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Como escolher as melhores taças para o seu vinho

As opções são incontáveis, mas especialista ensina que, com cinco modelos, é possível servir sem fazer feio qualquer vinho do mundo

Taças de vinho

Tão antigas quanto a bebida, as taças evoluíram da cerâmica para o cristal, o material mais indicado para preservar as qualidades do vinho | Foto: Getty Images

A história das taças é tão antiga quanto a do vinho. Como a bebida, o utensílio evoluiu e se diversificou, tornando-se inseparável da melhor experiência que um brinde pode proporcionar.

Vinhos de estilos diferentes pedem taças específicas (leia abaixo). Mas existe a taça ISO, um modelo universal usado pelos degustadores de vinho. Ela pode servir de coringa na falta da taça mais adequada para o rótulo.

Existem centenas de modelos desenhados para uvas, estilos e até ocasiões em que a bebida será consumida. A ducentenária indústria de cristais Riedel, por exemplo, desenvolve para as vinícolas taças para edições especiais, como a Dom Pérignon Glass, feita exclusivamente para servir o espumante engarrafado em 2010.

A sommmelière Paula Daidone, da Wine, ensina que existem cinco formatos para atender a todas as particularidades viníferas de um engarrafado.

  • Bordeaux: para os tintos mais encorpados

Taça grande feita para beber vinhos mais encorpados e com taninos mais acentuados. Com bojo largo, alongado e boca reduzida para manter o aroma por mais tempo. Indicada para vinhos das uvas Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Syrah, Tannat, entre outras.

  • Borgonha: para tintos mais concentrados

Arredondada, em formato balão, feita para vinhos mais concentrados e com menos taninos. Com bojo e boca largos, recebe nariz e boca ao mesmo tempo no gole. Indicada para vinhos Pinot Noir, Barbera Barricato, Amarone, Nebbiolo, entre outras.

  • Chardonnay: para os brancos encorpados

Tem o bojo redondo e largo, lembrando muito a taça Borgonha. Os brancos encorpados, como os elaborados com Chardonnay, Semillon e Viognier são beneficiados com esse tipo de taça.

  • Sauvignon Blanc: para os brancos leves

Mais altas e estreitas, são as ideias, pois minimizam o contato do vinho com o ar, mantendo sua temperatura e realçando seus aromas frutados. “Pinot Grigio, Sauvignon Blanc, Alvarinho e Vermentino podem ser servidos nesse estilo de taça”, diz a sommelière.

  • Flûte: para os espumantes

O formato longo e estreito de uma flauta preserva mais as bolhas, a perlage. Para a sommelière, o formato muito reto, pode, porém, inibir os aromas de alguns espumantes. “Por isso, atualmente, as marcas estão desenvolvendo taças para espumantes com mais bojo e boca mais aberta. Mas quando não tiver esse tipo de taça, é possível servir o espumante uma taça Sauvignon Blanc que dará tudo certo”, garante.

Dom Pérignon for RIEDEL
A Dom Pérignon Glass, feita pela Riedel especialmente para a edição vintage de 2010 do espumante francês | Foto: Divulgação

Características importantes para todas as taças

As taças podem ser de vidro ou cristal. O cristal é a melhor escolha porque, além de ser mais leve e contribuir com o que os especialistas chamam de abertura dos aromas, ele preserva a cor do vinho, sem as distorções do vidro. Pela mesma razão, os sommeliers desaconselham o uso de recipientes coloridos.

“O vinho consegue abrir mais seus aromas no cristal, enquanto fica tímido no vidro. Outro ponto é que para ver as lágrimas do vinho, as paredes finas e porosas da taça de cristal são melhores”, acrescenta a sommelière Cibele Siqueira.

A haste longa tem a função de evitar o contato e o calor das mãos: o vinho é servido na temperatura que deve ser bebido, nem um grau a mais. Por isso os brancos são servidos em taças mais altas.

Pela mesma razão, é importante manusear a taça corretamente: pela haste ou pelo pé, jamais pelo bojo.

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