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Copom prepara anúncio da 11ª alta consecutiva da taxa básica de juros

A taxa básica de juros atual é de 11,75% ao ano e deve subir 1 ponto percentual, na reunião do Copom que termina nesta quarta, 4

Copom

As estimativas do mercado para a inflação crescem há pelo menos 16 semanas | Foto: Getty Images

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começou nesta terça-feira, 3, mais uma reunião em que definirá o patamar para a taxa básica de juros (Taxa Selic). A nova taxa básica de juros deve ser divulgada nesta quarta-feira,4.

Na ata do encontro anterior, o BC sinalizou que deve voltar a aumentar a taxa de juros pela 11ª vez consecutiva. O atual ciclo de alta teve início em março de 2021. A taxa atual é de 11,75% ao ano e deve subir 1 ponto percentual, nesta reunião, segundo previsão do mercado financeiro.

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No último boletim Focus, em que o BC mede a expectativa do mercado financeiro, a projeção é de que a taxa básica encerre 2022 em 13,25% ao ano. As estimativas do mercado para a inflação, entretanto, vêm crescendo há pelo menos 16 semanas.

No mês passado, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicou que o futuro das taxas de juros no Brasil dependerá da extensão dos efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia e de outros eventuais choques sobre a inflação.

Copom vem elevando os juros para conter a inflação acumulada de 11,30% em 12 meses

A expectativa de alta acompanha o aumento nos preços. Em março, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, foi de 1,62%, maior taxa para o mês desde o início do Plano Real, em 1994. Em 12 meses, o acumulado chegou a 11,30%, quase o dobro do teto da meta do Banco Central, que é de encerrar o ano com inflação de 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

A taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) serve como parâmetro de quanto o governo paga para tomar dinheiro emprestado por meio da emissão de títulos públicos.

A política monetária tem também efeito sobre o câmbio. Em tese, altas na taxa Selic tendem a atrair o investimento externo em títulos públicos brasileiros, cuja rentabilidade aumenta, o que acaba pressionando o dólar para baixo diante do real.

Eventos em outros países, contudo, têm o poder de mitigar esse efeito. Nesta terça-feira (3), por exemplo, o Federal Reserve Bank (FED), o banco central dos Estados Unidos, também começa a discutir os juros para os títulos norte-americanos. Uma esperada nova alta por lá tem o potencial de atrair fluxo de capital que iria para outros países. (Agência Brasil)

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