close

5 ativos recomendados para investir em crédito privado

Carteira sugerida pelo Banco Safra traz mudanças para reduzir prazo médio de retorno do capital e aumentar liquidez

Close de celular na mão de pessoa de costas com tela de mercado financeiro aberta, alusivo ao crédito privado de setembro

Carteira de crédito privado do Safra é composta pelos setores alimentício, imobiliário, bebidas, etanol e saneamento | Foto: Getty Images

Divulgada mensalmente, a carteira de crédito privado do Banco Safra teve duas alterações para setembro. Entraram o CRA de FS Agrisolution (vencimento em 2026) e a debênture de Corsan (vencimento em 2031). Em contrapartida, saíram, as debêntures RUMOB3 (Rumo) e UHSM12 (São Simão Energia).

Conforme o banco, as mudanças visam trazer ativos com retorno atrativo, reduzir a duration (prazo médio em que o investidor recebe os rendimentos mais o capital investido) e aumentar a liquidez da carteira recomendada.

Saiba mais

Carteira Crédito Privado Safra – setembro/2022

Ativo | Instrumento | Devedor | Vencimento | Juros

  • CRA022004SC | CRA | FS Solutions | maio/2026 | semestral (fev e ago)
  • CRA022003E9 | CRA | Dori Alimentos | abril/2027 | semestral (abril e out)
  • 21L0668295 | CRI | Brookfield | abril/2027 | trimestral (jan, abril, jul e out)
  • CRA022002Y2 | CRA | Norsa (Solar) | março/2029 | semestral (março e set)
  • RSAN44 | Debênture | Corsan | fevereiro/2031 | semestral (fev e ago)

Em termos setoriais, o Safra manteve o portfólio diversificado, composto pelos setores alimentício, imobiliário, bebidas, etanol e saneamento. Apesar dos efeitos inflacionários e do aperto monetário nos setores da economia, a carteira se destaca por ter nomes com baixa alavancagem e margens resilientes.

Sobre os nomes entrantes na carteira, o banco destaca seus pontos fortes:

  • A FS mantém uma capacidade robusta de produção de etanol e eficiência de custos, sustentando margens competitivas.
  • A Corsan é um emissor recomendado com frequência nas carteiras de crédito privado e, mesmo com o desafio de se tornar privada, se enxerga a performance operacional como positiva, visando ganhos de eficiência e disciplina financeira.

Por fim, o cenário macroeconômico segue desafiador, com indicadores mostrando um comportamento divergente. Serviços mantêm fôlego de crescimento e a expectativa da inflação para 2022. Mesmo assim, o Banco Central indicou uma postura de ‘vigilante’ quando ao comportamento do IPCA.

Visão macroeconômica

Os dados de alta frequência de junho mostram um comportamento multiforme dos setores da economia, com a indústria de transformação e varejo ampliando registrando quedas de 0,3% e 2,3% (junho vs. maio), respectivamente, e serviços com alta de 0,7%.

Não apenas pelos números reportados, mas as perspectivas para esses setores no segundo semestre deste ano também divergem.

Enquanto a indústria da transformação enfrenta problemas na oferta – efeito dos gargalos no fornecimento de matéria-prima –, o varejo enfrena um cenário adverso permeado por inflação alta, aperto monetário e endividamento das famílias. Os serviços prestados às famílias deverá ser o destaque da economia.

Sobre inflação, em julho, o IPCA teve queda de 0,68% (vs. +0,67% em junho), acumulando alta de 10,07% nos últimos 12 meses (vs. 11,89% nos 12 meses em junho).

Apesar de positivo, esse recuo se deve mais especificamente à redução do ICMS nos preços de energia elétrica e gasolina.

Em contrapartida, o índice de difusão (63%) ainda registra aumento em grande parte dos produtos consumidos pelas famílias.

Espera-se uma redução gradual do IPCA, conforme retratado no Boletim Focus, cuja mediana de mercado para o IPCA em 2022 caiu de 7,15% (um mês atrás) para 6,70%.

Por fim, enquanto as expectativas para a inflação em 2022 se reduzem, o Banco Central reforça sua posição de ‘vigilante’, evitando dar viés de queda na taxa de juros. Nesse sentido, o Safra acredita na manutenção da taxa Selic em patamares elevados por mais tempo, caso a inflação se mostre persistente.

Mercado de Crédito Privado

No acumulado de janeiro a julho deste ano, o volume emitido de debêntures totalizou R$ 159 bilhões, ante R$ 119 bilhões no mesmo período de 2021.

Mesmo com os juros elevados, companhias com bom perfil de crédito conseguem emitir dívida a um prêmio atrativo. No outro lado, a demanda por ativos de renda fixa, incluindo o crédito privado, continua aquecida.

O mercado secundário registrou volume negociado de debêntures de R$ 36,6 bilhões em agosto contra R$ 31,2 bilhões em julho. A emissão de debêntures incentivadas representou 31% do total negociado em agosto.

Abra sua conta

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra