Vitória de Biden é confirmada
Dos 538 delegados do Colégio Eleitoral, ele deve ter 306 votos. No Congresso, saiu um acordo sobre estímulos
14/12/2020O Colégio Eleitoral americano sacramentou na noite desta segunda-feira, 14 de dezembro, a vitória do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.
Com a confirmação do triunfo na Califórnia, o democrata soma 302 votos no Colégio Eleitoral, acima dos 270 necessários para tomar posse em 20 de janeiro.
A expectativa é de que, nas próximas horas ou no início da madrugada desta terça-feira, Biden reúna os 306 delegados conquistados nas eleições presidenciais de novembro.
Seguindo o rito constitucional, os 538 delegados do Colégio Eleitoral se reuniram nesta segunda-feira (14) para depositar nas urnas seus votos para presidente. Essa etapa é considerada uma formalidade, mas adquiriu importância neste ano diante da contestação, sem provas, da lisura do pleito por parte do atual presidente, Donald Trump. O mandatário da Casa Branca obteve 232 votos no Colégio Eleitoral.
Depois disso, as cédulas seguem para Washington e serão somadas apenas em 6 de janeiro, quando, em sessão do Congresso, o presidente do Senado e vice-presidente, Mike Pence, deve proclamar oficialmente o nome do novo presidente americano e da vice-presidente, Kamala Harris.
Biden pretende discursar sobre a vitória no Colégio Eleitoral ainda nesta noite, às 21h30 de Brasília.
Trump, por outro lado, já afirmou que pretende lutar até o fim para reverter o resultado do pleito. Na semana passada, a Suprema Corte rejeitou duas ações judiciais que tentavam invalidar a votação em estados cruciais, entre eles Geórgia, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin – todos vencidos por Biden. Mesmo assim, o republicano sustenta que continuará a batalha jurídica.
Pacote de estímulos: acordo
Em sessão também nesta segunda-feira, senadores democratas e republicanos divulgaram detalhes do pacote fiscal destinado a combater a crise do novo coronavírus nos Estados Unidos. Além de comemorar o acordo do grupo bipartidário, os parlamentares informaram que, dos mais de US$ 900 bilhões do pacote, US$ 748 bilhões serão destinados a estímulos a empresas e setores da economia, enquanto US$ 160 bilhões serão repassados a estados e municípios.
A primeira parte do pacote, de US$ 748 bilhões, é consenso entre democratas e republicanos e pode ser aprovada em breve, segundo disseram senadores. O impasse entre os dois partidos permanece na segunda parte do acordo, por um dispositivo defendido por republicanos que protege empresas de processos ligados à pandemia movidos na Justiça por empregados.
Caso o impasse seja resolvido, os US$ 160 bilhões serão divididos entre os governos estaduais de acordo com a perda de receita durante a pandemia (dois terços do total) e com base na proporção da população local em relação ao todo dos Estados Unidos (um terço do montante), segundo explicou o senador republicano Bill Cassidy. Cada estado receberá ao menos US$ 500 milhões, e no mínimo 40% do valor terá de ser repassado a municípios e demais localidades. De acordo com Cassidy, os governos estaduais não poderão usar o dinheiro em fundos de aposentadoria.
(Com AE)