Cerveja supera volatilidade e volta a crescer no mercado global
Melhor mix de consumo e menores custos devem recuperar as margens das principais fabricantes de cerveja: AB InBev, Heineken e Carlsberg
10/01/2024O ano de 2024 pode ser o primeiro dentro da normalidade para os fabricantes de cerveja no mercado global desde o período pré-pandemia, impulsionando as ações das empresas, após um período de muita volatilidade e incerteza, segundo o banco de investimentos Jefferies, com sede em Nova York.
Os analistas do banco liderados por Edward Mundy escrevem que os volumes do setor de cervejas devem voltar a crescer este ano. Eles projetam alta de 2,4% entre 2024 e 2027, após o período de estabilidade causado pela pandemia entre 2020 e 2022.
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Os especialistas afirmam que um melhor mix de consumo e menores custos de produção devem recuperar as margens das principais empresas do setor, AB InBev, Heineken e Carlsberg, atraindo novamente o investidor.
Na América Latina, eles veem que a Ambev demonstrou recuperação nas margens em 2023, antecipando movimento que deve ser visto no resto do mundo. A questão agora é saber se esse movimento é sustentável e vai resultar em geração de caixa.
Ambev tem menor controle de custos de produção de cerveja
No fim de 2023, o Banco Safra rebaixou a recomendação para a ação da Ambev.
Edward Mundy e os analistas do Jefferies ponderam que a Ambev tem menor controle sobre seus custos, uma vez que depende de fatores externos, como commodities e câmbio. Incertezas fiscais também são um ponto a ficar atento.
A recomendação do Jefferies para Ambev é neutra, com preço-alvo em R$ 14, potencial de alta de 2,8% sobre o fechamento de ontem. Na América Latina, a preferência do banco é pela chilena Compañía de Cervecerías Unidas (CCU). (Valor Econômico)