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Amazon e mais 8 empresas prometem usar navios ‘carbono zero’ até 2040

Meta envolve gigantes como Unilever e Ikea e visa encorajar empresas de transporte a investirem em embarcações sustentáveis

Navio cargueiro com muitos contêineres em meio ao mar azul, alusivo ao transporte sustentável pretendido por Amazon e outras gigantes

Transporte marítimo de produtos é responsável por 2,9% das emissões globais de gases do efeito estufa, segundo a ONU | Foto: Getty Images

A gigante de tecnologia Amazon e outras oito grandes empresas se comprometeram publicamente a utilizar somente navios cargueiros de emissão zero de carbono até 2040.

Conforme o Financial Times, a iniciativa visa encorajar companhias de transporte marítimo a investir nas embarcações sustentáveis. Além da empresa do bilionário Jeff Bezos, fazem parte do pacto:

  • Unilever

  • Ikea

  • Inditex (dona da marca de roupas Zara)

  • Michelin

  • Patagonia

  • Brooks Running

  • Frog Bikes

  • Tchibo

De acordo com o World Resources Institute, o transporte marítimo de produtos é responsável por 1,7% das emissões globais de gases do efeito estufa.

Já a Organização Marítima Internacional (IMO) da ONU (Organização das Nações Unidas) estima essa responsabilidade em 2,9%.

Segundo a reportagem, o processo de descarbonização do transporte de produtos envolve o investimento de bilhões de dólares no desenvolvimento de novos combustíveis.

Entre eles, são lembrados a amônia verde (saiba mais) e o metanol.

Este último, inclusive, já está incluso em vendas de navios sustentáveis pelo mundo, como para a gigante dinamarquesa AP Moller-Maersk.

Estratégia da Amazon e outras gigantes

Ao anunciar a decisão, a Amazon afirmou que sua meta se aplica a qualquer carga que manuseie, incluindo a de vendedores terceirizados que recorrem à empresa para lidar com a logística.

Estes constituem a maioria dos vendedores, muitos deles baseados na China, segundo o Financial Times.

De forma geral, o grupo de nove companhias engajado na medida quer que os combustíveis usados para atingir a meta de 2040 devem produzir zero emissões em uma “base de ciclo de vida”.

Saiba mais

Ou seja: os combustíveis devem ser carbono zero da produção ao uso final.

Nesse sentido, as companhias exigiram publicamente apoio regulatório para tornar as operações sustentáveis de transporte marítimo de produtos viáveis.

Segundo a publicação, um dos itens da pauta é a criação de um imposto sobre o carbono para diminuir a diferença de custos para os combustíveis verdes.

Atualmente, os combustíveis sustentáveis têm custo três vezes maior estimado em relação aos fósseis.

Alinhamento sustentável

O compromisso das empresas vem em um momento de turbulência nas cadeias de abastecimento globais.

Isso fez com que os custos de envio de contêineres saltassem até 10 vezes em relação aos níveis pré-pandêmicos em algumas rotas comerciais, diz a reportagem.

Adicionalmente, a promessa de Amazon, Unilever e cia está acima da meta estabelecida pela IMO de cortar em 50% as emissões do setor até 2050, em relação aos níveis de 2008.

Embora positiva, a meta da organização tem sido criticada por grupos ambientalistas pelo mundo, uma vez que não segue diretrizes do Acordo de Paris, assinado em 2015.

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