, ressaltou a NTC&Logística. (AE)

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