Efeito China puxa preço de commodities e Vale sobe

A decisão do governo chinês de estimular a economia para chegar a meta de crescimento econômico de 5,5% este ano acelerou os preços do minério de ferro no mercado mundial.

A principal matéria-prima do aço subiu 6,65% no porto chinês de Qingdao, para US$ 145,24 a tonelada, recuperando parte das perdas do dia anterior.

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Já o petróleo tipo Brent, o referência mundial, para contratos para entrega em maio iniciou a sessão batendo os US$ 103 o barril. No entanto, o óleo reverteu a tendência de alta e fechou em baixa de 1,89% a US$ 98,02 o barril, logo após o anúncio de alta de juros nos EUA. O Fed informou o intervalo de 0,25% a 0,50% ao ano nos juros americanos.

Para Rafael Foscarini, da Belo Investment Research, o “efeito China” vai continuar ditando o ritmo das commodities nos próximos dias. Para atingir a meta, segundo ele, o governo deve apoiar o setor de construção civil, importante impulsionador do crescimento chinês.

No bimestre, a China cresceu abaixo da meta

“Com isso puxa a demanda por aço e minério de ferro e petróleo”, disse. “Os números da China vieram mais fracos nos dois primeiros meses, anualizados não chegam à meta de 5,5% de alta no PIB.”

Segundo Foscarini, o petróleo ainda é impactado pelos efeitos da guerra na Ucrânia. “As negociações para o cessar-fogo ainda estão acontecendo e isso sinaliza para o mercado a que o conflito pode ter um fim em breve e isso pode normalizar a oferta mundial”, afirmou. “Isso deixa os preços em estabilidade com um viés mais positivo do que negativo.”

Com as commodities em alta, as ações da Vale puxaram o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira. Os papéis da mineradora subiram 2,43%, a R$ 91,13. O Ibovespa evoluiu a 1,98% para 111.112 pontos.