Duas taças de vinho por dia protegem o coração, aponta estudo italiano

Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Nápoles Federico II, na Itália, garante que o consumo diário de duas taças de vinho – e não uma, como defendem muitos estudos – reduzem o risco de doenças cardiovasculares em até de 32%.

De acordo com o estudo publicado pela Sociedade Europeia de Cardiologia, o benefício deixa de existir, porém, com qualquer quantidade a mais da bebida consumida. A medida universal para uma taça de álcool é de 150 ml, que contém o equivalente a 14 g de álcool puro.

Deixar de beber vinho alguns dias e consumir de uma vez os 750 ml de uma garrafa (mais de 60 g de álcool) é considerado comportamento de risco pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.

A pesquisa foi liderada por Gabriele Riccardi, que incentiva a preferência pelo consumo de vinhos tintos, porque eles são mais ricos em polifenóis que os brancos e rosés. Os polifenóis são responsáveis pela ação anti-inflamatória que que diminui o risco de doenças cardiovasculares e diabetes.

Além do vinho, estudo recomenda consumo moderado de café e queijo

A pesquisa concluiu ainda que o consumo moderado de café e queijos também contribui para a saúde do coração.

Três xícaras de café por dia, diz o estudo, está associado a uma redução de 10% a 16% no risco de incidência de doenças cardíacas e mortalidade. Mas a associação protetora desaparece se o consumo foi superior a cinco xícaras por dia.

O estudo também avaliou as vantagens metabólicas de indivíduos que consomem diariamente produtos lácteos fermentados, caso do queijo. Os estudiosos concluíram que indivíduos que consomem laticínios diariamente podem ter uma redução média de 12% nas ocorrências das doenças coronárias. A quantidade indicada pelo estudo é de 50 gramas de queijo por dia.

Riccardi utilizou o banco de dados PubMed, junto com estudos de corte, como o ensaio espanhol “Prevención con Dieta Mediterránea”, para coletar dados. A dieta mediterrânea é caracterizada pelo consumo majoritário de produtos naturais.

Isso quer dizer que os indivíduos beneficiados por essas quantias diárias de vinho, café e laticínios tinham uma alimentação geral baseada em legumes, verduras, frutas e proteína de origem animal não industrializadas.