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Prévia do PIB mostra crescimento de 3,87% no primeiro trimestre

Indicador de atividade do Banco Central, considerado uma prévia do resultado do PIB, registra queda menor que a esperada em março

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Resultado acumulado em 12 meses do IBC-Br é positivo em 3,31% | Foto: Getty Images

Após surpresas positivas desde o começo do ano, a economia brasileira encerrou o primeiro trimestre de 2023 em expansão, conforme o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br). Na série com ajuste sazonal, o avanço foi de 2,41% ante os três meses anteriores (outubro a dezembro).

O crescimento de 2,41% na margem do IBC-Br no primeiro trimestre de 2023 é o terceiro maior para o período na série histórica do Banco Central. A expansão do IBC-Br no primeiro trimestre de 2023 só não superou o resultado em 2010 (3,52%) e 2004 (2,67%).

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Na comparação com o mesmo período de 2022, a elevação no primeiro trimestre de 2023 foi de 3,87% na série sem ajustes sazonais, informou o BC. No acumulado de 2023, o resultado do IBC-Br é positivo em 3,87%. Já em 12 meses até março, o crescimento é de 3,31%.

IBC-Br mostra queda leve em março, mas surpreende em comparação ao ano passado

Em março, a economia brasileira mostrou queda leve pelo índice do Banco Central, quebrando a sequência de três altas consecutivas, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O indicador caiu 0,15%, na série livre de efeitos sazonais. Em fevereiro, a alta havia sido de 2,53% (dado atualizado nesta sexta-feira, 19).

De fevereiro para março, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 147,31 pontos para 147,09 pontos na série dessazonalizada. O resultado de março, mesmo com a queda, na comparação histórica é o segundo melhor desde março de 2014 (147,80 pontos), perdendo apenas para fevereiro de 2023.

O dado do IBC-Br ficou abaixo do esperado pela maioria do mercado financeiro, conforme pesquisa realizada pelo Projeções Broadcast. O índice ficou aquém da mediana positiva de 0,30%, mas dentro do intervalo, que ia de queda de 1,10% a alta de 0,90%.

Já na comparação entre os meses de março de 2023 e de 2022, houve crescimento de 5,46% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 157,31 pontos no terceiro mês do ano, o melhor desempenho para o período da série histórica do IBC-Br, iniciada em 2003.

O indicador de março ante o mesmo mês de 2022 surpreendeu positivamente, ficando acima da mediana de 3,90% da pesquisa do Projeções Broadcast. As expectativas coletadas no levantamento variavam de 1,00% a 6,30%.

Conhecido como uma espécie de “prévia do BC” para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2023 é de crescimento de 1,20%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março. Nesta quinta-feira, 18, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adiantou que a estimativa oficial do governo deve aumentar de 1,60% para 1,90%.

Banco Central revisa projeções após indicador de atividade

O Banco Central revisou dados do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) na margem, na série com ajuste. Em relação a fevereiro, o resultado passou de alta de 3,32% para avanço de 2,53%.

O IBC-Br de janeiro inverteu o sinal, de queda de 0,09% para alta de 0,59%, enquanto o índice de dezembro teve leve ajuste, de expansão de 0,74% para crescimento de 0,73%.

Em novembro, o índice passou de queda de 1,29% para recuo de 0,92%. Já o resultado de outubro sofreu revisão de baixa de 0,26% para queda de 0,60%. No caso de setembro, o desempenho foi atualizado de recuo de 0,24% para declínio de 0,26%. Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. (AE)

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