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Como ficam os fundos imobiliários com a nova alta dos juros

Maior exposição do portfólio para fevereiro continua em fundos imobiliários com foco em ativos financeiros

fundos imobiliários

Atualmente o rendimento anual estimado da carteira é de 9,2%, remuneração isenta de imposto de renda para pessoas físicas | Foto: Getty Images

Para este mês de fevereiro, a Carteira de fundos de investimento imobiliário (FIIs) recomendada pelo Banco Safra não sofreu alterações. Em um cenário de Selic mais elevada, a maior exposição do portfólio segue em fundos imobiliários com foco em ativos financeiros.

São eles Kinea Recebíveis Imobiliários (KNCR11), BTG Pactual Crédito Imobiliário (BTCR11), RBR Rendimento High Grade (RBRR11) e CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11).

Saiba mais

Atualmente o rendimento anual estimado da carteira é de 9,2%, remuneração que ainda é isenta de impostos para investidor pessoa física.

A Carteira de FIIs apresentou valorização de 1,64% desde 7 de janeiro de 2022 , contra uma alta de 0,45% do Ifix no mesmo período.

Confira a análise completa do Banco Safra para investir em fundos imobiliários aqui.

Análise da conjuntura para investimentos em fundos imobiliários

No Brasil, indicadores sugerem fraco desempenho da atividade no quarto trimestre do ano passado. Em novembro, as vendas de varejo e a produção de serviços apresentaram expansão acima das expectativas, após queda de outubro.

Enquanto isso, a produção industrial recuou pelo sexto mês consecutivo, alinhado com a queda da massa salarial real. A despeito da volatilidade dos dados de curto prazo, os fundamentos macroeconômicos sustentam nossa expectativa de crescimento do PIB real de apenas 0,2% nesse ano, em resposta às incertezas fiscais e aos efeitos defasados do aumento da taxa Selic sobre o consumo das famílias e os investimentos das empresas.

O IPCA atingiu 10,1% no ano passado, acima do limite do intervalo de tolerância da meta. O aumento do preço do petróleo, a necessidade de implementação da bandeira escassez hídrica nas tarifas de energia elétrica e problemas nas cadeias de produção do setor automotivo pressionaram substancialmente os preços ao consumidor.

Importante notar que combustíveis e energia elétrica contribuíram com cerca de 4,8 pontos percentuais para a inflação total do ano passado. Para esse ano, projetamos IPCA em torno de 4,7%, incluindo a expectativa de adoção da bandeira amarela na tarifa de energia elétrica e a hipótese de estabilização do preço do petróleo no mercado internacional.

Assim, o Banco Central deverá levar a taxa Selic para território significativamente contracionista para ancorar as expectativas de inflação em patamar mais próximo do centro da meta.

Em suma, o cenário econômico para esse ano está desafiador. A incerteza fiscal e a elevação da taxa de juros prejudicam o desempenho da atividade econômica brasileira, proporcionando uma importante desinflação no médio prazo.

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