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Aura Minerals estuda projetos para ampliar produção de ouro

Companhia mineradora avalia projetos no Brasil e no México que estejam em fase adiantada para implementação até 2026

No mercado, para ser considerada uma mineradora de grande porte, a companhia deve deter uma produção anual acima de 600 mil onças | Foto: Getty Images

A mineradora de ouro Aura Minerals estuda novos projetos para aumentar a produção para mais de 600 mil onças. O presidente da mineradora, Rodrigo Barbosa, disse a ‘O Especialista’ que a empresa está olhando ativos nas Américas, principalmente no Brasil e México. A meta, de acordo com ele, é definir até 2024 os projetos que deverão levar a Aura para outro patamar. “Ainda somos considerada uma empresa média e em 2024 devemos atingir 400 mil onças produzidas”, disse Barbosa.

As ações das mineradoras se valorizaram com o conflito na Ucrânia, que leva investidores a buscar ativos seguros, como o ouro. As ações da Aura Minerals subiram 11% nos últimos 30 dias na TSX (Toronto Stock Exchange), na qual estão mais de 40% das mineradoras do mundo.

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Segundo o presidente da Aura Minerals, entre este ano e em 2023, a companhia deve definir os investimentos em novos ativos para chegar a uma produção acima de 400 mil onças. “Gostaria de fechar o ano de 2024 com projetos definidos para aumentar a nossa produção acima das 400 mil onças”, disse Barbosa.

No mercado, para ser considerada uma mineradora de grande porte, a companhia deve deter uma produção anual acima de 600 mil onças. “Até 500 mil onças são empresas médias, por isso temos uma agenda de aquisições”, afirmou Barbosa “O objetivo é produzir 600 mil onças por ano e ter múltiplo de 50% maior ao acionista.”

Aura Minerals procura ativos com reservas comprovadas

Nessa agenda, Barbosa ressaltou que a companhia procura projetos que estejam em estágios mais avançados, com as reservas já comprovadas, em fase para investir na produção, ou para rápida implementação. “Temos olhado boas oportunidades no Brasil e México”, afirmou.

Segundo ele, para esses investimentos a companhia pode usar o caixa ou usar a capacidade de alavancagem e ir ao mercado de capitais. “Temos um balanço robusto para pensar grande e vai depender muito do tipo do ativo do estágio em que está”, disse. “Se necessário, se for o projeto grade, podemos acessar o mercado de capitais preservando o nosso limite de envidividamento que é de 1 vez a 1,5 vezes a nossa geração de caixa.”

No ano passado, a companhia produziu 269 mil onças, uma alta de 32% em relação a 2020. No início de 2023, entra em operação o projeto Almas, no Tocantins, com estimativa de produção de 51 mil onças de ouro. A vida útil do projeto será de 17 anos, segundo as estimativas a respeito das reservas minerais no local.

Já em 2024, entra em operação o projeto Matupa, também no Tocantins. A produção de ouro anual prevista para os primeiros três anos é de 60 mil onças. Nos sete anos de vida útil prevista para o empreendimento a produção média anual deve ficar em 42,7 mil onças. 

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