Coreia do Sul planeja cortar emissões de carbono em 40% até 2030
Meta anterior, de redução de 26,3%, enfrentava críticas por ser modesta. País quer se tornar neutro em carbono até 2050
18/10/2021A Coreia do Sul estabeleceu, nesta segunda-feira, 18, uma nova meta de redução de emissões de carbono para combater as mudanças climáticas.
De acordo com anúncio oficial, até 2030, o país pretende cortar a emissão de gases do efeito estufa em 40% abaixo dos níveis de 2018.
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O governo sul-coreano enfrentava críticas de que seu plano inicial, de reduzir 26,3%, era muito modesto. Atualmente, a nação planeja ser neutra em carbono até 2050.
A nova promessa vem pouco antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), que será realizada a partir de 31 de outubro em Glasgow, na Escócia (saiba tudo sobre o evento).
O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, disse que o novo objetivo é o “mais entusiástico” que o país poderia definir nas atuais circunstâncias.
“Se comparado com economias avançadas, que alcançaram o auge de emissões nos anos 1990 ou 2000 e tiveram um período mais longo para diminuí-las, nós temos que reduzir as emissões de gases do efeito estufa em um ritmo muito mais rápido, mesmo chegando no auge de emissões apenas em 2018, então a nova meta é bastante desafiadora”, disse Moon em uma reunião do comitê presidencial sobre objetivos climáticos.
Ações planejadas pela Coreia do Sul para cortar carbono
O plano do comitê, que será formalizado em uma reunião de gabinete na próxima semana e apresentado na COP26, inclui a meta de cortar emissões de carbono da geração de eletricidade e calor em 44,4%, em comparação com os níveis de 2018, até 2030.
Para isso, a Coreia do Sul pretende limitar as termelétricas e aumentar as fontes de energia renováveis.
O país também busca reduzir o uso industrial de combustíveis fósseis e acelerar a transição para veículos elétricos e movidos a hidrogênio.
Moon prometeu uma meta mais ambiciosa sobre emissões quando participou de uma conferência virtual sobre o clima, convocada em abril pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Por fim, o líder sul-coreano disse que o país não irá mais financiar a construção de usinas movidas a carvão em outros países, embora sua promessa não inclua a participação da Coreia do Sul nos projetos em desenvolvimento de duas novas usinas termelétricas na Indonésia e no Vietnã. (AE)