Braskem tem propostas de compra da Apollo, Unipar e Novonor

A Braskem conta com três propostas de aquisição formalizadas: uma de compra de 100% das ações, feita pela Apollo (gestora de investimentos americana), outra de compra apenas das operações em São Paulo, feita pela Unipar (petroquímica nacional) e, mais recentemente, uma de compra das dívidas da Novonor, antiga Odebrecht, feita pelo BTG Pactual.

Enquanto isso, o plano de venda da companhia através de um follow-on, por parte da Novanor (acionista controlador com 50,1% das ações) e Petrobras (47% das ações), segue suspenso. O motivo é o contexto de incertezas políticas do ano eleitoral e de alta da taxa de juros. Na B3, a Braskem está estimada em R$29 bilhões.

A empresa é hoje a maior produtora de resinas das Américas e líder global em biopolímeros; no primeiro trimestre de 2022,  seu EBITDA recorrente foi de R$ 4,8 bilhões (-30% vs. 1T21) e Margem EBITDA de 18,1%, ligeiramente menor em relação a margem de 30,6% do primeiro trimestre deste ano.

No âmbito do endividamento, a dívida líquida totalizou R$ 29 bilhões, com alavancagem de 0,95x (em reais). O saldo de caixa ficou em R$ 12 bilhões, montante bastante superior à dívida de curto prazo de R$ 2,4 bilhões.

Braskem tem rating AAA da Fitch e da S&P

Sobre a dívida de longo prazo, os vencimentos se concentram principalmente de 2030 em diante, indicando condições sustentáveis de arcar com os investimentos em expansão de renováveis, cujo objetivo é alcançar 1,0 milhão de toneladas de capacidade de produção de PE (Polietileno) verde até 2030.

Caso ocorra uma transferência de controle acionário, com decorrente redução no rating, deverá ser convocado uma AGD para pautar sobre a recompra antecipada dos títulos emitidos (BRKMA6 e BRKMB6, por exemplo). Hoje a empresa está avaliada com rating AAA pela Fitch e S&P.