Energia solar e eólica: regras afetam Eletrobras e Copel e favorecem Eneva

O Congresso Brasileiro aprovou o Projeto de Lei nº 11.247/2018, que estabelece regras para a implantação de usinas eólicas e solares offshore e altera diversas leis que afetam especialmente o segmento de geração. O projeto agora segue para o Senado e será potencialmente aprovado antes do ano 2023. Na avaliação do Banco Safra, esse projeto de lei traz ruído ao segmento de geração de energia, pois pode causar distorções nos preços da energia, agregando excesso de capacidade de uma fonte que ainda não é competitiva em comparação com outras alternativas abundantes e mais baratas existentes no Brasil e ainda mais instabilidade à rede (o excesso de geração intermitente traz mais riscos à operação do sistema).

Além disso, a extensão do desconto nas tarifas renováveis da rede também será negativa para os custos finais pagos pelos clientes de energia. Os players mais afetados seriam aqueles com capacidade não contratada (principalmente Eletrobras e Copel).

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Por outro lado, as especificações para leilões de capacidade podem potencialmente beneficiar a Eneva, que seria um player competitivo em tais leilões (no entanto, dependendo da sua desalavancagem para desenvolver novos empreendimentos). Finalmente, vemos também impactos negativos, mas limitados, nas distribuidoras, uma vez que potenciais aumentos tarifários causados pelo aumento dos subsídios podem ter efeitos colaterais, uma vez que a inadimplência e as perdas podem aumentar devido a tarifas mais altas.

Ibovespa e dólar

O Ibovespa apresentou leve queda de – 0,29% no último pregão, cotado a 126.165,64 pontos. O ativo está em tendência de alta no médio prazo e no curto neutra. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 128.300 pontos e, caso rompa esse patamar, poderá alcançar sua próxima resistência em 130.750 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 125.000 O próximo fica na faixa de 122.500 pontos.

O Dólar Futuro apresentou alta de +0,58% no último pregão, cotado a 4.901 pontos. O ativo se encontra em tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.810 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.700. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.070 e a segunda em 5.220.

Exterior:

Dados de inflação PCE serão divulgados no início da manhã e devem apresentar desaceleração em outubro. Reunião da Opep+ para definir política para oferta da commodity em 2024 deve gerar volatilidade no petróleo.

Doméstico:

A agenda de indicadores doméstica conta com destaque para a taxa nacional de desemprego, que deve mostrar uma queda para 7,6%. O Senado aprovou a taxação de fundos offshores e exclusivos com o objetivo de aumentar a arrecadação, enquanto a votação sobre as apostas online deve ficar para a semana que vem. Ministério da Fazenda quer limitar o JCP a 50% e aumentar os impostos dos acionistas de 15% para 20%.

Commodities:

Petróleo apresenta alta antes de reunião da Opep+ que poderia definir política para oferta em 2024 (USD84,5/b; +1,68%)
Minério de ferro apresenta alta (USD129,9/t; +1,08%)

Empresas:

Braskem: Defesa Civil de Maceió aponta risco iminente de colapso em antiga mina da Braskem: Reuters / Braskem afirmou, em nota, que em decorrência do registro de microssismos e movimentações de solo atípicas pelo sistema de monitoramento, paralisou suas atividades na área de resguardo
Itaú Unibanco: banco realiza AGE para discutir proposta de reorganização societária e cisão total do Itaú BBA
Petrobras: Cia realiza AGE para discutir mudanças no estatuto e política para os dividendos

Agenda do Dia:

10:30 – EUA – Pedidos de auxílio desemprego
10:30 – EUA – Renda e gastos pessoais/Outubro
11:45 – EUA – PMI Chicago/Novembro
12:00 – EUA – Vendas de casas pendentes/Outubro

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 126.166 (-0,29%)
S&P: 4.551 (-0,09%)
Dólar Futuro: R$4,90 (+0,58%)

Atualizações Safra:

JSL: Base estabelecida para aumentar a rentabilidade; atualizando modelo e preço alvo

Estamos atualizando nossas estimativas para JSL (JSLG3) e introduzindo nosso novo preço-alvo para 12 meses de R$ 13,10/ação (de R$ 11,20/ação), implicando um upside de 35%, o que nos leva a manter nossa classificação de compra nas ações da empresa. Revisamos nosso modelo de valuation, incorporando: (i) os últimos resultados trimestrais; (ii) as aquisições da IC Transportes (abr/23) e FSJ Logística (jul/23); e (iii) estimativas macroeconómicas atualizadas. Com base em nossa nova previsão, a JSL está sendo negociada atualmente a 8,1x P/L para 2024, ~22% abaixo de seu múltiplo médio de 2 anos de 11,0x.

Nossa tese de investimento na JSL é sustentada por: (i) posicionamento dominante de mercado – a JSL é atualmente a maior plataforma logística do Brasil, ~5x maior que seu maior concorrente, o que lhe confere diversas vantagens competitivas, como disponibilidade de crédito a um custo mais barato, escala na compra de ativos, relacionamento de longo prazo com grandes clientes, poder de barganha com fornecedores, rede estabelecida de caminhoneiros, conhecimento de mercado, etc.; (ii) fontes diversificadas de receitas – a JSL fornece um portfólio abrangente de serviços – com capacidade para apoiar grandes projetos em diferentes segmentos de negócios em diversas regiões e, consequentemente, mitigar os riscos de exposição a ciclos de investimentos específicos do setor e desacelerações econômicas regionais – e beneficia de novas oportunidades de crescimento através de vendas cruzadas; (iii) sólido histórico de fusões e aquisições – a JSL está bem posicionada para continuar liderando a consolidação do mercado logístico altamente fragmentado no Brasil, ampliando suas já líderes vantagens competitivas.

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