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Ata do Copom, inflação e prévia do PIB no radar da semana

Documento da última reunião do comitê pode indicar a trajetória da Selic; projeção para o IPCA é de desaceleração em janeiro

Banco Central do Brasil, em Brasília, com céu azul ao fundo

Ata do Copom pode trazer mais clareza sobre a moderação no ciclo de apertos indicada recentemente pelo Banco Central | Foto: Getty Images

A agenda econômica da segunda semana de fevereiro prevê diversas informações sobre a economia brasileira. Serão conhecidos novos dados de atividade relativos ao final do ano passado, bem como a leitura do IPCA, índice oficial da inflação, em janeiro.

Além disso, a Ata do Copom pode trazer mais clareza sobre a moderação no ciclo de apertos indicada recentemente pelo Banco Central.

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A inflação também está em pauta no exterior, e o destaque da semana deve ser o índice CPI dos Estados Unidos.

Um número mais alto do que o estimado pode voltar a alimentar as expectativas por aumentos de juros mais intensos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

Sobre as empresas, a temporada de balanços ganha tração no Brasil. Os números do Itaú e do Bradesco estão entre os mais aguardados, uma vez que o resultado do Santander veio abaixo das projeções.

Lá fora, temos mais uma forte rodada, com gigantes do setor farmacêutico (Pfizer, GSK e AstraZeneca), de petróleo (BP, Equinor e Total), tecnologia (Uber e Twitter) e consumo (Coca-Cola, PepsiCo, Unilever, L’Oréal e Disney).

Veja a seguir o que acompanhar nos próximos dias.

Agenda econômica – 7 a 11 de fevereiro

Segunda-feira: China

Os negócios começam após a divulgação do PMI do Caixin para o setor de serviços da China em janeiro. Sai também o levantamento oficial de produção industrial da Alemanha em dezembro.

Aqui no Brasil, o Relatório Focus pode assinalar uma reação das projeções ao último comunicado do Banco Central.

Temos ainda os balanços de BB Seguridade, pela manhã, e Porto Seguro, após o fechamento.

Nos Estados Unidos, destaque para Tyson Foods e, à noite, para Amgen, empresa de biotecnologia, e Simon, líder no setor de shoppings.

Terça-feira: Ata do Copom

Alta expectativa para a Ata do Copom. O documento irá detalhar a reunião que resultou na elevação da Selic para 10,75%, como era amplamente previsto.

O principal ponto da decisão foi a sinalização de que o próximo aumento será mais moderado, movimento que está em linha com o cenário previsto pelo Safra.

O mercado ainda acompanha uma nova rodada de números do setor financeiro, com os balanços de Banco Pan, logo cedo, e Bradesco, após o encerramento.

No exterior, os negócios repercutem os balanços de Pfizer, BNP Paribas, Nissan e BP.

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Quarta-feira: IPCA

O IBGE anuncia a variação do IPCA em janeiro. A projeção do Safra é de desaceleração para 0,59% na margem.

O movimento deve ser puxado pela queda no preço da tarifa de energia elétrica e pelo arrefecimento na inflação de vestuário.

Por outro lado, a deflação de combustíveis deve perder fôlego nessa leitura. Em 12 meses, o índice deve alcançar 10,43%.

O instituto também divulga a Pesquisa Mensal de Comércio referente a dezembro.

Dois grandes nomes do setor de celulose movimentam os negócios: Klabin, pela manhã, e Suzano, após o fechamento.

Lá fora, reportam balanços Toyota, Honda, GSK e Equinor. Depois do pregão, é a vez de Disney, Uber e L’Oréal.

Quinta-feira: inflação americana

Mais uma pesquisa importante do IBGE, desta vez sobre o setor de serviços.

Nos Estados Unidos, as atenções estão voltadas para o índice CPI, que mede a inflação ao consumidor.

O consenso de mercado prevê alta em torno de 0,5% na margem em janeiro, mesmo nível do último resultado. Na comparação anual, a expectativa é de avanço acima de 7%.

Na temporada de balanços, destaque para os números do Itaú, bem como de Alpargatas e Multiplan, todos após o encerramento.

Pela manhã, são conhecidos os resultados das rivais Coca-Cola e PepsiCo, assim como de Twitter, AstraZeneca, Total, Unilever, Zurich, ArcelorMittal e Siemens.

Sexta-feira: Prévia do PIB

O Banco Central consolida os últimos dados de atividade no IBC-Br de dezembro.

O índice é considerado uma aproximação do PIB, e o Safra prevê crescimento mensal de 0,4%.

Quanto ao calendário corporativo, o destaque é o resultado da Usiminas.

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