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Bolsa retoma os 100 mil pontos puxada por Vale e Petrobras

Bolsa sobe 1,36%, aos 100.269 pontos, depois de oscilar entre 98.925 e 100.508 pontos, volume financeiro chegou a R$ 18,01 bilhões

Mercado financeiro

Nesta sessão, o Ibovespa foi puxado pela alta nos preços das commodities, que valorizou os papéis de Vale e Petrobras | Foto: Getty Images.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta nesta segunda-feira, 25, recuperando os 100 mil pontos. A Bolsa subiu 1,36%, aos 100.269 pontos, depois de oscilar entre 98.925 e 100.508 pontos. O volume financeiro chegou a R$ 18,01 bilhões.

Com o resultado, o Ibovespa acumula ganhos de quase 2% no mês e perda de 5,30% no ano.

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A Bolsa, durante toda a sessão, se descolou do mercado em Nova York. Os índices americanos fecharam fecharam sem direção definida neste início de semana. Dow Jones subiu 0,28% e S&P 500 0,12% e Nasdaq recuou 0,42%.

Nesta sessão, o Ibovespa foi puxado pelo bom momento das commodities. O minério de ferro, por exemplo, apresentou alta expressiva nesta segunda-feira, depois das esperanças renovadas de recuperação econômica da China, com os estímulos concedidos pelo governo à construção civil.

O contrato de minério mais negociado, para entrega em setembro, na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações com alta de 7,1%, a 711 yuans (US$ 105,27) a tonelada. O contrato de minério para agosto na Bolsa de Cingapura subiu 2,2% a US$ 105,40 a tonelada.

Diante do bom momento do minério de ferro, os papéis da Vale e siderúrgicas subiram forte nesta segunda-feira, impactando o Ibovespa. Vale avançou 1,76%, CSN, 1,25%, Usiminas evoluiu 1,01% e Gerdau, 2,14%.

O petróleo também se recuperou nesta sessão. O barril do Brent, o referência mundial, subiu 1,84% e foi negociado a US$ 100,19. Os papéis da Petrobras, com isso, evoluem acima de 4%, 4,50% (PETR4) e 4,26% (PETR3).

Além disso, os investidores estão de olho nas decisões de política monetária nos países. Nesta semana, terá mais uma reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano) em que se decidirá por uma nova alta nas taxas de juros nos Estados Unidos.

O mercado aposta em uma elevação dos juros em 0,75 ponto percentual, em vez de cenário de 1 ponto percentual completo, uma vez que dados de preços de junho vieram melhores do que o esperado.

Além da expectativa para a decisão do Fed, os investidores também aguardam a divulgação dos dados do PIB americano para o segundo trimestre e se vier negativo, os Estados Unidos poderão entrar em recessão técnica.

Por aqui, os investidores ainda fazem as contas do descontrole fiscal depois da aprovação da PEC das Bondades, ou PEC Kamikaze, que elevou as despesas do governo em mais de R$ 40 bilhões acima do teto.

Na sexta-feira a noite, o governo divulgou um novo contingenciamento no Orçamento para este ano de R$ 6,7 bilhões para tentar minimizar o impacto da PEC nas contas públicas.

“Apesar dos números mais animadores, o mercado aguarda os próximos meses mais turbulentos e a baixa liquidez do final de julho somada ao rebalanceamento natural do fechamento do mês vão ajudar a entender como os principais gestores do mercado ficarão posicionados no segundo semestre, muitos reduzindo o risco das carteiras, e buscando opções de ações mais estáveis”, disse Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil.

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