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China mantém taxa de empréstimos e reduz liquidez para sustentar moeda

Banco Popular da China mantém taxa de empréstimos em 2,5%; Bolsas na Europa e futuros nos EUA operam em alta, Ásia fecha em queda; destaques do dia

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O Dólar Futuro apresentou alta de +0,51% no último pregão, cotado a 5.000,00 pontos | Foto: Getty Images

O Banco Popular da China manteve a taxa de empréstimos de um ano estável em 2,5% e reduziu a liquidez do sistema bancário pela primeira vez em mais de um ano em uma tentativa de sustentar a moeda.

Análise Técnica:

O Ibovespa apresentou queda de -0,25% no último pregão, cotado a 127.689,97 pontos. O ativo está em tendência neutra no médio e no curto prazo. Na alta, a primeira resistência fica em 131.500 pontos e a segunda em 134.300. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 125.500. O próximo fica na faixa de 122.500 pontos.

O Dólar Futuro apresentou alta de +0,51% no último pregão, cotado a 5.000,00 pontos. O ativo se encontra em tendência neutra no médio e no curto prazo. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.940 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.860. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.035 e a segunda em 5.145.

Exterior:

Bolsas na Europa e futuros nos EUA operam em alta, enquanto bolsas na Ásia fecharam o dia em queda. Nos EUA, a agenda conta com Empire Manufacturing, preços de importação, produção industrial e sentimento do consumidor da Universidade de Michigan.

Doméstico:

Dados do setor de serviços em janeiro serão divulgados às 9hs e a expectativa é de contração de 0,4% na comparação mensal. Dados do Caged de janeiro devem mostrar criação de 85 mil vagas. Hoje é dia de vencimento de opções sobre ações na B3.

Commodities:

Petróleo apresenta queda (USD84,8/t; -0,69%)
Minério de ferro registrou baixa (USD99,7/t; -3,37%)

Empresas:

Braskem: Governo avalia Mantega em presidência ou conselho da Braskem após revés na Vale, diz Folha, que cita colaboradores não identificados de Lula
Eneva: Cia quer comprar térmicas da Eletrobras e ainda mira a Vibra / Eneva: Prejuízo líquido 4T frustra estimativas
Weg: Ação elevada a outperform por Itau BBA

Agenda do Dia:

09:00 – Brasil – Volume de serviços/Janeiro
09:30 – EUA – Empire Manufacturing/Março
10:15 – EUA – Produção industrial/Fevereiro
11:00 – EUA – Sentimento da Universidade de Michigan/Março

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 127.690 (-0,25%)
S&P: 5.150 (-0,29%)
Dólar Futuro: R$5,00 (+0,51%)

Atualizações Safra:

Cyrela: Resultados do 4T23 – Resultado em linha com o esperado
A Cyrela reportou resultados sólidos no 4T23, com o lucro líquido atingindo nossas estimativas em todas as áreas. O impressionante desempenho de vendas dos últimos trimestres impulsionou a robusta receita, enquanto a margem mais alta dos lançamentos recentes, juntamente com um ambiente inflacionário estável, levou a margem bruta ajustada da empresa a sólidos 35,4%, traduzindo-se em um saudável ROE de 13%.
Nossa opinião. Esperamos uma reação neutra do mercado, uma vez que os resultados ficaram em linha com as estimativas do Safra e do consenso. Enquanto isso, reiteramos nossa recomendação de Compra para a CYRE3. Ainda acreditamos que ela é uma das empresas mais bem posicionadas para continuar capturando a recuperação esperada para os resultados operacionais das construtoras no segmento de renda média/alta, enquanto continuamos confiantes de que a alocação conservadora de capital da Cyrela, a equipe de gestão qualificada, o reconhecimento da marca e o sólido balanço patrimonial devem resistir a qualquer vento macro.

Panvel: resultados do 4T23 – Outro trimestre sólido, como esperado
A Panvel registrou mais um trimestre positivo, com um sólido crescimento de vendas (+13% em relação ao ano anterior e +1% em relação ao Safra) e melhora do EBITDA devido à diluição das despesas gerais, com vendas e administrativas. O EBITDA ajustado aumentou 18% em relação ao mesmo período do ano anterior (+1% em relação ao Safra), com um crescimento de margem de 21bps em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa ampliou sua participação de mercado na Região Sul em 40bps em relação ao ano anterior, para 12,7%, como resultado da expansão de sua presença e do crescimento das vendas em mesmas lojas. O lucro líquido cresceu 31% em relação ao ano anterior, atingindo R$31 milhões (estritamente em linha com nossas estimativas). Por último, mas não menos importante, o fluxo de caixa livre das operações da empresa cresceu +12%, o que manteve a relação dívida líquida-EBITDA em um sólido 0,6x (vs. 0,8x no 4T22).
Nossa opinião. Consideramos os resultados positivos, pois a empresa continua atestando sua capacidade de melhorar a produtividade das lojas ao longo dos trimestres, ao mesmo tempo em que continua a executar seu plano de expansão bastante ousado. Essas são as alavancas para a expansão da receita, a melhoria da margem e, em última análise, o crescimento do lucro. Portanto, mantemos nossa recomendação de Compra em PNVL3 e preço-alvo de R$15,5/ação.

Lojas Renner: Resultados do 4T23: Trimestre misto poluído por itens não recorrentes, mas em geral em linha com as expectativas
A Lojas Renner apresentou mais um conjunto de resultados fracos no 4T23, com fraco desempenho do varejo (embora em linha com as expectativas) e uma pequena melhora nos serviços financeiros (“Realize”). As vendas de mercadorias atingiram R$3,8 bilhões, um aumento de 7% em relação ao 4T22 (em linha com o Safra), principalmente devido a uma base mais fraca em relação ao 4T22 e a uma melhor dinâmica de consumo. O EBITDA ajustado do varejo totalizou R$852 milhões (excluindo R$153 milhões de créditos tributários e R$122 milhões de alienação ou baixa de ativos), com queda de 6% em relação ao ano anterior e em linha com nossas estimativas, devido a maiores despesas gerais, com vendas e administrativas. O EBITDA da Realize foi de R$3 milhões, ainda impactado por maiores perdas de crédito devido ao cenário macroeconômico mais difícil, e foi o primeiro valor positivo nos últimos 12 meses. Além disso, os recebíveis vencidos continuam sendo uma preocupação em um nível elevado de 25% do portfólio total. Portanto, devemos monitorar a evolução dos indicadores de inadimplência nos próximos trimestres. O destaque positivo do trimestre foi o fluxo de caixa livre de R$432 milhões vs. R$242 milhões no 4T22, suportado por menores investimentos e melhor dinâmica de capital de giro em relação ao ano anterior.
Nossa opinião. Como esperado, os resultados da Renner no 4T23 não foram inspiradores, especialmente na área de varejo. No entanto, a primeira impressão positiva da Realize em um ano pode sugerir um ponto de virada no lado dos serviços financeiros. A melhoria do fluxo de caixa operacional é o outro destaque positivo. Continuamos a acreditar que 2024 deverá ser um ano melhor para o varejo em geral, devido ao impacto positivo no consumo da redução esperada na taxa de juros. Por isso, nossa recomendação de Compra.
O fim de uma era: Galló está saindo. José Galló, ex-CEO e atual presidente do conselho de administração, anunciou que está se aposentando e não fará parte da nova chapa para o conselho de administração da empresa a ser eleita em abril.

Eztec: Resultados do 4T23 – Trimestre sólido em todos os aspectos
A Eztec apresentou resultados sólidos no 4T23, superando em grande parte nossas estimativas. O reconhecimento da receita do Lindenberg Ibirapuera impulsionou a expansão do lucro líquido, enquanto a maior margem do empreendimento, juntamente com um menor reconhecimento de PoC do EZ Parque da Cidade (EZPC), levou a uma melhora de 34,9% na margem bruta ajustada. Além disso, os robustos ganhos de renda variável, beneficiados ainda por outros ganhos não recorrentes, levaram a uma expansão de 163% em relação ao esperado para o lucro líquido.
A receita líquida da Eztec ficou 3% acima da nossa estimativa, em R$338 milhões (+34% em relação ao trimestre anterior e +9% em relação ao ano anterior). A expansão da receita foi impulsionada principalmente pelo reconhecimento da receita do empreendimento Lindenberg Ibirapuera (60% PoC), que representou ~20% da receita da empresa. Enquanto isso, a margem mais alta do desenvolvimento, juntamente com um menor reconhecimento de PoC da EZPC, levou a margem bruta ajustada da Eztec a uma melhora de 34,9% (+0,9pps em relação ao trimestre anterior; +9,3pps em relação ao ano anterior; -1pp em relação à Safra), enquanto sua margem REF atingiu saudáveis 38,4% (+0,9pps em relação ao trimestre anterior e +2,5pps em relação ao ano anterior).
Nossa opinião. A Eztec apresentou sólidos resultados trimestrais, beneficiados principalmente pela remoção das cláusulas suspensivas do empreendimento Lindenberg Ibirapuera, que compensou a pressão sobre as margens do EZ Parque da Cidade. Vale ressaltar que o empreendimento já foi entregue e não deve pressionar os resultados futuros da empresa. No entanto, a Eztec ainda possui um dos maiores níveis de estoque do setor – 23 meses de vendas dos últimos 12 meses -, o que pode continuar a pressionar seus futuros lançamentos.

Plano & Plano: Resultados do 4T23 – Fortes resultados impulsionados pelo programa Pode Entrar
A Plano & Plano registrou fortes resultados trimestrais, ficando ligeiramente acima de nossas estimativas. O forte desempenho de vendas dos últimos trimestres, juntamente com o reconhecimento de receita dos empreendimentos lançados no âmbito do programa Pode Entrar, levou a uma impressionante expansão de 47% na receita líquida, compensando as margens mais baixas desses empreendimentos e traduzindo-se em uma impressionante expansão de 47% na receita líquida e 54% no ROE anualizado.
Nossa opinião. Positiva, pois os resultados foram fortes em todos os setores, ficando, em sua maioria, acima de nossas estimativas. Enquanto isso, mantemos nossa recomendação de Compra em PLPL3, destacando a avaliação atraente da empresa de 6,9x P/L para 2025, enquanto estimamos um impressionante lucro líquido de 2023-25 CAGR de 28% e ROE médio de 45%.

Tenda: Resultados do 4T23 – Ainda fracos, mas com recuperação em andamento
A Tenda divulgou outro conjunto de resultados esperados fracos, embora tenham melhorado sequencialmente. A ausência de estouros de orçamento, juntamente com a maior margem bruta de novas vendas (33,7% no 4T23) – que estão ganhando participação no resultado da empresa -, levou a uma melhora de 27,1% na margem bruta ajustada (ex Alea). Além disso, despesas operacionais mais baixas devido a um ganho de reversão de provisão compensaram o resultado pior do que o esperado da Alea, levando a um prejuízo líquido melhorado de R$13 milhões, ao mesmo tempo em que reportou uma queima de caixa trimestral melhor do que o esperado de R$9 milhões.
Nossa opinião. A Tenda tem apresentado resultados sequencialmente melhores nos últimos trimestres, recuperando a lucratividade à medida que os empreendimentos “problemáticos” lançados durante o aumento da inflação continuam a perder participação em seu resultado final. Além disso, o capital levantado em sua oferta subsequente acelerou drasticamente seu processo de desalavancagem, permitindo que a Tenda se beneficiasse ainda mais das recentes mudanças implementadas no programa habitacional MCMV, mantendo uma estrutura de capital mais saudável. Por outro lado, a Alea continua a pressionar a recuperação da margem da empresa, o que pode ter um impacto maior sobre os resultados futuros da Tenda, uma vez que ela ganha uma participação mais significativa após o aumento da atividade de lançamento nos trimestres anteriores.

Eneva: Resultados do 4T23 – Fortes operações e boas reduções de despesas gerais, administrativas e com vendas; positivo
A Eneva reportou EBITDA de R$ 1.036 milhões (+84% A/a), em linha com nossa estimativa, mas 12% acima do consenso, com destaque positivo para a redução de despesas gerais, administrativas e com vendas em termos A/a (e melhor do que esperávamos). O prejuízo líquido reportado de -R$ 291 milhões (+50% A/A) se compara à nossa estimativa de lucro líquido de R$ 7 milhões e estimativa de consenso de R$ 43 milhões. A empresa reconheceu itens não caixa totalizando +R$ 24 milhões provenientes de reversões de despesas relacionadas a incentivos de longo prazo para pessoal (+R$ 48 milhões), efeitos de marcação a mercado (-R$ 6,5 milhões) no braço de trading e poço seco despesas (-R$ 17,5 milhões). O EBITDA comparável de R$ 1.012 milhões ficou apenas 2,1% abaixo da nossa estimativa, mas 8,9% acima do consenso.
Nossa opinião? Positivo. A nosso ver, este foi um trimestre positivo para a Eneva, que apresentou expressiva redução de despesas na holding. Do ponto de vista operacional, a empresa conseguiu entregar bons resultados, com níveis de despacho justos a partir de Parnaíba, apesar da ausência de exportações para a Argentina. Em nossa opinião, o aumento nos níveis de despacho poderá continuar nos próximos trimestres, como resultado de condições hidrológicas mais restritas. O processo de desalavancagem da empresa continua, embora a um ritmo lento, uma vez que os resultados financeiros negativos continuam a prejudicar os resultados financeiros. Temos uma recomendação de Compra para Eneva principalmente devido à avaliação e esperamos um bom impulso de lucros devido às condições hidrológicas, com potencial oportunidade de crescimento no próximo leilão de capacidade de energia, agendado para 30 de agosto.

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