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Reflexos do cenário externo na inflação preocupam o Banco Central

Bolsas na Europa e futuros nos EUA operam no positivo; no Brasil, o Banco Central detalha o cenário da política monetária na Ata do Copom

O Ibovespa apresentou alta de +0,68% no último pregão, cotado a 131.084 pontos | Foto: Getty images

A Ata do Copom trouxe mais detalhes do que o Banco Central está enxergando, como a indicação de que o cenário externo está melhor. O comitê informa que está acompanhando os reflexos do cenário externo na inflação. A Ata detalha a reunião que levou à decisão de juros na semana passada e manutenção do guidance de corte de meio ponto percentual nas próximas reuniões.

Hoje haverá a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na quinta será votado o orçamento. Além disso, devemos ver a votação das Bets na Câmara e do ICMS no Senado. Roberto Campos Neto fará palestra às 19h em evento do Correio Braziliense.

Saiba mais

O Ibovespa apresentou alta de +0,68% no último pregão, cotado a 131.084 pontos. O ativo está em tendência de alta no médio prazo e no curto neutra. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 133.000 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 128.300 O próximo fica na faixa de 125.000 pontos.

O Dólar Futuro apresentou alta de +0,01% no último pregão, cotado a 4.939 pontos. O ativo se encontra em tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.830 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.720. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 4.970 e a segunda em 5.090.

Exterior:

Bolsas na Europa e futuros nos EUA operam no positivo. Banco Central do Japão manteve taxa de juro inalterada e sinalizou poucas chances de uma mudança no primeiro trimestre, o que contribuiu para a desvalorização do iene. CPI na Zona do Euro mostrou contração de 0,6% m/m, uma queda acima do esperado. Dados do mercado imobiliário americano serão divulgados no meio da manhã e a partir das 11:30 dirigentes do Fed devem discursar. China e Chile devem decidir sobre juros .

Commodities:

Petróleo negocia estável (USD77,9/b; -0,01%))
Minério de ferro registra ligeira baixa (USD132,4/t; -0,10%)

Empresas:

Telefônica e Auren: Telefônica Brasil e a Auren Energia fecharam um acordo de investimento para criar uma joint venture focada em comercializar soluções customizadas de energia renovável
Zamp: Mubadala passa a deter 36,7% do capital social totalLight: Conselho elege Alexandre Nogueira como CEO
Americanas: Cia realiza hoje, em primeira convocação, assembleia geral de credores para deliberação sobre o plano de recuperação judicial / Varejista informou que obteve apoio de credores titulares de “parcela significativamente superior” a 60% de sua dívida
Eletrobras: Cia disse que não há negociação com investidores e debenturistas sobre waivers no âmbito de potencial oferta da ISA Cteep e nem aprovação por sua diretoria ou Conselho de Administração em realizar a transação
Engie: Cia aprovou a distribuição de JCP, o equivalente a R$ 0,1777 por ação, com pagamento em 31/12; ex em 22/12

Agenda do Dia:

07:00 – Zona do Euro – CPI/Novembro
08:00 – Brasil – Ata do Copom
10:30 – EUA – Construção de novas casas e permissão de novas construções/Novembro

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 131.084 (+0,68%)
S&P: 4.741 (+0,45%)
Dólar Futuro: R$4,94 (+0,01%)

Atualizações Safra:

Transporte: Conclusões da Conferência de Transporte J. Safra

No dia 14 de dezembro, realizamos nossa Conferência Anual de Transportes. O evento contou com a presença da administração das principais empresas listadas do setor: Armac, CCR, Ecorodovias, Santos Brasil, Vamos, Movida e JSL. Resumimos abaixo os principais destaques dos encontros.

A Armac (ARML3; Compra; preço alvo R$ 19,40) foi representada pelo seu CFO, Cassio Castardelli. Principais conclusões: (i) a forte demanda, principalmente no âmbito de contratos de longo prazo, deverá continuar a aumentar as suas necessidades de investimento no futuro. O executivo destacou que a empresa tem visto uma maior demanda do setor de infraestrutura nos últimos meses, principalmente por meio de contratos spot; (ii) o novo sistema ERP (SAP) a ser implementado no próximo mês deverá melhorar a eficiência operacional da empresa e, apesar de ter impacto limitado nas suas receitas, deverá permitir à empresa reduzir despesas gerais e administrativas; e (iii) o cenário competitivo permanece saudável, composto majoritariamente por pequenas empresas locais, apesar da entrada de novos players.

A CCR (CCRO3; Compra; preço alvo R$ 14,10) foi representada por sua superintendente de RI, Flavia Godoy, e seu gerente de RI, Douglas Ribeiro. Principais conclusões: (i) pipeline de leilões – apesar do pipeline robusto para os próximos anos, a empresa acredita que a concorrência deve permanecer concentrada em poucos players. A CCR deve focar em concessões que já conhece e em contratos com alto retorno e melhor perfil de risco-retorno; (ii) MSVias – a expectativa dos executivos é que o acordo com o poder concedente seja concluído até o final do 1T24; (iii) a dívida líquida ao nível da holding deverá convergir para zero nos próximos 2–3 anos.

EcoRodovias (ECOR3; Compra; preço alvo R$ 7,20). A empresa foi representada pelo seu Gerente de RI, Camilo Gomes, e pelo seu Coordenador de RI, Thiago Piffer. Principais conclusões: (i) aumento do volume de tráfego, com maior volume de veículos leves por lazer e aumento das tarifas aéreas, enquanto o maior volume de veículos pesados é explicado pelo aumento nas exportações de soja e milho, produtos industriais recuperação e maior participação de cargas exportadas pelo arco sul, em decorrência do impacto negativo da seca nos rios por onde as cargas são entregues pelo arco norte; (ii) transformação digital – fluxo livre multifaixas (pórtico em teste) nas Ecopistas e Ecoponte e cobrança por eixos suspensos de caminhões não vazios já foram iniciados em sete concessionárias; e (iii) Ecoporto – conforme solicitação da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, o Ecoporto apresentou plano de investimentos para renovação de seu contrato de arrendamento considerando as novas diretrizes decorrentes da revisão do uso da área STS 10, a fim de receber um reembolso por desequilíbrios em seu contrato de concessão, que está em análise pelo poder concedente. No entanto, reforçou que a sua estratégia continua centrada principalmente nas estradas com portagem.
A Santos Brasil (STBP3; sem rating) foi representada pelo gerente de RI da empresa, Juliano Navarro. Principais conclusões: (i) as perspectivas para 2024 permanecem positivas, beneficiadas pelos reajustes tarifários realizados ao longo de 2023 e uma potencial recuperação do tímido volume embarcado em 2023; (ii) novos investimentos deverão ser focados em terminais de granéis líquidos e terminais de contêineres e no fomento da sua operação logística; (iii) o pagamento de dividendos deverá permanecer elevado (acima de 100%), tal como ocorreu em 2021 e 2022; e (iv) a capacidade do porto de Santos deverá ser potencializada pelos investimentos da Santos Brasil no Tecon Santos no curto prazo, uma vez que seus concorrentes deverão realizar apenas investimentos marginais em seus terminais.

A Movida (MOVI3; Compra; preço alvo R$ 23,60) foi representada por sua diretora de RI, Camila Francischelli. Principais conclusões: (i) perspectivas positivas para o segmento RAC em 2024, com a demanda resiliente impulsionando os volumes, enquanto a renovação da frota deverá reduzir os custos de manutenção, levando ao aumento da margem EBITDA; (ii) o segmento GTF deverá ser o principal impulsionador da alocação de capital, pois proporciona maiores oportunidades de crescimento face ao mercado ainda pouco penetrado; (iii) a taxa de depreciação deverá permanecer elevada até o primeiro semestre de 2024, mas deverá cair posteriormente impulsionada pelas menores vendas de veículos adquiridos com menores descontos durante a pandemia de covid-19; e (iv) carros por assinatura – a Movida possui cerca de 15 mil carros no segmento, cujo crescimento ainda depende da capacidade da empresa de superar desafios relacionados à experiência do cliente e à inadimplência.

A Vamos (VAMO3; Compra; preço alvo R$ 17,50) foi representada por seu CFO, Adriano Ortega, e sua diretora de RI, Aline Saenz. Principais conclusões: (i) as vendas de máquinas agrícolas ainda passam por um momento difícil, o que deverá impactar as receitas e margens das concessionárias nos próximos trimestres. Porém, a empresa espera recuperar suas margens e capital de giro até o final do primeiro semestre de 2024, à medida que seu estoque atinja um nível normalizado de ~2 meses; (ii) a demanda pelo segmento de locação segue resiliente, e a Vamos deverá investir R$ 4,8 bilhões no segmento em 2024; e (iii) a aquisição de Petrópolis deverá ser concluída no 1T24.

JSL (JSLG3; Compra; preço alvo R$ 13,10). A empresa foi representada pelo seu Diretor de RI, Eduardo Nauck. Principais conclusões: (i) o crescimento orgânico deverá ser impulsionado pelo aumento do share of wallet dos atuais clientes — a JSL detém apenas 5% do share of wallet dos seus 20 maiores clientes; (ii) IC Transportes – a margem EBITDA deverá aumentar para ~15%, dos atuais ~10%, à medida que as sinergias esperadas forem incorporadas; e (iii) aumento da rentabilidade – o executivo espera um aumento na rentabilidade da JSL a partir de 2024, proveniente principalmente de melhorias operacionais, mas também do menor custo da dívida resultante da gestão de passivos e da queda das taxas de juros.

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