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Em dia volátil, Ibovespa fecha estável pressionado por Vale

O índice subiu levemente 0,04%, aos 97.286 pontos, depois de oscilar entre 97.277 e 98.365 pontos; o volume financeiro foi de R$ 21,84 bilhões

Mercado financeiro

O mercado local ainda repercute o relatório de produção da Vale no segundo trimestre, que veio abaixo do que era previsto pela mineradora | Foto: Getty Images

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em estabilidade após uma sessão marcada por um “sobe e desce” com exterior sem direção definida e pela pressão das ações da Vale.

O índice subiu levemente a 0,04%, aos 97.286 pontos, depois de oscilar entre 97.277 e 98.365 pontos. O volume financeiro chegou a R$ 21,84 bilhões. Com o resultado, a Bolsa acumula perda de 0,30% no mês, e no ano, de 6,28%.

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Os índices americanos, que operaram boa parte do pregão em instabilidade, se firmaram no terreno positivo no final da sessão. Dow Jones subiu 0,15%, S&P 500 ganhou 0,59% e Nasdaq avançou 1,58%.

O mercado local ainda repercute o relatório de produção da Vale no segundo trimestre, que veio abaixo do que era previsto pela mineradora. Os resultados foram divulgados ontem, após o fechamento dos negócios. Com isso, os papéis da empresa recuaram forte, e fecharam em queda de 2,08% esta sessão.

Segundo o relatório, a Vale produziu 74,1 milhões de toneladas de finos de minério de ferro no segundo trimestre de 2022, volume 1,2% inferior ao mesmo período do ano passado, mas um aumento de 17% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

A empresa revisou, também, as projeções de produção para este ano. Segundo a estimativa, o volume deve ficar entre 310 milhões e 320 milhões de toneladas de minério de ferro. A expectativa anterior estava entre 320 milhões a 335 milhões.

Além da pressão da maior mineradora do país, o Ibovespa foi afetado pelo temor de recessão mundial e perspectiva de bancos centrais mais contracionistas para combater a inflação que contaminam os mercados nesta quarta-feira.

A expectativa é de que o Banco Central Europeu (BCE) eleve na quinta-feira os juros pela primeira vez em mais de uma década para controlar a inflação recorde, de 8,6% em junho.

O resultado da inflação na zona do euro no mês passado ficou acima da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam avanço da taxa a 8,4%.

O mercado já projeta uma elevação dos juros em  25 pontos base, mas, o BCE pode debater uma alta de 50 pontos, o que seria uma resposta às fortes pressões inflacionarias.

Na próxima semana, é a vez do Federal Reserve (Fed, banco central americano) definir o ritmo de subida dos juros. A aposta é de que, após dados econômicos que indicam que os Estados Unidos devem entrar em recessão, a alta deve ser mais conservadora e não mais de 100 pontos base como o mercado esperava.

“Devemos ver também a fuga de capital estrangeiro da B3 em função do aumento da taxa de juros nos EUA se intensificando, já que o investidor estrangeiro não vai só comparar Brasil com emergentes, mas também com a dívida e empresas americanas listadas, que ficaram muito baratas se comparadas às suas máximas históricas”, disse Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil. “Então, certamente o Brasil deixará de ser uma das primeiras opções, salvo na parte de commodities, em que temos vantagens competitivas relevantes para exportação, e setor bancário. São empresas mais lucrativas e que se adaptam bem em praticamente qualquer cenário econômico.”

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