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PIB da Zona do Euro e atividade industrial na China frustram expectativas

Atividade industrial da China voltou a mostrar contração em outubro e dados de inflação e de PIB na Zona do Euro ficaram abaixo do esperado

Na parte da noite, PMI Caixin chinês é destaque e número esperado aponta para expansão na atividade | Foto: Getty Images

Bolsas na Europa e futuros nos EUA operam no campo positivo. Dados de inflação e de PIB na Zona do Euro ficaram abaixo do esperado. Agenda nos EUA trará PMI de Chicago e dado de confiança do consumidor. Atividade industrial da China voltou a mostrar contração em outubro, com PMI frustrando as expectativas de consenso de mercado. Na parte da noite, PMI Caixin chinês é destaque e número esperado aponta para expansão na atividade.

O Ibovespa apresentou queda de -0,68% no último pregão, cotado a 112.531,52 pontos. O ativo está em tendência neutra no médio prazo e no curto. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 117.000 pontos e, caso rompa esse patamar, poderá alcançar sua próxima resistência em 120.000 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 112.500. O próximo fica na faixa de 110.850 pontos.

O Dólar Futuro apresentou alta de +0,52% no último pregão, cotado a 5.045 pontos. O ativo testa uma resistência anterior e se encontra em tendência neutra no médio prazo e no curto de baixa. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.865 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.790. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.050 e a segunda em 5.200.

Saiba mais

Commodities:

Petróleo apresenta alta (USD88,4/b; +1,1%)
Minério de ferro cai com PMI abaixo das expectativas na China (USD121,5/t; -0,18%)

Empresas:

Ambev: Ebitda ajustado da Ambev aumentou 18% ano a ano no terceiro trimestre e superou as estimativas, em função de câmbio e preços de commodities mais favoráveis / Lucro líquido ajustado R$ 4,04 bi, +25% a/a

Americanas: Justiça autorizou a Americanas a desfazer a joint venture com a Vibra Energia para explorar o negócio de lojas de pequeno varejo, através das redes Local e BR Mania

Petrobras: Cia vai investir R$ 2 bilhões na refinaria Gabriel Passos (Regap) para aumentar sua eficiência energética até 2027, disse a empresa em comunicado ao mercado

Lojas Quero-Quero: Receita operacional líquida da Lojas Quero Quero frustrou o consenso

Agenda do Dia:

10:45 – EUA – PMI Chicago/Outubro
11:00 – EUA – Confiança do Consumidor/Outubro
22:45 – China – PMI Caixin/Outubro
Balanços: Auren, Carrefour Brasil, CCR, Cielo, Marcopolo, Ômega Energia, Prio, Raia Drogasil, Vamos, Vivo e Vulcabras

Atualizações Safra:

Armac: Trabalho árduo nos bastidores – Iniciando cobertura com classificação de Compra

Estamos iniciando a cobertura da Armac (ARML3) com classificação de Compra e preço-alvo de R$ 19,40/ação para 12 meses, implicando um potencial de valorização de 63%. A Armac se diferencia por fornecer serviços de manutenção para seu maquinário pesado alugado, maximizando receitas e fidelizando clientes. Como principal fornecedora de aluguel de ativos pesados no Brasil, acreditamos que a empresa deverá continuar ampliando suas vantagens competitivas, principalmente escala e proximidade com os clientes, o que deverá garantir retornos diferenciados para seus negócios no futuro. Além disso, este segmento altamente subpenetrado deverá permitir à empresa apresentar um crescimento significativo nos próximos anos. Esperamos um crescimento de receita anual de 19% em dez anos, impulsionada pelo enorme mercado endereçável no Brasil – apenas 26% do total de vendas de máquinas são feitas para locadoras, uma fração da taxa de penetração de 57% nos EUA, 75% no Reino Unido e 80% no Japão, que são mercados mais maduros. A Armac está sendo negociada atualmente a um P/L de 2024 de 15,8x, um prêmio de 93% sobre seus pares e um desconto de 45% sobre sua média histórica ajustada de dois anos. P/E de 28,7x, e com uma relação preço-lucro-crescimento (PEG) de 0,7x, contra 0,5x e 1,3x para seus pares brasileiros e internacionais, respectivamente.

Consumo discricionário – prévia do 3T23: Poucas exceções em um trimestre difícil para o setor

As difíceis condições macroeconómicas continuam a afetar o varejo discricionário, que pressionam os resultados. As poucas exceções seriam: (i) Vivara – esperamos que a dinâmica positiva dos resultados no 3T23, impulsionada pelo segmento Life e pelo impacto totalmente positivo da nova fábrica nas margens, sejam os principais impulsionadores do crescimento da receita (+15 % A/a) e da melhoria da margem EBITDA no 3T23 (+19bps A/a); (ii) Arezzo – esperamos um desempenho positivo contínuo em termos de vendas (+12% A/a) e melhoria da margem EBITDA (+133bps A/a) devido a menores despesas gerais, com vendas e administrativas (esforços de reestruturação societária); e (iii) Smart Fit – esperamos outro trimestre forte com crescimento de 42% A/a (novas academias, crescimento contínuo no número de membros por academia e ajustes de tickets) e uma expansão de 80% A/a no EBITDA (números de 2022 ainda impactados pela pandemia).
Os principais players continuam sofrendo. A Alpargatas continua sendo o destaque negativo, com menor volume de vendas A/a no Brasil e nos mercados internacionais, levando a uma queda de 20% A/a na receita líquida, enquanto o EBITDA deve diminuir ainda mais (-86% A/a) devido a maiores custos (principalmente logística e armazenamento) e menor diluição de despesas. No que diz respeito às Lojas Renner e Guararapes, as difíceis condições macroeconômicas continuam pressionando a receita (+5% e +1% A/A, respectivamente), enquanto a maior inadimplência continua afetando suas divisões financeiras, levando a uma queda do EBITDA consolidado de 18% A/a para LREN e 13% para GUAR. Por fim, com relação ao Grupo SBF, embora esperemos um aumento de 16% no faturamento anual (impulsionado pela Fisia-Nike Brasil), as reduções de preços devem resultar em uma queda de 50 pontos base anual nas margens EBITDA, à medida que a empresa continua buscando a redução de estoques para melhorar o capital de giro e, em última análise, a alavancagem.
O Grupo Soma é a exceção negativa entre os players de luxo acessíveis. Soma deve apresentar o menor crescimento anual de receita entre nossa cobertura de luxo acessível: +4% em comparação com 12% da Arezzo e 15% da Vivara. Além disso, esperamos um maior nível de promoções e reduções de preços, impactando negativamente a margem bruta consolidada e compensando os ganhos de margem da Hering provenientes de sinergias e seu processo de turnaround. Consequentemente, esperamos uma redução da margem EBITDA de 259bps A/a e uma queda do EBITDA de 12% A/a.
Em suma, espera-se que a maioria das empresas apresente um desempenho pouco inspirador ou abaixo da média no curto prazo, e esperamos que a volatilidade no setor persista devido a um cenário macro ainda difícil e à pressão adicional de externalidades (ou seja, impostos e taxa de juros). Consequentemente, estamos favorecendo nomes com dinâmica de lucros positiva: ARZZ, VIVA e SMFT.

ISA Cteep: Resultados 3T23 – Resultados operacionais em linha; resultados financeiros ajudados por melhores resultados financeiros

A ISA CTEEP reportou EBITDA regulatório de R$ 877 milhões (+17,9% A/a), 0,1% acima da nossa estimativa e 4,9% acima do consenso. O lucro líquido reportado de R$ 475 milhões (+22,7% A/a) ficou 22,1% acima da nossa estimativa e 17,5% acima do consenso.
Resultados do 3T23. Os resultados ficaram no geral em linha com as nossas expectativas. A receita líquida cresceu 18,8% A/A, impulsionada pela atualização monetária da AAR, pela retomada dos recebíveis da RBSE e pela entrada em operação de novos projetos, incluindo reforços e melhorias. Despesas recorrentes gerenciáveis de PMSO (Pessoal, Materiais, Serviços de Terceiros e Outros) aumentaram 18,1% A/A (4,3% abaixo de nossa estimativa) vs. inflação dos últimos 12 meses de 3,9%, impulsionada principalmente por aumentos salariais e aumento da força de trabalho – o que impulsionou despesas com pessoal —bem como despesas de terceiros mais elevadas associadas ao arranque operacional de projetos. A alavancagem diminuiu para 2,47x dívida líquida/EBITDA ajustado (de 2,65x no último trimestre). A queda do lucro líquido foi explicada principalmente por resultados financeiros melhores que o esperado e resultados de equivalência patrimonial mais elevados.

Assaí – Resultados do 3T23: Um trimestre sem surpresas

O Assaí reportou forte crescimento de receita impulsionado pelas conversões de lojas do Extra, apesar da pequena pressão das vendas em mesmas lojas negativa (-0,9% A/a) e de uma pressão um pouco menor que o esperado na margem EBITDA do 3T23. A receita líquida cresceu 22% A/a, em linha com nossa estimativa, enquanto o EBITDA cresceu 20% A/a e 3,5% acima de nossa estimativa. Como esperado, as maiores despesas com vendas relacionadas às conversões de lojas do Extra compensaram parcialmente o crescimento da receita. O lucro líquido foi de R$ 185 milhões, 1% acima da nossa estimativa e 34% abaixo do ano anterior, devido a maiores despesas financeiras. Por último, a ASAI registou uma dívida líquida/EBITDA de 3,0x o que se compara com a nossa estimativa de 3,2x, devido à forte melhoria no capital de giro. Os resultados do 3T23 comprovaram nossa perspectiva positiva para a companhia com ganhos de participação de mercado (+270bps), desempenho positivo das lojas recentemente convertidas e melhora na alavancagem. Dessa forma, reiteramos nosso rating de Compra e preço alvo de R$ 17,0/ação, uma vez que as conversões das lojas do Extra devem suportar a melhoria de receitas e margens, além da desalavancagem do balanço – impulsionando a expansão do lucro por ação. Além disso, vemos as ações sendo negociadas com um valuation atraente: P/L de 2024 de 12x em comparação com o nível histórico de 21x.

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