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CBA desenvolve nova liga de alumínio para bateria de veículos elétricos

O novo produto será usado no invólucro da bateria de ônibus elétricos que devem ser produzidos no Brasil

chapas de alumínios

A receita líquida da CBA atingiu R$2,3 bilhões no segundo trimestre, com crescimento de 22% no comparativo anual | Foto: Getty Images

A CBA está desenvolvendo uma nova liga de alumínio para baterias de veículos elétricos. Segundo o presidente da companhia, Ricardo Carvalho, o produto foi uma demanda de um cliente fabricante de ônibus elétricos.

De acordo com a CBA, o segundo trimestre deste ano foi marcado pelo fortalecimento da estratégia da CBA no segmento de veículos elétricos. E uma das iniciativas foi este desenvolvimento de uma folha de alumínio nacional para aplicação em baterias de íons-lítio.

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“A folha de alumínio é um componente fundamental para garantir a performance nas baterias de íons-lítio e com essa parceria, a CBA irá adquirir o domínio da tecnologia bem como processo produtivo local, por meio de um projeto inovador”, informou a CBA.

O presidente da CBA ressaltou que a folha de alumínio desenvolvida pela companhia será usada no invólucro da bateria de veículos elétricos. “Estamos na parte do desenvolvimento em conjunto com o cliente e o cronograma é o que ele estabelece para o início da montagem do veículo, mas não vamos precisar aumentar a nossa capacidade de produção ou ter uma linha dedicada para este novo produto”, afirmou o executivo.

Neste trimestre, a CBA iniciou o funcionamento da sala-fornos 3, que passou por uma manutenção e vai adicionar 30 mil toneladas de alumínio líquido em 2023. Além disso, segundo Luciano Alves, diretor de relações com investidores e financeiro da CBA, em 2025 entrará em operação a sala-fornos 1, que tem capacidade de 50 mil toneladas.

“Antecipamos o projeto da sala-fornos 3 para este ano e estaremos em capacidade plena de produção de 380 mil toneladas em 2023 e quando entrarmos com a linha 1, ficaremos com 430 mil toneladas em 2025”, disse Alves. “Além do alumínio líquido, temos a adição da reciclagem no processo produtivo, que equivale a 120 mil a 130 mil toneladas.”

Vendas no trimestre caíram em funcão de demanda menor

De acordo com o balanço da CBA, ao todo a companhia comercializou 112 mil toneladas de produtos em alumínio no segundo trimestre, uma queda de 6% em relação ao ano passado.

Segundo a companhia, o volume vendido do segmento de primários foi de 55 mil toneladas, 11% menor em comparação ao mesmo período de 2021, principalmente pelo menor volume de produtos de valor agregado (VAP), como tarugos. “Apesar da queda, o volume de vendas mantém-se em patamares similares ao período pré-pandemia.”

O segmento de transformados registrou uma queda de 9% no volume em comparação com o mesmo período de 2021, totalizando 32 mil toneladas vendidas no trimestre. A redução da demanda do setor de construção civil e bens de consumo impactou as vendas de extrudados e chapas, respectivamente.

Já no segmento de reciclagem, foram vendidas 25 mil toneladas, um incremento de 14% em relação ao volume de 2021. O principal efeito foi a integração total dos volumes da Alux do Brasil, contribuindo com 6,5 mil toneladas no trimestre. “A nova unidade de reciclagem opera em um segmento novo para a CBA, de ligas secundárias, atuando nos mercados automotivo, de utensílios domésticos e construção civil.”

Receita da CBA cresce com alta dos preços

A receita líquida da CBA atingiu R$2,3 bilhões no segundo trimestre, com crescimento de 22% no comparativo anual, influenciado principalmente pelo aumento de 23% na receita do negócio de alumínio.

“Esse aumento é parcialmente justificado pela alta de 20% do alumínio no mercado internacional, que passou de US$ 2.400 por tonelada em média em 2021 para US$ 2.875 a tonelada neste trimestre, compensando a queda de 6% no volume vendido, que atingiu 112 mil toneladas de abril a junho de 2022”, informou a companhia.

No período, a CBA lucrou R$ 511 milhões, uma alta de 29% no comparativo com o segundo trimestre de 2021. De janeiro a junho, o lucro da companhia cresceu 256%, passando de R$ 263 milhões para R$ 957 milhões.

O lucro antes juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 798 milhões, ante R$ 573 milhões apurados no segundo trimestre de 2021, uma alta de 39%. No semestre, o Ebitda chegou a R$ 1,34 bilhão, crescimento de 67% no comparativo anual.

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