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Camex zera imposto de importação de carne, trigo e milho

Lista de isenção da aliquota de importação inclui bolachas, biscoitos, ácido sulfúrico e vergalhão de aço; o impacto será de R$ 700 milhões

Exportação de milho

A isenção do Imposto de Importação sobre o milho e outros produtos deve gerar uma renúncia fiscal de R$ 700 milhões | Foto: Getty Images

A secretária executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Ana Paula Repezza, anunciou que o governo vai zerar o imposto de importação da carne de boi e de frango – incluindo pedaços e miudezas congeladas -, do trigo, da farinha de trigo, do milho em grão, das bolachas, dos biscoitos e do ácido sulfúrico. A medida entra em vigor nesta quinta-feira, 12, e vai vigorar até o fim do ano. 

A Camex também reduziu de 10,8% para 4% o imposto de importação de aço vergalhão utilizados na construção civil. Segundo a secretária executiva do órgão, a queda nas alíquotas dos tributos dos produtos derivados do aço terá impacto na inflação por meio da construção civil e o pleito era analisado há oito meses. A tarifa de importação do fungicida Mancozeb foi reduzido de 12,6% para 4%.

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Impacto na arrecadação com a medida será de R$ 700 milhões

O subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Alves Brandão, afirmou que a redução das alíquotas do imposto de importação tem um impacto fiscal de R$ 700 milhões na arrecadação.

Apesar do impacto nas contas públicas, o secretário executivo adjunto da Camex, Leonardo Diniz Lahud, declarou que não é necessário compensar a renúncia porque o imposto de importação tem como função regular os mercados.

Repezza também afirmou que não há no órgão novos pleitos para redução de aço. “Não temos novos pleitos de redução de aço neste momento”, disse Repezza. “A questão do aço entrou não por questão de inflação, foi um pleito anterior.”

Segundo ela, diversas reuniões foram realizadas com representares de empresas do setor de aço e da construção civil. “A reunião de ontem não foi a única que fizemos com representantes do Aço Brasil”, afirmou. “Fizemos muitas reuniões com representantes do setor de aço e da construção civil.”

Alíquota de importação da mussarela volta a ser cobrada 

Após reclamações do setor, o governo voltou a aumentar a tarifa de importação de queijo mussarela para 28%, depois de ter zerado a alíquota em março. Para reduzir o tributo de importação de 11 produtos – como vergalhões de aço e trigo – o governo teve ainda que mudar a tributação de outros produtos como lâmpada e cabos de alumínio

“Excluímos queijo mussarela da redução do imposto de importação porque não houve importação relevante”, justificou Leonardo Diniz.

Pelas regras do Mercosul, o governo brasileiro pode cobrar tarifas diferentes do resto do bloco para 100 produtos, que entram na chamada lista de exceção à Tarifa Externa Comum (chamada Letec).

Como a lista estava cheia, foi necessário fazer as alterações. Também foram retirados da Letec medicamentos, como o clonazepam, que vinha sendo importado com tarifa mais alta do que o restante do Mercosul. Com isso, na prática, a importação do produto fica mais barata. (AE)

 

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