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Inflação abaixo da esperada em maio na China confirma desaceleração da economia

O resultado aponta para uma desaceleração na recuperação econômica da China e trouxe preocupações com risco de deflação

Inflação na China

O presidente do Banco do Povo da China, Yi Gang, disse que o crescimento da China será relativamente alto no segundo trimestre, | Foto: Getty Images

A taxa anual da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China subiu 0,2% em maio, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira, 9, pelo Bureau Nacional de Estatísticas (NBS). O resultado apresentou ritmo menor do que o esperado por analistas consultados pela FactSet, que previam alta de 0,3%, o que indica desaceleração da economia do país.

A inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da China teve queda anual de 4,6% em abril. O consenso no levantamento da FactSet era de recuo menos acentuado, de 4,4%. Em relação a abril, o CPI chinês diminuiu 0,2% em maio, enquanto o PPI cedeu 0,9%. 

Saiba mais:

O presidente do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), Yi Gang, disse que o crescimento da economia chinesa será “relativamente alto” no segundo trimestre deste ano devido a efeitos de base, e a inflação ao consumidor aumentará na segunda metade do ano.

“Estamos confiantes. Temos as condições para alcançar o crescimento esperado e outros objetivos”, o presidente afirmou na última quarta-feira (7) durante encontro com grupo de banqueiros e empresários em Xangai.

Os comentários de Yi vieram quando indicadores econômicos recentes apontaram para uma desaceleração na recuperação econômica da China, depois que Pequim suspendeu suas restrições ao covid-19 no final do ano passado. As exportações chinesas caíram em maio em relação ao ano anterior, o primeiro declínio anual nos embarques para o exterior em três meses. A inflação ao consumidor e o índice de preços de fábrica divulgados nesta sexta-feira (9) intensificaram as preocupações sobre os riscos de deflação, uma vez que a demanda global e doméstica seguem enfraquecendo.

Em sua sessão legislativa anual em março, os líderes chineses estabeleceram uma meta de crescimento de cerca de 5% para a economia este ano, que a maioria dos economistas ainda acredita que o país alcançará, dada a fraca base de comparação com 2022.

Yi disse na reunião que o banco central intensificará seus ajustes para apoiar totalmente a economia e promover o emprego. O banco central também usará várias ferramentas monetárias para manter uma liquidez razoavelmente ampla, reduzindo ainda mais os custos de financiamento.

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