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Bolsa engata a quarta semana seguida de alta

Impulsionado pelo avanço do novo arcabouço fiscal, que deve ser votado na semana que vem, Ibovespa fecha a semana em 110,7 mil pontos

Investidor analisa gráfico mercado financeiro

Mercado espera a aprovação do novo arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados na próxima semana | Fotos: Getty Images

O Ibovespa fechou a quarta semana seguida no campo positivo. O que deu fôlego à Bolsa nos últimos dias foi o avanço na tramitação do novo arcabouço fiscal no Congresso Nacional. O projeto será votado em regime de urgência na semana que vem. O índice avançou 2,10%, fechando a semana em 110.744 pontos.

A aprovação pela Câmara dos Deputados do regime de urgência do projeto das novas regras fiscais abriu espaço para o texto entrar em votação já na semana que vem. A expectativa é de que os deputados aprovem a matéria na quarta-feira, o que animou investidores

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Além do cenário político local, os investidores estiveram atentos às negociações para o aumento do teto da dívida americana. Ainda persiste o impasse entre os partidos Republicano e Democrata.

Atualmente, o teto da dívida bruta americana é de US$ 31,4 trilhões, o equivalente a 117% do PIB. O governo quer aumentar este valor para conseguir honrar dívidas, inclusive as ordinárias, como o pagamento de salários aos servidores públicos federais.

O calote ameaçaria os ganhos dos últimos anos na fase de recuperação pós pandemia, segundo a secretária dos Estados Unidos, Janet Yellen, e isso desencadearia uma recessão global que afetaria ainda mais a economia americana.

Nesta sexta-feira, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, destacou que a autoridade monetária ainda busca política suficientemente restritiva para conter a inflação.

Ele afirmou que o Fed ainda avalia se as taxas estão suficientemente restritivas, e que ainda não foi decidido o quanto de restrição é adequada, acrescentando que “avaliação será contínua, reunião após reunião do comitê de política monetária”.

O analista Idean Alves, da Ação Brasil Investimentos, acredita que isso mostra que o Fed segue preocupado com a inflação, vendo como importante a vigilância sobre os juros, o que torna pouco provável um corte de juros ainda em 2023, reforçando sim a possibilidade de novas altas, caso seja necessário. “Com isso, as apostas de que o juro possa subir 0,25 ponto percentual aumentam”, disse .

Maiores altas e baixas da semana

Entre as ações que mais ganharam na semana no Ibovespa, o destaque foi para empresas ligadas à economia local. Hapvida ganhou 15,71%, Dexco subiu 15,57%, e a Vibra, 15,07%, Lojas Renner avançou 15,40% e Rede D’Or, 13,51%.

No lado negativo, o papel que mais perdeu nesta semana foi o do Magazine Luiza. A companhia despencou 15,55% nesta semana. O Magazine Luiza apresentou um prejuízo líquido de R$ 391 milhões no primeiro trimestre de 2023, ante um resultado negativo de R$ 161 milhões um ano antes, o que significa uma alta de 142,9%.

No conceito ajustado, o prejuízo foi menor: R$ 309 milhões. Nesse cálculo, a empresa exclui despesas não recorrentes relacionadas, principalmente, a fechamentos de quiosques nas lojas da varejista de moda Marisa, um centro de distribuição.

Completam a lista a BB Seguridade, que perdeu 9,54%, CVC, 6,73%, Engie, 2,38% e Cielo que caiu 3,41%.

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